5 research outputs found
Estudos histoplásticos da interação Colletotrichum gloeosporioides: cafeeiro Histopathological studies of the interaction Colletotrichum gloeosporioides: coffee tree
Nos estudos envolvendo a interação Colletotrichum gloeosporioides-cafeeiro (Coffea arabica L.), poucas são as informações a respeito do modo de penetração e colonização deste patógeno. Estudou-se por meio da microscopia eletrônica de varredura (MEV), os eventos de pré-penetração e penetração de C. gloeosporioides em hipocótilos de cafeeiros e a colonização natural de ramos e frutos provenientes de plantas com mancha manteigosa. Realizaram-se três ensaios. No primeiro, fez-se a observação dos eventos de pré-penetração de C. gloeosporioides inoculados em hipocótilos de plântulas da cv. Acaiá Cerrado com e sem ferimentos; no segundo, observou-se a colonização de ramos enfermos em que havia murcha drástica e necrose local e, no terceiro, a colonização de frutos enfermos. A germinação dos conídios nos hipocótilos feridos ocorreu 6 horas após a inoculação, com a formação de um ou dois tubos germinativos terminais e a adesão dos conídios nas depressões dos hipocótilos. Apressórios globosos a subglobosos e de contorno regular surgiram 12 horas após a inoculação. Até 72 horas, não foi possível observar a formação de acérvulos sobre os tecidos submetidos à inoculação. Nos ramos observava-se colonização nos vasos floema e parênquima cortical. Nos frutos em diferentes estádios de maturação foi observada a colonização do tecido próximo à epiderme e colapso dos estômatos na área lesionada.<br>In studies involving the interaction Colletotrichum gloeosporioides - coffee trees (Coffea arabica L.) there is little information regarding the pre-penetration, penetration and colonization pathways of this pathogen. The objectives of this work were: 1. to study through scanning electron microscopy (SEM) the pre-penetration and penetration events of C. gloeosporioides in hypocotyls of coffee plantlets; 2. to observe the colonization of Colletotrichum spp. in branches and fruits of coffee trees with blister spot symptoms. The study took place in three trials. In the first trial, it was observed and reported the pre-penetration events of C. gloeosporioides inoculated on hypocotyls of coffee cv. Acaiá Cerrado with and without wounds. The second trial was performed to investigate the colonization of diseased coffee branches that presented drastic wilt and local necrosis was observed. Finally the third trial investigated the colonization of this pathogen in diseased coffee fruits. When C. gloeosporioides was inoculated, germination could be observed in wounded hypocotyls 6 hours after inoculation. Better adhesion of conidia was evident at surface depressions of hypocotyls and germination started by emission of one or two terminal germ tubes. Round or sub-round shaped apressoria appeared 12 hours after inoculation. Up to 72 hours, acervula formation was not observed on inoculated tissues. The wilted branches presented colonization in the phloem and cortical tissues. In fruits at different stages of maturation, it was observed colonization in tissues near the epidermis and collapse of the stomata in the affected area
Alterações anatômicas em algodoeiro infectado pelo vírus da doença azul Anatomical alterations in blue disease infected cotton plant
A doença azul do algodoeiro está associada a um vírus ainda pouco conhecido em suas características morfológicas e moleculares, tanto quanto a sua patologia e epidemiologia. O tipo de transmissão circulativa pelo afídeo vetor Aphis gossypii Glover, associado a recentes relatos de estudos moleculares, sustentam ser o agente etiológico uma espécie membro da família Luteoviridae. No presente trabalho, estudos anatômicos comparativos em plantas sadias e infectadas foram realizados com a finalidade de conhecer aspectos estruturais da interação vírus-espécie hospedeira, com potencial aplicação na área de diagnose e melhoramento genético. Os estudos anatômicos foram realizados em folhas de plantas infectadas, com área foliar reduzida, nervuras cloróticas e margem foliar voltada para baixo. O encurtamento dos entrenós, que resultam em um agrupamento de folhas, flores e frutos, e conseqüente redução da altura da planta, do número e tamanho dos frutos, são expressões fenotípicas da planta de algodão infectada, a qual serviu para o presente estudo. Nas plantas infectadas com o agente da doença azul havia maior acúmulo de calose e de cristais de oxalato de cálcio, cloroplastos íntegros distribuídos na região periférica das células do mesofilo e aparente alteração química no interior das células do parênquima paliçádico. Inclusões nos vasos do floema e, ocasionalmente no xilema, também foram observadas. O acúmulo de calose e a presença de inclusões no floema podem indicar uma relação ou preferência do vírus por esse tecido.<br>Cotton blue disease is caused by a virus whose morphological and molecular characteristics is not well known and so demanding information its phytosanitary and epidemiological characteristics. Evidences of an aphid borne (Aphis gossypii Glover) circulative (persistent) type of transmission, associated with a recent molecular report, sustain for a virus species belonging to the Luteoviridae family. Aiming to understand virus-host pathogenesis as well as to contribute with diagnostic and breeding aspects of cotton blue disease, in the present work, structural studies were performed via anatomical comparative analysis of health and infected plant tissues. For the anatomical studies, leaves from infected cotton plants were chosen when showing typical symptoms, such as: stunting, reduced leaf area with chlorotic vein and edges curled downward; clustered leaves, flowers and fruits due to reduced stem internodes. The results revealed that infected tissues present an increase in callose accumulation and calcium oxalate crystals; integrity of chloroplasts, which were distributed on the peripheral mesophyll cells, revealed a chemical alteration in the interior of palisade parenchyma cells. Inclusions in phloem and occasionally also xylem vessels were observed. The callose accumulation and the presence of inclusions in the phloem vessels are indications of a preferential relationship of the virus to these tissues