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Efeito de variáveis pré-analíticas nos níveis de mieloperoxidase
Mieloperoxidase (MPO) é uma enzima derivada de leucócitos que catalisa a formação de numerosas espécies reativas oxidantes. Além de integrantes da resposta imune inata, evidências têm comprovado a contribuição destes oxidantes para o dano tecidual durante inflamação. A MPO participa de atividades biológicas pró-aterogênicas relacionadas à evolução da doença cardiovascular, incluindo iniciação, propagação e as fases de complicação aguda do processo aterosclerótico. Desta forma, a MPO e sua cascata inflamatória representam um alvo atrativo para investigação prognóstica e terapêutica na doença aterosclerótica cardiovascular. Vários estudos apontam para o efeito independente dos níveis de MPO na evolução da doença e ocorrência de eventos em pacientes com síndrome coronariana aguda. Entretanto, ainda não é consistente o valor preditivo adicional da dosagem de MPO na estratificação de risco cardiovascular para incorporá-la à prática clínica como sinalizadora de vulnerabilidade de placa. Estudos adicionais são necessários para avaliar os níveis de MPO como preditor de risco cardiovascular em curto e longo prazo, bem como o potencial benefício em utilizá-la para definir estratégias terapêuticas, além da padronização do ensaio, ponto fundamental para a transição desse marcador do ambiente de pesquisa para uso na rotina clínica
Efeito de variáveis pré-analíticas nos níveis de mieloperoxidase
Mieloperoxidase (MPO) é uma enzima derivada de leucócitos que catalisa a formação de numerosas espécies reativas oxidantes. Além de integrantes da resposta imune inata, evidências têm comprovado a contribuição destes oxidantes para o dano tecidual durante inflamação. A MPO participa de atividades biológicas pró-aterogênicas relacionadas à evolução da doença cardiovascular, incluindo iniciação, propagação e as fases de complicação aguda do processo aterosclerótico. Desta forma, a MPO e sua cascata inflamatória representam um alvo atrativo para investigação prognóstica e terapêutica na doença aterosclerótica cardiovascular. Vários estudos apontam para o efeito independente dos níveis de MPO na evolução da doença e ocorrência de eventos em pacientes com síndrome coronariana aguda. Entretanto, ainda não é consistente o valor preditivo adicional da dosagem de MPO na estratificação de risco cardiovascular para incorporá-la à prática clínica como sinalizadora de vulnerabilidade de placa. Estudos adicionais são necessários para avaliar os níveis de MPO como preditor de risco cardiovascular em curto e longo prazo, bem como o potencial benefício em utilizá-la para definir estratégias terapêuticas, além da padronização do ensaio, ponto fundamental para a transição desse marcador do ambiente de pesquisa para uso na rotina clínica
Mean platelet volume and cardiovascular disease
As plaquetas têm importante papel no desenvolvimento do trombo intravascular, a maior causa de síndrome coronariana aguda (SCA). Após a erosão ou ruptura da placa aterosclerótica, a ativação das plaquetas é crucial nos eventos pró-trombóticos que levam ao infarto do miocárdio (IM). O aumento da reatividade plaquetária está associado à evolução do volume plaquetário. Plaquetas grandes são enzimática e metabolicamente mais ativas e apresentam alto potencial trombótico. O volume plaquetário médio (VPM) é um marcador da função plaquetária. Níveis elevados de VPM têm sido identificados como fatores de risco independentes para o IM em pacientes com doença cardíaca coronariana. No entanto, os valores biológico e prognóstico de níveis elevados de VPM ainda são controversos. Os novos analisadores hematológicos fornecem esse índice plaquetário como parte integrante do hemograma, não havendo custos adicionais para o laboratório, podendo ser utilizado como marcador precoce de risco de eventos cardiovasculares, associado a marcadores tradicionais. Neste estudo descrevemos o valor clínico do VPM na aterosclerose coronariana e seu papel como fator de risco para SCA.Platelets play an important role in intravascular thrombus development, a major cause of acute coronary syndrome (ACS). After erosion or rupture of atherosclerotic plaque, platelets activation plays a crucial role in prothrombotic events leading to myocardial infarction. Increased platelets reactivity is associated with increased platelet volume. Large platelets are enzymatically and metabolically more active and have high thrombotic potential. Mean platelet volume (MPV) is a marker of platelet function. Elevated levels of MPV have been identified as an independent risk factor for myocardial infarction in patients with coronary cardiac disease. However, the biological and prognostic value of increased levels of MPV is still controversial. The new hematological analyzers provide the platelet index as part of the hemogram, without additional costs to the laboratory, and it may be used as an early risk marker of cardiovascular events in association with traditional markers. In this study we describe the clinical value of MPV in coronary atherosclerosis and its role as a risk factor for ACS
Mieloperoxidase e doença arterial coronariana: da pesquisa à prática clínica
A mieloperoxidase (MPO) é uma enzima derivada de leucócitos que catalisa a formação de numerosas espécies reativas oxidantes. Além de integrantes da resposta imune inata, evidências têm comprovado a contribuição desses oxidantes para o dano tecidual durante inflamação. A MPO participa de atividades biológicas pró-aterogênicas relacionadas à evolução da doença cardiovascular, incluindo iniciação, propagação e as fases de complicação aguda do processo aterosclerótico. Dessa forma, a MPO e sua cascata inflamatória representam um alvo atrativo para investigação prognóstica e terapêutica na doença aterosclerótica cardiovascular. Nesta revisão, apresentamos o estado da arte no entendimento das ações biológicas às evidências clínicas da relação entre MPO e doença arterial coronariana. Vários estudos apontam para o efeito independente dos níveis de MPO na evolução da doença e ocorrência de eventos em pacientes com síndrome coronariana aguda. Entretanto, ainda não é consistente o valor preditivo adicional dos níveis de MPO na estratificação de risco cardiovascular para incorporá-la à prática clínica como sinalizadora de vulnerabilidade de placa. Estudos adicionais são necessários para confirmar seu papel nas diferentes formas de apresentação da cardiopatia isquêmica, além da padronização do ensaio, ponto fundamental para a transição desse marcador do ambiente de pesquisa para uso na rotina clínica
Avaliação de diferentes métodos imunoturbidimétricos para determinação de albumina urinária: impacto na classificação dos estágios da nefropatia diabética
INTRODUÇÃO: A nefropatia diabética (ND) acomete até 40% dos pacientes diabéticos e o diagnóstico precoce pode evitar a evolução para estágios avançados. O rastreamento deve ser realizado pela medida de albumina urinária (AlbU) utilizando-se o método quantitativo sensível. OBJETIVO: Avaliar diferentes métodos imunoturbidimétricos de determinação de AlbU para a classificação dos estágios da ND. MATERIAL E MÉTODO: A albumina foi dosada em 167 urinas (65 urinas de 24 h e 102 amostras casuais) por dois métodos imunoturbidimétricos: kit Aptec-BioSys, ADVIA® 1650 Bayer (AlbUAdvia) e kit MAlb Urin-Pack Bayer®, CobasMira® Roche(AlbUCobas). AlbUCobas foi definido como método comparativo e utilizado para classificar as amostras em normoalbuminúricas (albuminúria < 30 mg/24 h ou < 17 mg/l; n = 81), microalbuminúricas (albuminúria 30-299 mg/24 h ou 17-173 mg/l; n = 55) e macroalbuminúricas (albuminúria >300 mg/24 h ou > 174 mg/l, n = 31). Os coeficientes de variação (CV) intra e interensaio, sensibilidade e linearidade dos métodos foram calculados. As concordâncias analítica e diagnóstica foram analisadas por regressão Deming, gráficos de Bland-Altman e por coeficiente kappa. RESULTADOS: Os CVs intra e interensaio foram < 5% para ambos os métodos. A sensibilidade foi de 5 mg/l para ambos os métodos e alinearidade, 160 mg/l para AlbUCobas e 200mg/l para AlbUAdvia. A concordância analítica entre os dois métodos foi adequada (média das diferenças entre os métodos = -7,68 mg/l [-0,21 -15,2]; r = 0,989; p < 0,001) e o coeficiente kappa, excelente (0,914; p < 0,001). Apenas nove amostras de urina (5,4%) discordaram quanto à classificação pelo AlbUCobas: seis amostras microalbuminúricas foram classificadas erroneamente como normoalbuminúricas (n = 3) e macroalbuminúricas (n = 3). Três amostras normoalbuminúricas foram consideradas microalbuminúricas pelo AlbUAdvia. Os valores de albuminúria dessas amostras encontravam-se no limite superior dos pontos de corte diagnósticos dos respectivos estágios de ND. CONCLUSÃO: Os métodos imunoturbidimétricos analisados podem ser intercambiáveis sem ocasionar mudanças significativas na classificação dos diferentes estágios da ND
Evaluation of different immunoturbidimetric methods to measure urinary albumin : impact in the classification of diabetic nephropathy stages
Introdução: A nefropatia diabética (ND) acomete até 40% dos pacientes diabéticos e o diagnóstico precoce pode evitar a evolução para estágios avançados. O rastreamento deve ser realizado pela medida de albumina urinária (AlbU) utilizando-se o método quantitativo sensível. Objetivo: Avaliar diferentes métodos imunoturbidimétricos de determinação de AlbU para a classificação dos estágios da ND. Material e método: A albumina foi dosada em 167 urinas (65 urinas de 24 h e 102 amostras casuais) por dois métodos imunoturbidimétricos: kit Aptec-BioSys, ADVIA® 1650 Bayer (AlbUAdvia) e kit MAlb Urin-Pack Bayer®, Cobas Mira® Roche (AlbUCobas). AlbUCobas foi definido como método comparativo e utilizado para classificar as amostras em normoalbuminúricas (albuminúria 300 mg/24 h ou > 174 mg/l, n = 31). Os coeficientes de variação (CV) intra e interensaio, sensibilidade e linearidade dos métodos foram calculados. As concordâncias analítica e diagnóstica foram analisadas por regressão Deming, gráficos de Bland-Altman e por coeficiente kappa. Resultados: Os CVs intra e interensaio foram 300 mg/24 h or > 174 mg/l; n = 31). The intra and interassay coefficients of variation (CVs), sensitivity and linearity of each method were calculated and the analytical and diagnostic agreements were analyzed by Deming’s regression and Bland-Altman plots and by Kappa coefficient, respectively. Results: The intra and interassay CVs were < 5% for both methods. The sensitivity was 5 mg/l for both methods and the linearity was 160 mg/l for AlbUCobas and 200 mg/l for AlbUAdvia. The analytical agreement between the two methods was satisfactory (mean differences between methods = -7.68 mg/l (-0.21 - 15.2); r = 0.989; p < 0.001) and the kappa coefficient (0,914; p < 0,001) was excellent. Only nine urine samples (5,4%) were in disagreement with AlbUCobas classification: six microalbuminuric samples were misclassified as normoalbuminuric (n = 3) and macroalbuminuric (n = 3) by AlbUAdvia. Three normoalbuminuric samples were misclassified as microalbuminuric by AlbUAdvia. The albumin values of these samples were in the highest diagnostic adopted cut-off point for each DN stage. Conclusion: The immunoturbidimetric methods analyzed may be interchangeable, without significant misclassification of the different stages of DN