31 research outputs found

    The approach to male sexuality in Primary Health Care: possibilities and limitations

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    A relação masculinidades-saúde tem sido investigada por vários estudos nos últimos anos. A aproximação dos homens às práticas de cuidado e aos serviços de saúde é apontada como um desafio que esbarra na construção social das masculinidades e no direcionamento dos serviços para a atenção a mulheres e crianças. Este trabalho tem o objetivo de compreender como as questões relativas à sexualidade masculina são abordadas na Atenção Primária à Saúde. Para tanto, investiga como homens, situados no contexto de pobreza urbana, percebem e lidam com a sexualidade e com necessidades em saúde sexual; como a sexualidade masculina se configura como tema e demanda nos serviços de saúde e como interagem profissionais e usuários frente a ela. Trata-se de um recorte de pesquisa multicêntrica, voltada para a investigação da relação dos homens com os serviços de Atenção Primária à Saúde. Este recorte se detém à análise da observação etnográfica da estrutura e do funcionamento de duas Unidades Básicas de Saúde da cidade de Natal/RN, Brasil, e de entrevistas semi-estruturadas com 57 homens, usuários desses serviços. O trajeto analítico-interpretativo foi orientado, no campo teórico, pela perspectiva de gênero e, no campo metodológico, pela hermenêutica filosófica. Os resultados permitem vislumbrar a relação entre diferentes construções do ser homem e o exercício da sexualidade. Nos serviços pesquisados, além de uma desigualdade na atenção dada a homens e mulheres, nota-se que a abordagem à sexualidade de ambos é feita de forma diferente. Está presente a imagem de uma sexualidade masculina ativa, impulsiva e exacerbada, em oposição à de uma sexualidade feminina passiva e atrelada à reprodução. Isso pode ser visto na distribuição de camisinhas, feita para os homens com sentido prioritário de prevenção de DST/AIDS e para as mulheres como método contraceptivo. Destacam-se ainda, como assuntos dessa abordagem, as DST/AIDS, problemas relativos à ereção e a prevenção do câncer de próstata. De forma geral, a abordagem à sexualidade masculina é reduzida aos termos da medicalização e cerceada por valores morais. Não são considerados os sentidos e significados que os assuntos apresentados podem assumir para os homens. Além disso, as demandas em saúde sexual apresentadas pelos usuários recebem pouca atenção e são, com frenquência, consideradas como alçada de serviços especializados. Configura-se, assim, um quadro em que a vulnerabilidade dos homens ao adoecimento sexual parece estar atrelada, para além dos aspectos individuais e sociais da construção das masculinidades, à elaboração das políticas públicas de saúde e à estrutura organizacional dos serviços. O trabalho aponta para a possibilidade de articulação do pólo homem-sexualidade, pouco presente nos serviços, ao pólo mulher-reprodução. Defende a adoção de uma noção de saúde sexual e uma abordagem da sexualidade masculina (e feminina) mais contextualizadas com a perspectiva de gênero, dos direitos sexuais, da promoção e proteção da saúdeIn recent years, many studies have been investigating the relationship between masculinities and health. The approximation of men to care practices and to health facilities is pointed as a challenge once it stumbles on the social construction of masculinities and on directing the facilities attention to women and children. This work aims to understand how issues of male sexuality are approached in Primary Health Care. In order to do this, it investigates how men placed in the context of urban poverty perceive and deal with sexuality and sexual health needs, how male sexuality is shaped as theme and demand in health facilities, and how practitioners and service users interact facing it. Its a part of a multicenter research project that investigates the relationship between men and Primary Health Care facilities. This part focuses on the analysis of ethnographic observations of two Basic Health Units structure and operation in the city of Natal, Brazil, and on semi-structured interviews with 57 men, users of these facilities. The analytic and interpretative path was guided by gender theory and philosophical hermeneutics. The results allow us to have a glimpse of the relationship between different constructions of being a man and exercising sexuality. In the facilities studied, not only it is given unequal attention to men and women, but the approach to each genders sexuality is done differently. The image of male sexuality presents itself as active, impulsive and exacerbated, in opposition to the image of female sexuality, seen as passive and linked to reproduction. This can be noticed in the condoms distribution it is primarily given as STD/AIDS prevention for men, and as a contraceptive method for women. Also, STD/AIDS, problems related to erection and prevention of prostate cancer stand out as subjects of this approach. Generally, the approach to male sexuality is reduced to terms of medicalization and restrained by moral values. The possible sense and meanings men can interpret in the subjects presented are not considered. Furthermore, the sexual health demands presented by men receive little attention and are frequently understood as competence of specialized facilities. Thus, it is configured a framework in which mens vulnerability to becoming ill seems to be leashed, not only to individual and social aspects of the construction of masculinities, but also to the developed health public policies and the facilities organizational structures. This work points to the possibility of articulation between man-sexuality (hardly present in the facilities) and woman-reproduction. It defends the adoption of a sexual health notion and an approach for male (and female) sexuality more contextualized with the perspective of gender, sexual rights, and the promotion and protection of healt

    El hombre en la atención primaria a la salud: discutiendo (in)visibilidad a partir de la perspectiva de género

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    This paper presents an ethnographic study on the relationship between men and primary healthcare in eight clinics in four Brazilian states. The objective was to comprehend the (in)visibility of men within the daily routine of care, based on gender perspectives, with discussion of the mechanisms that favor inequalities in healthcare work. Different dimensions of male (in)visibility were identified within this context: targeting of men in interventions within the field of public healthcare policies; male users who face difficulties in seeking attendance; difficulty in stimulating effective participation among men; and male subjects of care (for themselves and for others). The paper emphasizes the importance of gender studies and their relationship with health, while discussing the production of social inequalities that are (re)produced by the gender inequalities that are present in the social imaginary and in healthcare services.Este trabajo presenta un estudio de caracter etnográfico acerca de la relación entre hombres y la asistencia a la salud en la Atención Primaria, realizado en ocho servicios de cuatro estados brasileños . Se objetivo es el de comprender la (in)visibilidad de los hombres en lo cotidiano de la asistencia, a partir de la perspectiva de género, que discute los mecanismos promotores de desigualdades presentes en el trabajo de salud. Se identificaron en tal contexto diferentes dimensiones de esta (in) visibilidad: los hombres como objeto de intervenciones en el campo de las políticas públicas de salud; como usuarios que afrontan dificultades en la busca por atención y en el estímulo a su participación efectiva; como sujetos del cuidado (de sí mesmos y de terceros). El trabajo refuerza la importancia de los estudios de género y su relación con la salud, en la medida en que discute la producción de las iniquidades sociales, (re)producidas por las desigualdades de género presentes en el imaginario social y en los servicios de salud.Este trabalho apresenta estudo de caráter etnográfico acerca da relação entre homens e a assistência à saúde na Atenção Primária, realizado em oito serviços de quatro estados brasileiros. Seu objetivo é compreender a (in)visibilidade dos homens no cotidiano da assistência a partir da perspectiva de gênero, que discute os mecanismos promotores de desigualdades presentes no trabalho em saúde. Foram identificadas, nesse contexto, diferentes dimensões desta (in) visibilidade: os homens como alvo de intervenções no campo das políticas públicas de saúde; como usuários que enfrentam dificuldades na busca por atendimento e no estímulo à sua participação efetiva; como sujeitos do cuidado (de si e de terceiros). O trabalho reforça a importância dos estudos de gênero e sua relação com a saúde, na medida em que discute a produção das iniquidades sociais (re) produzidas pelas desigualdades de gênero presentes no imaginário social e nos serviços de saúde.Universidade de São Paulo Faculdade de Medicina Departamento de Medicina PreventivaFMUSPConselho Regional de Medicina de PernambucoUniversidade Federal de São Paulo (UNIFESP) campus Santos Departamento Saúde, Educação, SociedadeUniversidade Federal do Rio Grande do Norte Departamento de PsicologiaFundação Oswaldo Cruz Instituto Fernandes FigueiraFMUSP Departamento de Medicina PreventivaUNIFESP, campus Santos Depto. Saúde, Educação, SociedadeSciEL

    Concepts of gender, masculinity and healthcare: a study of primary healthcare professionals

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    This paper analyzes concepts of gender and masculinity among Primary Healthcare professionals in four Brazilian States (Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, São Paulo). It is based on two perspectives: the meanings associated with being a man and the relations between masculinity and healthcare. This qualitative study is part of a multicentric investigation, which used triangulation methods as a benchmark. Sixty-nine in-depth interviews carried out among health professionals with higher education were analyzed. The discourses (re)produce the notion that health facilities are feminized spaces. Within the daily routine, this notion is translated as reinforcing the idea that the male body is not a locus of this care, as opposed to the female body which is considered a locus of care. The presence of a hegemonic pattern of masculinity is prominent among professionals' representations of men and seems to influence the latter, in their lack of commitment with healthcare. The existence of a stereotyped gender model (re)produces disparities between men and women in healthcare and compromises the visibility of other meanings and expressions of gender identities.O trabalho analisa as concepções de gênero e masculinidades de profissionais de saúde da Atenção Primária à Saúde em quatro estados do país (PE, RJ, RN, SP) a partir de duas perspectivas: os significados associados a ser homem e a relação masculinidade e cuidados em saúde. O estudo de natureza qualitativa é parte de pesquisa multicêntrica tendo por referência a triangulação de métodos. Foram analisadas 69 entrevistas em profundidade de profissionais de saúde com formação de nível superior. Os relatos dos profissionais (re)produzem a noção de que os serviços são espaços feminilizados, o que se traduz no seu cotidiano por um reforço à ideia do corpo masculino como lócus do não cuidado em oposição ao corpo feminino visto como lócus desse cuidado. Sobressai a representação dos profissionais sobre os homens centrados na forte presença de um padrão hegemônico de masculinidade, que influencia o pouco envolvimento destes com os cuidados em saúde. A existência de um modelo estereotipado de gênero acarreta a (re)produção de desigualdades entre homens e mulheres na assistência a saúde e compromete a visibilidade de outros significados e expressões de identidades de gênero.Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) Departamento Saúde, Educação, SociedadeUniversidade de São Paulo Faculdade de Medicina Departamento de Medicina PreventivaUNIFESP, Depto. Saúde, Educação, SociedadeSciEL

    Health needs and masculinities: primary health care services for men

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    Estudam-se relações entre masculinidades e cuidado em saúde, abordando o reconhecimento de necessidades por homens usuários de atenção primária e respostas dos serviços. É parte de pesquisa realizada em quatro estados brasileiros, com oito serviços amostrados por conveniência. Triangulou-se observação etnográfica com entrevistas semi-estruturadas com 182 usuários de 15 a 65 anos e com 72 profissionais. A análise temática dos registros etnográficos e das entrevistas foi baseada nos referenciais de gênero e em estudos do trabalho em saúde. Os resultados apontam como a medicalização das necessidades de saúde marca usuários, profissionais e serviços, ocultando questões vinculadas à masculinidade. Permitem caracterizar a atenção primária como voltada para as mulheres, reproduzindo no funcionamento dos serviços e nos desempenhos profissionais as desigualdades de gênero, em que para as mulheres há a disciplina do cuidado e para os homens, impropriedades para assistir e cuidar.This study deals with the relations between masculinities and health care, approaching the recognition of health needs among male users of primary health care and the responses by the services. The study is part of a larger research project in four Brazilian States, with a convenience sample of eight health services. Ethnographic observation was compared with semi-structured interviews with 182 health care users from 15 to 65 years of age and 72 health professionals. Thematic analysis of the ethnographic records and interviews was based on gender references and studies on health work. The findings show how medicalization of health needs affects users, professionals, and services, disguising issues related to masculinity. Primary care focuses mainly on women, thereby reproducing gender inequalities in health services operations and professional performance, with women receiving disciplined care and men receiving insufficient attention and care

    Acceptability of self-sampling for etiological diagnosis of mucosal sexually transmitted infections (STIs) among transgender women in a longitudinal cohort study in São Paulo, Brazil.

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    This study conducted among transgender women in São Paulo, Brazil assessed the acceptability and suitability of screening sexually transmitted infections (STIs), such as Chlamydia trachomatis and Neisseria gonorrhoeae, by sampling multiple anatomical sites (i.e. urethral, anorectal, oropharyngeal, and neovaginal), and utilizing self- or provider-collection methods. First, a convenience sample of 23 cohort participants were recruited during a scheduled study visit between October and November 2018. Data collection was through a short investigator-led quantitative survey in Portuguese, and included presentation of investigator-designed, gender-neutral instructional diagrams to guide self-sampling. Three supplemental focus group discussions (FGDs) with a total of 30 participants guided by semi-structured script were conducted in Portuguese between September and October 2019. All participants reported being assigned male sex at birth and self-identified with a feminine gender identity at time of study. All survey respondents (100%; n = 23) indicated willingness to provide samples for STI screening during a future study visit. Preference was for self-collection of urine samples (83%; n = 19), urethral swabs (82%; n = 18), and anorectal swabs (77%; n = 17). A lower preference for self-collection of oropharyngeal swabs (48%; n = 11) was observed. Most respondents (78%; n = 18) indicated that they would not prefer specimens to be collected by a health professional, mainly due to 'more privacy' (72%; n = 13). All respondents indicated that they would feel comfortable to provide a self-collected sample based on instructional diagrams shown. In FGDs, although the collection by a health professional was described as a technically safer option for some participants, there was a preference for self-collection to avoid discomfort and embarrassment in exposing the body. Overall, this sub-study suggested acceptability among transgender women of introducing self-sampling for etiological diagnosis of STIs from potential infection sites. Uptake and usability will be explored further in a cross-sectional STI prevalence study of transgender women in Brazil

    Pervasive gaps in Amazonian ecological research

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    Pervasive gaps in Amazonian ecological research

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    Biodiversity loss is one of the main challenges of our time,1,2 and attempts to address it require a clear un derstanding of how ecological communities respond to environmental change across time and space.3,4 While the increasing availability of global databases on ecological communities has advanced our knowledge of biodiversity sensitivity to environmental changes,5–7 vast areas of the tropics remain understudied.8–11 In the American tropics, Amazonia stands out as the world’s most diverse rainforest and the primary source of Neotropical biodiversity,12 but it remains among the least known forests in America and is often underrepre sented in biodiversity databases.13–15 To worsen this situation, human-induced modifications16,17 may elim inate pieces of the Amazon’s biodiversity puzzle before we can use them to understand how ecological com munities are responding. To increase generalization and applicability of biodiversity knowledge,18,19 it is thus crucial to reduce biases in ecological research, particularly in regions projected to face the most pronounced environmental changes. We integrate ecological community metadata of 7,694 sampling sites for multiple or ganism groups in a machine learning model framework to map the research probability across the Brazilian Amazonia, while identifying the region’s vulnerability to environmental change. 15%–18% of the most ne glected areas in ecological research are expected to experience severe climate or land use changes by 2050. This means that unless we take immediate action, we will not be able to establish their current status, much less monitor how it is changing and what is being lostinfo:eu-repo/semantics/publishedVersio

    Pervasive gaps in Amazonian ecological research

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    Biodiversity loss is one of the main challenges of our time,1,2 and attempts to address it require a clear understanding of how ecological communities respond to environmental change across time and space.3,4 While the increasing availability of global databases on ecological communities has advanced our knowledge of biodiversity sensitivity to environmental changes,5,6,7 vast areas of the tropics remain understudied.8,9,10,11 In the American tropics, Amazonia stands out as the world's most diverse rainforest and the primary source of Neotropical biodiversity,12 but it remains among the least known forests in America and is often underrepresented in biodiversity databases.13,14,15 To worsen this situation, human-induced modifications16,17 may eliminate pieces of the Amazon's biodiversity puzzle before we can use them to understand how ecological communities are responding. To increase generalization and applicability of biodiversity knowledge,18,19 it is thus crucial to reduce biases in ecological research, particularly in regions projected to face the most pronounced environmental changes. We integrate ecological community metadata of 7,694 sampling sites for multiple organism groups in a machine learning model framework to map the research probability across the Brazilian Amazonia, while identifying the region's vulnerability to environmental change. 15%–18% of the most neglected areas in ecological research are expected to experience severe climate or land use changes by 2050. This means that unless we take immediate action, we will not be able to establish their current status, much less monitor how it is changing and what is being lost
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