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Reflexões sobre agendas de cuidado e população negra brasileira
A partir do tema central “gênero, cuidado e periferia”, o artigo foi desenvolvido em quatro eixos, sendo eles: a ausência/dificuldade de acesso a direitos vivenciada pela população negra, em especial o que tange ao direito à educação, com centralidade na raça; os efeitos da Covid-19 e a racialização; os efeitos da Covid-19 na população negra, com ênfase nas mulheres negras; e reflexões sobre o cuidado a partir de perspectivas/experiências da população negra. O texto foi estruturado na perspectiva de diálogo mais direto, partindo de reflexões construídas em textos de minha autoria/coautoria publicados anteriormente. Ao dialogar com autoras que estão no campo das escrevivências e da educação antirracista, o texto centraliza gênero e raça e aponta as dificuldades e possíveis saídas para que a população negra esteja na zona do ser, principalmente para mulheres negras
Apresentação Dossiê - Povos e comunidades tradicionais, ancestralidade e decolonialidade: resistir para existir
A partir do diálogo entre as diversas áreas das humanidades, e de abordagens que contestem o colonialismo/colonialidade o nosso objetivo é fazer emergir textos que abordem as especificidades dos PCTs, tais como, cultura, religiosidade, educação, memória, patrimônio cultural, saúde, forma de se relacionar com a terra, bem como, a luta por direitos essenciais perante um Estado que a partir da roupagem de Estado Democrático de Direito, viola os direitos dos PCTs. Recebemos vários textos e agradecemos as autoras e aos autores pelo envio. Ao final, após os pareceres selecionamos dez textos, são eles: “A escravidão africana no Brasil e a Igreja Católica: posicionamentos no contexto de uma sociedade escravocrata”, dos autores Christiano Roberio Batinga da Silva e Roberval Santos da Silva; “A narrativa-encruzilhada de Dona Jovita: "água que não para, de longas beiradas" da pesquisadora Vera Lúcia da Silva; “Desconectividade: o isolamento dos povos do campo nas aulas remotas em período de pandemia” do autor Francisco Cruz do Nascimento; “Ancestralidade africana na afrodiáspora: conhecimento, existência e vida” dos pesquisadores Adeir Ferreira Alves e Renísia Cristina Garcia Filice; “Invenção da subalternidade: o não colonizado em representações dos tapuias produzidas por padres e cronistas do século XVI no Brasil” dos autores Paulo Robério Ferreira Silva e João Batista de Almeida Costa; “O Rap é preto: narrativas e discursos que nos expressam” das pesquisadoras Eliana Cristina Pereira Santos e Janaína de Jesus Lopes Santana; “O Massacre do Paralelo 11 e os Direitos Fundamentais a partir do Direito de Memória Indígena e a decolonização do Direito Brasileiro” das pesquisadoras Alianna Cardoso Vançan e Milena Valle Rodrigues; “Alimentação como um patrimônio: definição, pesquisa e métodos de abordagem na educação escolar indígena” dos autores Murilo Has, Marcos Gehrke e Rosângela Faustino; “Antropologia outras e estudos feministas: alguns apontamentos iniciais” do pesquisador Tadeu Lopes Machado; e, “Pela Língua dissidente e por Corpos dançantes: Resistências De(s)coloniais do Quilombo dos Carrapatos” das autoras Vanessa Nogueira Paiva, Walkyria Chagas da Silva Santos e Célia Souza da Costa
Direitos humanos e covid-19: diálogos a partir da racialização da população negra
Este artigo teve como objetivo discutir os efeitos da covid-19 sobre os direitos humanos da população negra brasileira, questionando a própria concepção de direitos humanos, a partir de autores e autoras que discutem a necessidade de racializar este debate. Para a análise, utilizou-se a metodologia fenomenológica dialética. Concluiu-se que a lógica do “pretuguês” surge como uma racionalidade que tensiona a produção do direito e a atuação do Estado e das políticas públicas em prol dos direitos humanos dos povos da periferia. Concluiu-se também que o dilema pandêmico causado pela covid-19 pode ser uma base para se repensarem as consequências do racismo estrutural, considerando que somente a partir de uma mudança de postura estatal e com a ação dos movimentos sociais será possível a efetivação dos direitos humanos, em especial os da população negra.
Direitos humanos e covid-19: diálogos a partir da racialização da população negra
Este artigo teve como objetivo discutir os efeitos da covid-19 sobre os direitos humanos da população negra brasileira, questionando a própria concepção de direitos humanos, a partir de autores e autoras que discutem a necessidade de racializar este debate. Para a análise, utilizou-se a metodologia fenomenológica dialética. Concluiu-se que a lógica do “pretuguês” surge como uma racionalidade que tensiona a produção do direito e a atuação do Estado e das políticas públicas em prol dos direitos humanos dos povos da periferia. Concluiu-se também que o dilema pandêmico causado pela covid-19 pode ser uma base para se repensarem as consequências do racismo estrutural, considerando que somente a partir de uma mudança de postura estatal e com a ação dos movimentos sociais será possível a efetivação dos direitos humanos, em especial os da população negra. This article aimed to discuss the effects of Covid-19 on the human rights of the black Brazilian population, questioning the concept of human rights itself from authors who discuss the need to racialize the debate. For analysis, it was used the dialectical phenomenological methodology. It is concluded that the logic of the “pretuguês” appears as a rationality that stresses the production of law and the performance of the State and public policies in favor of the human rights of the peoples of the periphery. It was also concluded that this pandemic dilemma caused by Covid-19 can be a basis for rethinking the consequences of structural racism, considering that only from a change in State posture and with the action of social movements will it be possible to enforce human rights, especially those of the black population
Black women (Dandaras) and the struggle for an anti-racist education: Reflections on the impact of the “Enegrecendo a Academia” Project
The Dandaras Collective put into practice the dream of making the monitoring project available and aiming to organize the activities held a call for new participants. This text aims at presenting an experience report on the systematization of data from the Project Blackening the Academy and present the next steps of a collective that keeps moving to build an anti-racist education. With a qualitative approach and using the methodology of bibliographic and documental research, this work presents a brief theoretical discussion on epistemic racism and the need for plurality within the academic field and presents the data of the activities carried out between 2020 and 2022