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Caracterização dos casos de violĂȘncia contra a mulher atendidos em trĂȘs serviços na cidade de UberlĂąndia, Minas Gerais, Brasil Violence against women: analysis of cases treated at three services in the city of UberlĂąndia, Minas Gerais State, Brazil
Este estudo apresenta aspectos epidemiolĂłgicos e clĂnicos da violĂȘncia contra a mulher, utilizando trĂȘs fontes de dados: prontuĂĄrios mĂ©dicos do Hospital de ClĂnicas de UberlĂąndia, Minas Gerais, Brasil, (HCU); fichas de atendimento da ONG SOS Ação Mulher FamĂlia (ONG SOS Mulher); laudos de perĂcia de lesĂ”es corporais e de necropsias do Posto MĂ©dico Legal (PML). No HCU e no PML, os atendimentos foram decorrentes principalmente por agressĂŁo fĂsica, nĂŁo havendo alusĂŁo Ă violĂȘncia psicolĂłgica nos prontuĂĄrios mĂ©dicos e nos laudos, revelando que em serviços de atenção primĂĄria Ă saĂșde esta violĂȘncia Ă© evidenciada somente em pesquisas pĂłs-entrevistas com as vĂtimas. Na ONG SOS Mulher foram observadas principalmente as violĂȘncias psicolĂłgica e fĂsica. Nas trĂȘs fontes pesquisadas houve baixa ocorrĂȘncia da violĂȘncia sexual, corroborando dados da literatura que retrata a invisibilidade desta questĂŁo, principalmente da violĂȘncia sexual conjugal sofrida pelas mulheres que buscam ajuda nesses serviços. Os dados da presente pesquisa permitem concluir que os tipos de violĂȘncia contra a mulher nesses trĂȘs diferentes serviços pĂșblicos de saĂșde e social, em UberlĂąndia, diferenciam-se conforme as caracterĂsticas especĂficas dos serviços oferecidos nessas instituiçÔes.<br>This study analyzes epidemiological and clinical aspects of violence against women, using three data sources: medical records at the University Hospital in UberlĂąndia, Minas Gerais State, Brazil; treatment forms from the nongovernmental organization SOS Action for Women and Families; forensic reports on bodily injuries and autopsies from the Medical Examiner's Office. At the University Hospital and Medical Examiner's Office, the records related mainly to physical aggression, with no reference to psychological abuse in the medical charts or forensic reports, revealing that in primary health care services, such violence is only identified through post-aggression interviews with victims. Records at the nongovernmental organization referred mainly to psychological and physical abuse. The three sources showed little reference to sexual violence, corroborating data from the literature on this issue's invisibility, especially conjugal sexual violence suffered by women that seek treatment at these services. According to the current study's findings, the types of violence against women recorded at these three public health and social services differ according to the specific characteristics of the services they provide