12 research outputs found
Management of Iatrogenic Urorectal Fistulae in Men with Pelvic Cancer
INTRODUCTION:
Urorectal fistula (URF) is a devastating complication of pelvic cancer treatments and a surgical challenge for the reconstructive surgeon. We report a series of male patients with URF resulting from pelvic cancer treatments, specifically prostate (PCa), bladder (BCa), and rectal cancer (RCa), and explore the differences and impact on outcomes between purely surgical and non-surgical treatment modalities.
METHODS:
Between October 2008 and June 2015, 15 male patients, aged 59-78 years (mean 67), with URF induced by pelvic cancer treatments were identified in our institutions. Patients with a history of diverticulitis, inflammatory bowel disease, or other benign conditions were excluded. We reviewed the patients' medical records for symptoms, diagnostic tests performed, type and etiology of the fistula, type of surgical reconstruction, followup, and outcomes.
RESULTS:
Fourteen patients underwent surgical reconstruction. One patient developed metastatic disease before URF repair and, therefore, was excluded from this study. Mean followup (FU) was 32.7 months (14-79). All patients received diverting colostomy and temporary urinary diversion. An exclusively transperineal approach was used in nine (64.3%) patients and a combined abdominoperineal in five (35.7%). Overall successful URF closure was achieved in 12 (85.7%) patients, nine (64.3%) of whom at the first reconstructive attempt, two (14.3%) after two attempts (in our institution), and one (7.1%) after three attempts (two of which elsewhere). An interposition flap was used in seven (50%) patients. Surgical reconstruction failed ultimately in two (14.3%) patients who still have a colostomy and do not wish any further reconstruction.
CONCLUSIONS:
Our study has several limitations, including its retrospective nature and the heterogeneity of our small patient cohort. Nonetheless, although surgical reconstruction of URF may be extremely difficult and complex in the non-surgical/energy ablation patients, its successful reconstruction is possible in most through a transperineal, or a more aggressive abdominoperineal, approach with tissue interposition in selected patients.info:eu-repo/semantics/publishedVersio
Male Uro-Rectal Iatrogenic Fistula Treatment in Pelvic Tumours: A National Multi-Institutional Study
Introdução: As fístulas uro-rectais (FUR) constituem uma complicação devastadora do tratamento de tumores pélvicos e um desafio cirúrgico para o cirurgião reconstrutivo. Contudo, apesar da sua crescente incidência associada a uma utilização cada vez mais frequente das diferentes modalidades não-cirúrgicas, especialmente de radioterapia, com ou sem cirurgia, para o tratamento de tumores pélvicos, a fístula urorectal permanece relativamente rara. Dada a elevada improbabilidade do encerramento espontâneo da fístula uro-rectal, a correcção cirúrgica torna-se necessária na quase totalidade dos casos. Apesar da existência de várias técnicas cirúrgicas, as taxas de falência/recorrência são habitualmente elevadas, particularmente em fístulas rádicas. Descrevemos neste estudo a nossa experiência limitada no tratamento de fístulas urorectais resultantes de tratamentos de tumores pélvicos (aparelho urinário inferior e recto).
Métodos: Entre Outubro de 2008 e Fevereiro de 2015, foram identificados 12 pacientes do sexo masculino com fístula urorectal e tratados nas nossas instituições. Foi efectuada revisão dos processos clínicos dos pacientes, incluindo a idade, sintomas, presença de comorbilidades, marcha diagnóstica, tipo e
etiologia da fístula, tipo de reconstrução cirúrgica, follow-up e resultados. Foram excluídos do estudo todos os pacientes com fístula não-neoplásica/inflamatória.
Resultados: Foram identificados e tratados 12 pacientes nas nossas instituições. Um dos pacientes, após ressecção anterior do recto, desenvolveu metástases ganglionares e hepáticas 4 meses após o diagnóstico da fístula urorectal, durante tratamento médico/antibiótico de abcesso pélvico e sua resolução após drenagem e, consequentemente, foi excluído do tratamento cirúrgico e do estudo. A idade média dos doentes era de 68 anos (53 – 78). Nove pacientes desenvolveram fístula uro-rectal após terapêutica de carcinoma da próstata): Dois após braquiterapia de baixa dosagem combinada com radioterapia externa; cinco após prostatectomia radical retropúbica (PRR), com radioterapia externa adjuvante em um; um após braquiterapia de baixa dosagem seguida de ressecção transuretral por obstrução prostática; e um após ultra-som focalizado de alta intensidade e radioterapia externa. Em dois pacientes, a fístula resultou de tratamento cirúrgico de carcinoma rectal, associado a radioterapia externa em um deles. Foi efectuada em todos os pacientes derivação fecal com colostomia e derivação urinária, ou com cateterização suprapúbica, ou com cateterização uretral durante o período de espera para a reconstrução cirúrgica. Não houve encerramento espontâneo de fístula urorectal em nenhum paciente. Onze pacientes foram submetidos a reconstrução cirúrgica. Foi utilizada
abordagem exclusivamente perineal em sete doentes e abdominoperineal em quatro. Obteve-se encerramento eficaz da fístula em seis pacientes à primeira tentativa cirúrgica, dois doentes necessitaram
uma segunda tentativa, enquanto que em um doente foram necessárias três tentativas cirúrgicas (duas delas em outras instituições) de forma a atingir um resultado com sucesso. Ocorreu falência cirúrgica em dois doentes, os quais, actualmente, não desejam qualquer tentativa reconstrutiva adicional. Estes dois doentes e um doente, em quem a reconstrução foi eficaz, permanecem ainda com colostomia. O tempo médio de follow-
-up foi de 25,5 meses (3-75).
Conclusão: As fístulas uro-rectais são uma complicação pouco frequente, mas devastadora, do tratamento dos tumores pélvicos, habitualmente associada com morbilidade debilitante e degradação da qualidade de vida. Embora a sua reconstrução cirúrgica possa ser extremamente difícil, ela é possível com sucesso na maioria dos casos através de uma abordagem perineal ou abdominoperineal agressiva e interposição de tecidos, quando indicada.info:eu-repo/semantics/publishedVersio
Management of Iatrogenic Urorectal Fistulae in Men with Pelvic Cancer
INTRODUCTION:
Urorectal fistula (URF) is a devastating complication of pelvic cancer treatments and a surgical challenge for the reconstructive surgeon. We report a series of male patients with URF resulting from pelvic cancer treatments, specifically prostate (PCa), bladder (BCa), and rectal cancer (RCa), and explore the differences and impact on outcomes between purely surgical and non-surgical treatment modalities.
METHODS:
Between October 2008 and June 2015, 15 male patients, aged 59-78 years (mean 67), with URF induced by pelvic cancer treatments were identified in our institutions. Patients with a history of diverticulitis, inflammatory bowel disease, or other benign conditions were excluded. We reviewed the patients' medical records for symptoms, diagnostic tests performed, type and etiology of the fistula, type of surgical reconstruction, followup, and outcomes.
RESULTS:
Fourteen patients underwent surgical reconstruction. One patient developed metastatic disease before URF repair and, therefore, was excluded from this study. Mean followup (FU) was 32.7 months (14-79). All patients received diverting colostomy and temporary urinary diversion. An exclusively transperineal approach was used in nine (64.3%) patients and a combined abdominoperineal in five (35.7%). Overall successful URF closure was achieved in 12 (85.7%) patients, nine (64.3%) of whom at the first reconstructive attempt, two (14.3%) after two attempts (in our institution), and one (7.1%) after three attempts (two of which elsewhere). An interposition flap was used in seven (50%) patients. Surgical reconstruction failed ultimately in two (14.3%) patients who still have a colostomy and do not wish any further reconstruction.
CONCLUSIONS:
Our study has several limitations, including its retrospective nature and the heterogeneity of our small patient cohort. Nonetheless, although surgical reconstruction of URF may be extremely difficult and complex in the non-surgical/energy ablation patients, its successful reconstruction is possible in most through a transperineal, or a more aggressive abdominoperineal, approach with tissue interposition in selected patients.info:eu-repo/semantics/publishedVersio
Male Uro-Rectal Iatrogenic Fistula Treatment in Pelvic Tumours: A National Multi-Institutional Study
Introdução: As fístulas uro-rectais (FUR) constituem uma complicação devastadora do tratamento de tumores pélvicos e um desafio cirúrgico para o cirurgião reconstrutivo. Contudo, apesar da sua crescente incidência associada a uma utilização cada vez mais frequente das diferentes modalidades não-cirúrgicas, especialmente de radioterapia, com ou sem cirurgia, para o tratamento de tumores pélvicos, a fístula urorectal permanece relativamente rara. Dada a elevada improbabilidade do encerramento espontâneo da fístula uro-rectal, a correcção cirúrgica torna-se necessária na quase totalidade dos casos. Apesar da existência de várias técnicas cirúrgicas, as taxas de falência/recorrência são habitualmente elevadas, particularmente em fístulas rádicas. Descrevemos neste estudo a nossa experiência limitada no tratamento de fístulas urorectais resultantes de tratamentos de tumores pélvicos (aparelho urinário inferior e recto).
Métodos: Entre Outubro de 2008 e Fevereiro de 2015, foram identificados 12 pacientes do sexo masculino com fístula urorectal e tratados nas nossas instituições. Foi efectuada revisão dos processos clínicos dos pacientes, incluindo a idade, sintomas, presença de comorbilidades, marcha diagnóstica, tipo e
etiologia da fístula, tipo de reconstrução cirúrgica, follow-up e resultados. Foram excluídos do estudo todos os pacientes com fístula não-neoplásica/inflamatória.
Resultados: Foram identificados e tratados 12 pacientes nas nossas instituições. Um dos pacientes, após ressecção anterior do recto, desenvolveu metástases ganglionares e hepáticas 4 meses após o diagnóstico da fístula urorectal, durante tratamento médico/antibiótico de abcesso pélvico e sua resolução após drenagem e, consequentemente, foi excluído do tratamento cirúrgico e do estudo. A idade média dos doentes era de 68 anos (53 – 78). Nove pacientes desenvolveram fístula uro-rectal após terapêutica de carcinoma da próstata): Dois após braquiterapia de baixa dosagem combinada com radioterapia externa; cinco após prostatectomia radical retropúbica (PRR), com radioterapia externa adjuvante em um; um após braquiterapia de baixa dosagem seguida de ressecção transuretral por obstrução prostática; e um após ultra-som focalizado de alta intensidade e radioterapia externa. Em dois pacientes, a fístula resultou de tratamento cirúrgico de carcinoma rectal, associado a radioterapia externa em um deles. Foi efectuada em todos os pacientes derivação fecal com colostomia e derivação urinária, ou com cateterização suprapúbica, ou com cateterização uretral durante o período de espera para a reconstrução cirúrgica. Não houve encerramento espontâneo de fístula urorectal em nenhum paciente. Onze pacientes foram submetidos a reconstrução cirúrgica. Foi utilizada
abordagem exclusivamente perineal em sete doentes e abdominoperineal em quatro. Obteve-se encerramento eficaz da fístula em seis pacientes à primeira tentativa cirúrgica, dois doentes necessitaram
uma segunda tentativa, enquanto que em um doente foram necessárias três tentativas cirúrgicas (duas delas em outras instituições) de forma a atingir um resultado com sucesso. Ocorreu falência cirúrgica em dois doentes, os quais, actualmente, não desejam qualquer tentativa reconstrutiva adicional. Estes dois doentes e um doente, em quem a reconstrução foi eficaz, permanecem ainda com colostomia. O tempo médio de follow-
-up foi de 25,5 meses (3-75).
Conclusão: As fístulas uro-rectais são uma complicação pouco frequente, mas devastadora, do tratamento dos tumores pélvicos, habitualmente associada com morbilidade debilitante e degradação da qualidade de vida. Embora a sua reconstrução cirúrgica possa ser extremamente difícil, ela é possível com sucesso na maioria dos casos através de uma abordagem perineal ou abdominoperineal agressiva e interposição de tecidos, quando indicada.info:eu-repo/semantics/publishedVersio