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    PARA ALÉM DA TERAPIA GRAMATICAL: O PAPEL DA ANALOGIA NA AGENDA POSITIVA DE WITTGENSTEIN

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    resumo: Este artigo tem como objetivo examinar o papel da analogia (e dos métodos de comparação) no que entendemos ser uma tarefa propriamente positiva da filosofia desenvolvida por Wittgenstein em sua maturidade. Com o intuito de delinear o que chamamos de “tarefa positiva”, consideraremos algumas alternativas naturalistas à chamada leitura terapêutica – a qual reduz a prática filosófica a um trabalho um tanto negativo de dissolução de abusos e mal-entendidos oriundos de teorizações desorientadas. Nesse momento, procuraremos expor algumas fragilidades das leituras enativistas de Wittgenstein (tanto aquela proposta por Dan Hutto, quanto a proposta por Danièle Moyal-Sharrock), e, ainda, as dificuldades encontradas por outras leituras naturalistas, como aquela estabelecida por Newton Garver. Por fim, buscaremos apresentar, em contraste com essas leituras, uma abordagem da tarefa positiva na filosofia que dê conta de explicar as condições sob as quais conceitos podem ser cunhados tendo em vista a investigação gramatical. A abordagem que propomos tem, na relação entre o uso de analogias para fins filosóficos e as observações sobre a gramática do “ver como”, o seu eixo central.   PALAVRAS-CHAVE: Wittgenstein. Analogia. Terapia Gramatical. ABSTRACT: This paper aims to examine the role of analogy (and methods of comparison) in what we understand to be a proper positive task of the philosophy developed by Wittgenstein in his maturity. In order to outline what we call the “positive task”, we will take into consideration some naturalistic alternatives to the so-called therapeutic reading – which reduces philosophical practice to a somewhat negative work of dissolving abuses and misunderstandings arising from misguided theorizations. At this point, we will try to expose some weaknesses of the enactivist readings of Wittgenstein (both the one proposed by Dan Hutto and the one proposed by Danièle Moyal-Sharrock), and also the difficulties encountered by other naturalist readings, such as the one established by Newton Garver. Finally, we will try to present, in contrast to these readings, an approach to the positive task in philosophy that accounts for explaining the conditions under which concepts can be coined having at its sight the grammatical investigation. The approach we propose has, in the relationship between the use of analogies for philosophical purposes and observations on the grammar of “seeing as”, its central axis. KEYWORDS: Wittgenstein. Analogy. Grammatical Therapy
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