27 research outputs found
Study of dairy cows uterine infections
O exame ginecológico, através de palpação retal e vaginoscopia, de 3.408 vacas de 50 rebanhos leiteiros da Zona da Mata, MG, revelou 1.634 vacas gestantes e 1.774 não gestantes. Destas, 384 (21,6%) apresentaram infecção uterina, sendo 186 (10,5%) do primeiro grau ou catarral, 162 (9,1%) do segundo grau ou mucopurulenta e 36 (2,0%) do terceiro grau ou purulenta. Observou-se, ainda, o tempo decorrido entre o parto e o diagnóstico da patologia, bem como a condição corporal e atividade ovariana das vacas portadoras da infecção. Esses aspectos são discutidos.Rectal palpation and vaginoscopic examination of 3,408 cows from 50 herds in the Zona da Mata, region of Minas Gerais, Brazil, showed 1,634 pregnant and 1,774 non-pregnant cows. Amongst the non-pregnant cows, 384 (21.6%) had uterine infections, made up of 186 (10.5%) with first-degree or catarrhal infection, 162 (9.1%) of second-degree or mucopurulent and the remaining 36 (2%) of third-degree or purulent. Additional observations were made on the time between calving an the diagnoses of the pathology of the infected cows, their body condition and ovary activity. The results of these observations are discussed
Ovulation and gestation on the right and left hand sides in crossbred dairy cows
Por um período de quatro anos (1980-1983), estudaram-se 1.030 ciclos estrais em vacas de cinco rebanhos leiteiros da bacia leiteira de Juiz de Fora, MG. A ovulação foi diagnosticada pela presença de corpo lúteo através de palpação retal. Verificaram-se 63,6% (n = 655) de ovulações no ovário direito e 36,4% (n = 375) no esquerdo. O diagnóstico de prenhez em 2.181 fêmeas bovinas revelou 70,1% (n = 1.529), localizadas no corno direito e 29,9% (n = 652) no corno esquerdo. Os resultados mostram maior atividade do ovário direito e maior taxa de prenhez no corno uterino do mesmo lado, em vacas mestiças Holandês x Zebu. A study 1,030 oestrus cycles in crossbred dairy cows from five herds in the milk producing region of Juiz de Fora, Minas Gerais State, Brazil, was undertaken in the four year period from 1980 to 1983. Ovulations were detected by the presence of a corpus luteum in the ovaries via rectal palpation. Of the ovulations so detected, 63.6% were located in the right-hand and 36.4% in the left-hand ovary. Pregnancy diagnosis in 2,181 cows showed a similar pattern, with 70.1% on the right-hand side and only 29.9% on the left. The results indicated a predominance of ovary activity and uterine pregnancy on the right-hand side of the reproductive tract.
Consumo e custo da alimentação para recuperação da atividade ovariana luteal cíclica de vacas mestiças leiteiras com anestro
This study was carried out to verify feeding intake and cost for recovering ovarian activity in crossbreed cows (Holstein x Zebu). Eighteen non-pregnant cows were used, exhibiting poor body condition, showing cessation of estrus cycle, normal size ovary and no palpated follicles. Twelve animals were maintained indoors and fed to gain weight until recovering ovarian cyclicity. The other six cows, the control group, were fed to maintain weight and to remain in anestrus during the study. Ovarian activity was evaluated by the level of serum progesterone (sampled each seven days), by retal examination of ovaries each twelve days and visual estrus checked three times a day. The recovered ovarian activity required an average feed consumption of 722.4 kg of dry matter, 50.4 kg of crude protein and 402.4 kg of NDT, relative to an average consumption of 2,374.2 kg of silage and 194.1 kg of concentrate. Feeding cost plus milking production cost, estimated to increase the calving interval, were estimated as being similar to 1,364.2 L of milk. The elevated cost to recover anestrus increases the final cost of milk production, due to the high incidence of anestrus in the Brazilian herds. O objetivo do trabalho foi verificar o consumo e o custo de alimentos para recuperação da atividade ovariana luteal cíclica (AOLC) em vacas mestiças Holandês x Zebu com anestro. Foram usadas 18 vacas, não-gestantes, não-lactantes, magras, apresentando ovários sem função luteal, de tamanho normal e sem folículos palpáveis na superfície. Doze animais permaneceram em confinamento e receberam alimentação para ganho de peso até o reinício da AOLC. Os seis animais restantes, constituindo o grupo controle, receberam alimentação de mantença para o baixo peso apresentado e permaneceram em anestro durante o período experimental. A AOLC foi avaliada pela concentração de progesterona no soro sangüíneo (coleta de sangue a cada sete dias), pelo exame dos ovários por palpação retal a cada 12 dias, e observação visual dos sinais do estro três vezes ao dia. A recuperação da AOLC nas vacas com anestro exigiu um consumo médio de 722,4 kg de matéria seca, 50,4 kg de proteína bruta e 402,4 kg de NDT, relativos à ingestão média de 2.374,2 kg de volumoso e 194,1 kg de concentrado. O custo desses alimentos somado à perda estimada da produção de leite numa vaca de 3.000 litros de leite/lactação, provocada pelo prolongamento do intervalo de partos, foi equivalente a 1.364,2 litros de leite (preço recebido pelo produtor = R$ 0,20/litro). Esse custo elevado da recuperação do anestro onera o custo final da produção de leite, tendo em vista a alta incidência de anestro nos rebanhos brasileiros
Estrógeno exógeno no início do ciclo estral de vacas leiteiras na indução do estro e na dinâmica ovariana
O objetivo do presente trabalho foi verifi car o efeito do estrógeno exógeno, em fase precoce do ciclo estral, de vacas leiteiras, na indução do comportamento (sinais) de estro e na dinâmica ovariana. Foram utilizadas 16 vacas mestiças holandês-zebu ciclando regularmente, sem apresentar qualquer alteração clínica ou reprodutiva. As vacas foram incluídas ao acaso nos respectivos tratamentos. Tratamento 1: oito vacas receberam 2,5mL de cipionato de estradiol no 1º dia do ciclo estral, (considerando dia 0 o dia do estro). Tratamento 2 (controle): oito vacas sem tratamento. A manifestação de estro foi monitorada visualmente. Os exames ultrassonográfi cos foram realizados diariamente pela manhã, iniciando no dia do estro. As coletas de sangue para as dosagens de progesterona tiveram início no dia do estro (dia 0) e foram realizadas a cada três dias até o próximo estro. Os animais que receberam estrógeno no 1o dia após o estro natural manifestaram os sinais característicos de estro (psíquicos, útero túrgido e muco abundante) um dia após o tratamento. Esta redução do intervalo de estro para apenas dois dias pode favorecer a eliminação de bactérias do útero (quando presentes), aumentando, consequentemente, a eficiência reprodutiva. Excetuando o dia da emergência da 1a onda folicular, todas as outras variáveis estudadas (número e comprimento de ondas, características dos folículos dominantes e subordinados, assim como os parâmetros relacionados ao corpo lúteo e produção de progesterona) não foram afetadas pela aplicação de estrógeno um dia após o estro. A aplicação de cipionato de estradiol em vacas mestiças, um dia após o estro natural promove o aparecimento de sinais deestro (psíquicos, útero túrgido e muco abundante) dois dias após o estro natural, sem afetar as características do ciclo estral subsequente