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    O comer, a comida e a comensalidade na Bahia oitocentista através do Jornal Alabama no período de 1866 a 1868 / Eating, eating and eating in eight-century Bahia through the Alabama Magazine from 1866 to 1868

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    No Século XIX circulou o jornal baiano Alabama, o qual foi escrito por afrodescendentes, os jornais tinham o costume relatar o cotidiano.  Alabama era o nome de um navio pirata que foi a pique no ano de estreia do jornal. O periódico batizou a cidade de Salvador de Latranópolis, numa alusão aos larápios. Os jornais tinham o costume de relatar o quotidiano, informar sobre as características e formas de corpos de negros e mestiços fugidos ou expostos à venda, estes periódicos também demonstravam as mudanças de alguns hábitos alimentares. No século XIX a cidade de Salvador estava sujeita as relações comerciais que envolviam vendedores ambulantes, merceeiros, barqueiros, negociantes, escravos e libertos, dentre outros. Nas ruas de Salvador era possível encontrar-se de tudo em cestos, tabuleiros, balaios, caixas de vidros e gamelas, suspensos na cabeça de ganhadeiras (MATTOSO, 1992). O jornal Alabama tem se constituído fonte de pesquisa para estudos relacionados à sociedade baiana, seus costumes, organização social e religiosidade. Todavia, ainda não se tem um levantamento dos hábitos alimentares, das comidas, do comer e da comensalidade da população da cidade de Salvador no século XIX neste periódico. Diante da importância de conhecer "os de comer" da cidade de Salvador e ampliar os estudos sobre a comensalidade no século XIX e refletir sobre a importância destes alimentos e a sua participação em nossa cultura alimentar, a pesquisa teve como intuito fazer um levantamento de tudo que se refere à comida, o comer e a comensalidade citado no jornal Alabama no período de 1866 a 1868. Foi aberto um total de 423 edições, todas digitalizadas e disponibilizadas pela Biblioteca Virtual Consuelo Pondé da Fundação Pedro Calmon. Conhecer sobre alguns hábitos alimentares da cidade de Salvador, chamando a atenção para a manutenção ou modificação destes na contemporaneidade, trazendo à tona, além de aspectos voltados ao abastecimento da cidade, questões relacionadas à segurança alimentar, saúde pública e à nutrição. Como na edição do dia 22 de fevereiro do ano de 1866 insistia “a cidade converte-se num enxame de urubus, e loca a comer carniça! Exageros à parte, os problemas que envolviam a carne eram urgentes e deveriam ser solucionados. Assim, o periódico trata-se de comidas, algumas, elaboradas no Brasil a partir de diferentes matrizes culinárias onde elementos indígenas e africanos fizeram-se sentir sensivelmente, não obstante influências portuguesas
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