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    Fibromialgia e envelhecimento biológico precoce : influência da aptidão física e dos fatores metabólicos, inflamatórios e psicológicos

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    Orientadora: Profa. Dra. Neiva LeiteCoorientador: Prof. Dr. Victor Segura-JiménezTese (doutorado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Educação Física. Defesa : Curitiba, 31/07/2018Inclui referências: p. 101-128Resumo: O comprimento do telômero é indicador fidedigno do processo de envelhecimento, influenciado pela idade e condições de saúde. Estudos recentes têm observado que o encurtamento dos telômeros está associado com muitas doenças, incluindo a fibromialgia. O presente estudo teve como objetivo avaliar o envelhecimento biológico precoce em mulheres com fibromialgia de meia-idade, por meio da análise do comprimento de telômero, relacionando-o com os componentes da atividade física, fatores metabólicos, inflamatórios, psicológicos e vitamina D. Participaram do estudo 41 mulheres com diagnóstico de fibromialgia segundo os critérios do Colégio Americano de Reumatologia (grupo fibromialgia - GF), 31 mulheres sem fibromialgia (grupo controle - GC) e 20 mulheres idosas (grupo controle-idosa - GCI). Foram avaliados: comprimento de telômero, aptidão física (aptidão muscular, aptidão cardiorrespiratória, flexibilidade, agilidade e composição corporal), variáveis metabólicas (glicemia, hemoglobina glicada, colesterol total, HDL-c, LDL-c, triglicerídeos e insulina), inflamatórias (proteína C-reativa, adiponectina, leptina e fator de necrose tumoral-TNF-a), psicológicas (depressão e ansiedade) e concentração plasmática de vitamina D. Análise de variância, análise de covariância, correlação de Pearson e regressão linear múltipla foram realizadas, considerando p<0,05. O comprimento de telômero no GF não diferiu do GC e do GCI, enquanto que as mulheres do GCI apresentaram menor comprimento quando comparadas ao GC (p=0,011). Entretanto, quando o comprimento do telômero foi ajustado pelos componentes da aptidão física, não houve diferença entre os grupos (p=0,75). O GF apresentou menor aptidão física do que o GC (p<0,05), porém não diferiu quanto à aptidão física em relação ao GCI, exceto para aptidão cardiorrespiratória, que foi maior no GF (p<0,05). Nas variáveis físicas, o GF apresentou menor média nos testes de flexibilidade de membro inferior e superior, força de membro superior e inferior em relação ao grupo controle e grupo controle-idosa (p<0,05). A regressão linear múltipla mostrou associação direta entre aptidão cardiorrespiratória e comprimento de telômero (ß=0,302; p=0,003), atividade física moderada e comprimento de telômero (ß=0,342; p=0,02), e associação inversa entre atividade sedentária e comprimento de telômero (ß=-0,247; p=0,04). A média da hemoglobina glicada foi maior no GCI em relação ao GF e GC (p<0,01), as demais variáveis metabólicas não diferiram entre os grupos. Nas variáveis inflamatórias, a adiponectina apresentou maior média no g Ci do que GF e GC (p<0,01), enquanto as outras variáveis foram semelhantes entre os três grupos. Mulheres com fibromialgia apresentaram mais sintomas de ansiedade e depressão em relação ao GC e GC (p<0,01). Quanto às concentrações de vitamina D, não foram detectadas associações significativas com o comprimento do telômero. Conclui-se, com base nos achados deste estudo, que o comprimento de telômero em pacientes com fibromialgia apresenta situação intermediária, em relação às mulheres saudáveis e idosas, indicando possível quadro de envelhecimento biológico precoce. Além disso, os resultados apontam que o comprimento do telômero tem relação direta com a aptidão cardiorrespiratória, fator que estava reduzido em mulheres com fibromialgia em relação às mulheres de mesma faixa etária, sugerindo que o envelhecimento biológico precoce nestas pacientes possa ocorrer em decorrência da diminuição dessa aptidão. Essas associações ressaltam a importância de incentivar o estilo de vida ativo em mulheres com fibromialgia, como estratégia para minimizar o processo de envelhecimento biológico precoce. Palavras-chave: Dor crônica. Fibromialgia. Envelhecimento. Atividade física.Abstract: The telomere length is a reliable indicator of the aging process, influenced by age and health conditions. Recent studies have found that shortening telomeres is associated with many diseases, including fibromyalgia. The aim of the present study was to evaluate the early biological aging in women with middle-aged fibromyalgia, by means of telomere length analysis, relating it to the components of physical activity, metabolic, inflammatory, psychological and vitamin D. Participation (FG), 31 women without fibromyalgia (control group - GC) and 20 elderly women (control - elderly group - GCI) were included in the study. Telomere length, physical fitness (muscle fitness, cardiorespiratory fitness, flexibility, agility and body composition), metabolic variables (glycemia, glycated hemoglobin, total cholesterol, HDL-c, LDL-c, triglycerides and insulin), inflammatory (C-reactive protein, adiponectin, leptin and tumor necrosis factor-TNF-a), psychological (depression and anxiety) and plasma vitamin D concentration. Analysis of variance, covariance analysis, Pearson's correlation and multiple linear regression were performed, considering p <0.05. The telomere length in GF did not differ from GC and GCI, whereas GCI women presented shorter lengths when compared to CG (p = 0.011). However, when telomere length was adjusted by the components of physical fitness, there was no difference between the groups (p = 0.75). The GF presented lower physical fitness than the CG (p <0.05), but did not differ in physical fitness in relation to ICG, except for cardiorespiratory fitness, which was higher in GF (p <0.05). In the physical variables, GF presented lower mean in the lower and upper limb flexibility tests, upper and lower limb strength in relation to the control group and the control-elderly group (p <0.05). The multiple linear regression showed a direct association between cardiorespiratory fitness and telomere length (P = 0.302, p = 0.003), moderate physical activity and telomere length (P = 0.342, p = 0.02), and inverse association between sedentary activity and telomere length (P = -0.247; p = 0.04). The mean of glycated hemoglobin was higher in GCI than in GF and CG (p <0.01), the other metabolic variables did not differ between groups. In the inflammatory variables, adiponectin presented higher GCI mean than GF and GC (p <0.01), while the other variables were similar among the three groups. Women with fibromyalgia presented more symptoms of anxiety and depression compared to GC and CG (p <0.01). As for vitamin D concentrations, no significant associations with telomer length were detected. It is concluded, based on the findings of this study, that telomere length in patients with fibromyalgia presents an intermediate situation, in relation to healthy and elderly women, indicating a possible precocious biological aging. In addition, the results indicate that telomere length is directly related to cardiorespiratory fitness, a factor that was reduced in women with fibromyalgia compared to women of the same age group, suggesting that the early biological aging in these patients may occur due to the decrease of this ability. These associations emphasize the importance of encouraging the active lifestyle in women with fibromyalgia, as a strategy to minimize the process of early biological aging. Keywords: Chronic pain. Fibromyalgia. Aging, Physical activity

    Fibromialgia e envelhecimento biológico precoce : influência da aptidão física e dos fatores metabólicos, inflamatórios e psicológicos

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    Orientadora: Profa. Dra. Neiva LeiteCoorientador: Prof. Dr. Victor Segura-JiménezTese (doutorado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Educação Física. Defesa : Curitiba, 31/07/2018Inclui referências: p. 101-128Resumo: O comprimento do telômero é indicador fidedigno do processo de envelhecimento, influenciado pela idade e condições de saúde. Estudos recentes têm observado que o encurtamento dos telômeros está associado com muitas doenças, incluindo a fibromialgia. O presente estudo teve como objetivo avaliar o envelhecimento biológico precoce em mulheres com fibromialgia de meia-idade, por meio da análise do comprimento de telômero, relacionando-o com os componentes da atividade física, fatores metabólicos, inflamatórios, psicológicos e vitamina D. Participaram do estudo 41 mulheres com diagnóstico de fibromialgia segundo os critérios do Colégio Americano de Reumatologia (grupo fibromialgia - GF), 31 mulheres sem fibromialgia (grupo controle - GC) e 20 mulheres idosas (grupo controle-idosa - GCI). Foram avaliados: comprimento de telômero, aptidão física (aptidão muscular, aptidão cardiorrespiratória, flexibilidade, agilidade e composição corporal), variáveis metabólicas (glicemia, hemoglobina glicada, colesterol total, HDL-c, LDL-c, triglicerídeos e insulina), inflamatórias (proteína C-reativa, adiponectina, leptina e fator de necrose tumoral-TNF-a), psicológicas (depressão e ansiedade) e concentração plasmática de vitamina D. Análise de variância, análise de covariância, correlação de Pearson e regressão linear múltipla foram realizadas, considerando p<0,05. O comprimento de telômero no GF não diferiu do GC e do GCI, enquanto que as mulheres do GCI apresentaram menor comprimento quando comparadas ao GC (p=0,011). Entretanto, quando o comprimento do telômero foi ajustado pelos componentes da aptidão física, não houve diferença entre os grupos (p=0,75). O GF apresentou menor aptidão física do que o GC (p<0,05), porém não diferiu quanto à aptidão física em relação ao GCI, exceto para aptidão cardiorrespiratória, que foi maior no GF (p<0,05). Nas variáveis físicas, o GF apresentou menor média nos testes de flexibilidade de membro inferior e superior, força de membro superior e inferior em relação ao grupo controle e grupo controle-idosa (p<0,05). A regressão linear múltipla mostrou associação direta entre aptidão cardiorrespiratória e comprimento de telômero (ß=0,302; p=0,003), atividade física moderada e comprimento de telômero (ß=0,342; p=0,02), e associação inversa entre atividade sedentária e comprimento de telômero (ß=-0,247; p=0,04). A média da hemoglobina glicada foi maior no GCI em relação ao GF e GC (p<0,01), as demais variáveis metabólicas não diferiram entre os grupos. Nas variáveis inflamatórias, a adiponectina apresentou maior média no g Ci do que GF e GC (p<0,01), enquanto as outras variáveis foram semelhantes entre os três grupos. Mulheres com fibromialgia apresentaram mais sintomas de ansiedade e depressão em relação ao GC e GC (p<0,01). Quanto às concentrações de vitamina D, não foram detectadas associações significativas com o comprimento do telômero. Conclui-se, com base nos achados deste estudo, que o comprimento de telômero em pacientes com fibromialgia apresenta situação intermediária, em relação às mulheres saudáveis e idosas, indicando possível quadro de envelhecimento biológico precoce. Além disso, os resultados apontam que o comprimento do telômero tem relação direta com a aptidão cardiorrespiratória, fator que estava reduzido em mulheres com fibromialgia em relação às mulheres de mesma faixa etária, sugerindo que o envelhecimento biológico precoce nestas pacientes possa ocorrer em decorrência da diminuição dessa aptidão. Essas associações ressaltam a importância de incentivar o estilo de vida ativo em mulheres com fibromialgia, como estratégia para minimizar o processo de envelhecimento biológico precoce. Palavras-chave: Dor crônica. Fibromialgia. Envelhecimento. Atividade física.Abstract: The telomere length is a reliable indicator of the aging process, influenced by age and health conditions. Recent studies have found that shortening telomeres is associated with many diseases, including fibromyalgia. The aim of the present study was to evaluate the early biological aging in women with middle-aged fibromyalgia, by means of telomere length analysis, relating it to the components of physical activity, metabolic, inflammatory, psychological and vitamin D. Participation (FG), 31 women without fibromyalgia (control group - GC) and 20 elderly women (control - elderly group - GCI) were included in the study. Telomere length, physical fitness (muscle fitness, cardiorespiratory fitness, flexibility, agility and body composition), metabolic variables (glycemia, glycated hemoglobin, total cholesterol, HDL-c, LDL-c, triglycerides and insulin), inflammatory (C-reactive protein, adiponectin, leptin and tumor necrosis factor-TNF-a), psychological (depression and anxiety) and plasma vitamin D concentration. Analysis of variance, covariance analysis, Pearson's correlation and multiple linear regression were performed, considering p <0.05. The telomere length in GF did not differ from GC and GCI, whereas GCI women presented shorter lengths when compared to CG (p = 0.011). However, when telomere length was adjusted by the components of physical fitness, there was no difference between the groups (p = 0.75). The GF presented lower physical fitness than the CG (p <0.05), but did not differ in physical fitness in relation to ICG, except for cardiorespiratory fitness, which was higher in GF (p <0.05). In the physical variables, GF presented lower mean in the lower and upper limb flexibility tests, upper and lower limb strength in relation to the control group and the control-elderly group (p <0.05). The multiple linear regression showed a direct association between cardiorespiratory fitness and telomere length (P = 0.302, p = 0.003), moderate physical activity and telomere length (P = 0.342, p = 0.02), and inverse association between sedentary activity and telomere length (P = -0.247; p = 0.04). The mean of glycated hemoglobin was higher in GCI than in GF and CG (p <0.01), the other metabolic variables did not differ between groups. In the inflammatory variables, adiponectin presented higher GCI mean than GF and GC (p <0.01), while the other variables were similar among the three groups. Women with fibromyalgia presented more symptoms of anxiety and depression compared to GC and CG (p <0.01). As for vitamin D concentrations, no significant associations with telomer length were detected. It is concluded, based on the findings of this study, that telomere length in patients with fibromyalgia presents an intermediate situation, in relation to healthy and elderly women, indicating a possible precocious biological aging. In addition, the results indicate that telomere length is directly related to cardiorespiratory fitness, a factor that was reduced in women with fibromyalgia compared to women of the same age group, suggesting that the early biological aging in these patients may occur due to the decrease of this ability. These associations emphasize the importance of encouraging the active lifestyle in women with fibromyalgia, as a strategy to minimize the process of early biological aging. Keywords: Chronic pain. Fibromyalgia. Aging, Physical activity
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