8 research outputs found

    Impacto da pandemia de COVID-19 no funcionamento de do banco de leite humano de um hospital maternidade do município do Rio de Janeiro, Brasil

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    Introdução: O Banco de Leite Humano (BLH) é um serviço especializado, vinculado a um hospital materno e/ou infantil, responsável por ações de promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno e execução de atividades de coleta, processamento, controle de qualidade e distribuição do leite humano (LH). Assim como a maioria dos serviços de saúde, esse serviço especializado sofreu impactos durante a pandemia de COVID-19. Objetivo: Conhecer o impacto da pandemia de COVID-19 no BLH da Maternidade Leila Diniz, Rio de Janeiro, fornecendo conhecimento necessário aos gestores para ampliar as estratégias de captação de LH além da proteção e promoção do aleitamento materno. Além disso, buscou-se descrever as estratégias utilizadas para promover a captação do LH durante a pandemia de COVID-19. Método: Os indicadores coletados foram o número de atendimentos individuais, número de visitas domiciliares, número de doadoras, número de receptores, volume de leite coletado, volume de leite distribuído, número de análises microbiológicas, número de análises de crematócrito, número de análises de acidez Dornic e volume de leite humano pasteurizado (LHOP) nos períodos de fevereiro de 2019 a março de 2021, realizados pelo BLH da Maternidade Leila Diniz. Foram comparados os indicadores referentes aos períodos anterior e durante a pandemia de COVID-19. Resultados: No período da pandemia, apesar da redução do número de atendimentos individualizados no BLH, houve substancial aumento nas visitas domiciliares, o que promoveu maior volume de LH coletado e distribuído, consequentemente maior número de análises de qualidade do LH (microbiológica, crematócrito e acidez Dornic) foram realizadas assim como um maior volume de LH foi pasteurizado. Conclusões: Mesmo em época de pandemia e isolamento social, foi possível manter o fornecimento de LHOP para atender aos recém-nascidos prematuros ou de baixo peso na Unidade Neonatal

    Perfil e desafios da produção e da comercialização de alimentos orgânicos processados no estado do Rio de Janeiro

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    Introduction: Smallholder organic food processing contributes to an economically, socially and environmentally sustainable food system. It is important to know the profile and potential difficulties of organic food processors, organized under the modality of the Participatory Organic Quality Assurance System, due to its growth and social relevance for targeting actions and public policies with the consequent strengthening ofagriculture with an agroecological basis. Objective: Describe the profile of organic food processors in Rio de Janeiro state and identify the main challenges in the production and commercialization schemes. Method: This is an exploratory and descriptive study with transversal design developed by documental research of different documents: handling plans, good practices manual, minutes of the Participatory Organic Quality Assurance System, certificates issued by the Association of Biological Farmers of the State of Rio de Janeiro, and other updated documents of the Participative Organism of Organic ConformityAssessment related to the accredited producers. Results: Sixty per cent of the organic processors in the Rio de Janeiro state were linked to the Participatory Organic Quality Assurance System. The processing unit mostly used is the one attached to their homes. Most of them are farmers or family micro-entrepreneurs that have assistance of family members in the production process and the mainactivity carried out is the production of canned foods, jams, sauces, and homemade desserts. Less than 70% of the producers had an operation permit and sanitary license, 97% had an Organic Handling Plan; 79% had a Good Practices Manual and 78% had a Traceability Plan. Among the main difficulties, there were: raw resource acquisition, sanitary rules adequacy and logistics in supplies. Conclusions:The study demonstrated the potentiality of organic products processing for the local social and economic development, and the need of greater inducements to make an inclusive production of small enterprises feasible.Introdução: O processamento de alimentos orgânicos por pequenos produtores contribui para um sistema alimentar economicamente, socialmente e ambientalmente sustentável. É importante conhecer o perfil e as potenciais dificuldades dos processadores de alimentos orgânicos, organizados sob a modalidade do Sistema Participativo de Garantia da qualidade orgânica, devido ao seu crescimento e relevância social, para direcionamento de ações e políticas públicas com consequente fortalecimento da agricultura de bases agroecológica. Objetivo: Descrever o perfil dos processadores de alimentos orgânicos do estado do Rio de Janeiro e identificar os principais desafios nas redes de produção e comercialização. Método: Estudo exploratório e descritivo com delineamento transversal realizado por pesquisa documental aos planos de manejos, manual de boas práticas, atas do Sistema Participativo de Garantia, certificados  emitidos pela Associação de Agricultores Biológicos do Estado do Rio de Janeiro, assim como outros documentos de atualização de Organismos Participativos de Avaliação da Conformidade Orgânica em relação aos produtores credenciados. Resultados: Observou-se que 60% dos processadores orgânicos no estado do Rio de Janeiro são vinculados ao Sistema Participativo de Garantia da qualidade orgânica. A unidade de processamento mais utilizada é a anexa ao domicílio. A maioria são agricultores ou microempreendedores familiares que recebem ajuda da família no processo produtivo e a atividade mais desenvolvida é a fabricação de conservas, geleias, molhos e doces. Menos de 70% possuíam alvará de funcionamento e licença sanitária, 97% tinham plano de manejo orgânico; 79% possuíam manual de boas práticas e 78%, plano de rastreabilidade. Das principais dificuldades, destacam-se: aquisição de matéria-prima, adequação às normas sanitárias e logística de distribuição. Conclusões: O estudo desvelou a potencialidade do processamento de produtos orgânicos para o desenvolvimento socioeconômico regional e a necessidade de mais incentivos para viabilizar a inclusão produtiva de pequenos empreendimentos

    Oficina sobre Boas Práticas de Fabricação para agricultores familiares, uma ação de extensão.

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    O projeto intitulado “Experiência de Integração Universidade e Agricultores Familiares do Estado do Rio de Janeiro” tem dentre seus objetivos capacitar por meio de oficinas, utilizando como material didático a cartilha elaborada pela equipe, intitulada “Cartilha do produtor orgânico: Boas Práticas de Fabricação”. Esse trabalho tem como objetivo apresentar a dinâmica a ser adotada na oficina de Boas Práticas para os agricultores familiares do município de Duque de Caxias. A capacitação dos agricultores foi pautada na proposta pedagógica idealizada por Paulo Freire que consta como uma prática crítico-educativa, privilegiando o diálogo interativo, o respeito pelos saberes do educando e o reconhecimento da identidade cultural, considerando a apropriação do conhecimento. Foram realizadas durante dois meses reuniões na área rural de Duque de Caxias entre membros do grupo, técnicos do Departamento de Segurança Alimentar e Nutricional, da Secretaria de Agricultura e agricultores familiares do município, assim como uma visita técnica às áreas de cultivo, onde foi possível conhecer as plantações e as moradias de diversos agricultores e, dessa forma, saber sobre a realidade e a estrutura que possuem. O resultado alcançado foi viabilizar a dinâmica da oficina, que será desenvolvida em dois momentos, a saber: no primeiro momento a equipe apresentará a cartilha e os principais pontos a serem observados pelos agricultores. No segundo momento, os agricultores serão divididos em grupos e participarão de três atividades interativas: o Jogo dos 7 Erros, onde, a partir de duas figuras de um local de processamento de alimentos com diversos erros, os grupos identificarão e debaterão sobre os mesmos; o Quiz onde uma lista de afirmativas sobre os assuntos abordados na cartilha serão julgadas pelos participantes como verdadeiras ou falsas e a atividade prática sobre Lavagem de mãos, em que os grupos discutirão como é a lavagem de mãos correta, e após isso, escolherão um representante para demonstrar o procedimento. Com os olhos vendados, colocaremos em suas mãos uma pequena quantidade de tinta de fácil remoção, para a visualização das falhas na higienização, e posteriormente, conversaremos sobre os problemas que acarretam a lavagem de mãos incorreta. A equipe envolvida nesta proposta buscará atender as demandas apresentadas pelo público-alvo, com vistas a uma atuação transformadora, voltada para os interesses e necessidades dos mesmos, e as trabalhará de forma a estimular a troca de conhecimentos e experiências, viabilizando a relação entre a universidade e outros setores da sociedade marcada pelo diálogo e pela ação de mão-dupla.  

    “Cartilha do produtor orgânico: Boas Práticas de Fabricação”: possibilitando a troca de conhecimentos entre agricultores e a Universidade.

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    As Boas Práticas de Fabricação são um conjunto de procedimentos e controles adotados no processamento de alimentos que garantem sua qualidade higiênico-sanitária. Dessa forma, o projeto “Experiência de Integração Universidade e Agricultores Familiares do Estado do Rio de Janeiro” apresenta mais um fruto de seu trabalho, sua segunda cartilha intitulada “Cartilha do produtor orgânico: Boas Práticas de Fabricação”. A cartilha foi organizada, a partir da demanda dos agricultores, em capítulos que esclarecem o que são as boas práticas, e em seguida, dispõe um passo a passo detalhando etapas importantes de boas práticas no processamento de alimentos: higienização e manutenção de ambiente, equipamentos e utensílios, qualidade da água, controle de pragas, manejo de resíduos, saúde e higiene do manipulador, recepção e seleção de matérias-primas, higienização de frutas e hortaliças, processamento de alimentos, embalagens, armazenamento dos alimentos processados, transporte e avaliação da conformidade orgânica, baseando-se nas resoluções vigentes, principalmente o Regulamento Técnico de Procedimentos Operacionais Padronizados aplicados aos Estabelecimentos Produtores/Industrializadores de Alimentos e a Lista de Verificação das Boas Práticas de Fabricação em Estabelecimentos Produtores/Industrializadores de Alimentos (RDC/ANVISA n°275, 21 de outubro de 2002) e Regulamento Técnico para o processamento, armazenamento e transporte de produtos orgânicos (Instrução Normativa n°18, 28 de maio de 2009). Esta cartilha é resultado da parceria do Instituto de Nutrição Josué de Castro/INJC, da Coordenadoria de Comunicação/CoordCOM, da Associação de Agricultores Biológicos do Estado do Rio de Janeiro/ABIO, da Sociedade Brasileira de Processamento de Frutas e Hortaliças/SBPFH, com apoio da PR-5 Pró-Reitoria de Extensão da UFRJ através do Programa Institucional de Bolsas de Extensão. O formato em cartilha foi escolhido para a construção do diálogo entre agricultores e conhecimentos produzidos no universo acadêmico, que junto ao seu saber/fazer, são essenciais para a melhoria da qualidade de seus produtos. Além disso, a cartilha será utilizada como material didático para as oficinas realizadas com os agricultores acerca desse tema e como uma referência para consulta sempre que necessário. Segundo Paulo Freire, “ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção”, a partir dessa concepção procurou-se fornecer uma ferramenta de aprendizado que possibilitasse a troca de conhecimento com fácil compreensão. Espera-se que este material seja útil a todos os agricultores que produzem alimentos orgânicos e desejam cada vez mais atribuir segurança e qualidade ao seu produto.  

    Agrobiodiversidade e perfil da produção sob manejo orgânico no estado do Rio de Janeiro

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    The objective of the study was to evaluate the agrobiodiversity of organic agriculture in the state of Rio de Janeiro and compare it with the production and supply of conventional fruits and vegetables. For this purpose, the national registry of organic production, the marketing bulletin of CEASA RJ and the Systematic Monitoring of Agricultural Production of ASPA/EMATER RJ were consulted. The number of organic producers, status, organic conformity assessment mechanisms, production areas and crops produced were evaluated. The diversity of crops offered between organic and conventional systems was compared. In the state of Rio de Janeiro, the scope of primary plant production prevails in organic production, with greater agrobiodiversity than conventional production. Plantain prata, carrot, yam, avocado, lime, lime, eggplant, spring onion, okra, beet and yam are the 10 most produced crops among organic farmers in the state. Cassava, plantain prata and okra are among the 10 crops with the highest number of producers involved, both in conventional and organic management. Organic production was 4.9 times more diverse than agricultural production under conventional management. However, it is important to highlight the need to improve data entry in the CNPO and expand ASPA to carry out more reliable assessments of the reality of agricultural production in the state of Rio de Janeiro.El objetivo del estudio era evaluar la agrobiodiversidad de la agricultura ecológica en el estado de Río de Janeiro y compararla con la producción y la oferta de frutas y hortalizas convencionales. Para ello se consultó el registro nacional de producción ecológica, el boletín de comercialización de CEASA RJ y el Seguimiento Sistemático de la Producción Agrícola de ASPA/EMATER RJ. Se evaluó el número de productores ecológicos, el estado, los mecanismos de evaluación de la conformidad ecológica, los ámbitos de producción y los cultivos producidos. Se comparó la diversidad de cultivos ofrecidos entre los sistemas orgánico y convencional. En el estado de Río de Janeiro, el alcance de la producción de plantas primarias prevalece en la producción orgánica, con mayor agrobiodiversidad que la producción convencional. El plátano prata, la zanahoria, el ñame, el aguacate, la lima, la berenjena, la cebolleta, el quingombó, la remolacha y el ñame son los 10 cultivos más producidos entre los agricultores ecológicos del estado. La mandioca, el plátano prata y el quimbombó figuran entre los 10 cultivos con mayor número de productores implicados, tanto en gestión convencional como ecológica. La producción ecológica era 4,9 veces más diversa que la producción agrícola bajo gestión convencional. Sin embargo, es importante destacar la necesidad de mejorar la entrada de datos en el CNPO y ampliar ASPA para llevar a cabo evaluaciones más fiables de la realidad de la producción agrícola en el estado de Río de Janeiro.   FonsecaO objetivo do estudo foi avaliar a agrobiodiversidade da agricultura orgânica no estado do Rio de Janeiro e comparar com a produção e a oferta de hortifruticolas convencionais. Para isto foram utilizadas consultas ao cadastro nacional de produção orgânica, boletim de comercialização da CEASA RJ e Acompanhamento Sistemático da Produção Agricola ASPA/EMATER RJ. Foram avaliados número de produtores orgânicos, estado, mecanismos de avaliação da conformidade orgânica, escopos de produção e culturas produzidas. Foram comparadas a diversidade das culturas ofertadas entre os sistemas orgânico e convencional. No estado do Rio de Janeiro o escopo de produção primária vegetal prevalece na produção orgânica, com maior agrobiodiversidade que a produção convencional. A banana prata, cenoura, aipim, abacate, limão galego, berinjela, cebolinha, quiabo, beterraba e inhame são as 10 culturas mais frequentemente produzidas entre os agricultores orgânicos do estado. As culturas do aipim, banana prata e quiabo encontram-se na lista das 10 culturas com maior número de produtores envolvidos, quer seja no manejo convencional ou no manejo orgânico. A produção orgânica apresentou-se 4,9 vezes mais diversa que a produção agricola produzida sob manejo convencional. No entanto, ressalta-se a necessidade de aperfeií§oamento na inserção dos dados no CNPO e ampliação do ASPA para realização de avaliações mais fidedignas í  realidade da produção agricola do estado do Rio de Janeiro

    Alimentação saudável nas mídias sociais

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      O projeto de extensão intitulado ”Alimentação Saudável nas mídias sociais: uma nova ferramenta de promoção da saúde” tem como finalidade veicular informações relevantes e com consistência científica, relacionadas à alimentação saudável, utilizando como ferramenta as mídias sociais. Dessa forma, o público alvo do projeto são todos aqueles usuários das mídias sociais aos quais as postagens alcançam. Os objetivos do projeto são alcançados por meio de postagens no blog e no facebook, na forma de textos, documentários, vídeos e animações, aqui reconhecidas como ações de extensão, que têm como diretrizes as recomendações do Guia Alimentar da População Brasileira (BRASIL, 2014), Guia alimentar para crianças menores de dois anos (BRASIL, 2010), legislação brasileira de alimentos e a literatura científica relacionada às ciências nutricionais. Dessa forma, os dois alunos envolvidos, sob orientação, buscam ativamente as informações mais demandadas pelo público, que são estruturadas na forma de postagens como um retorno à sociedade. Portanto, a troca de saberes e a interação sociedade-universidade estão fortemente presentes no projeto. O presente trabalho teve como objetivo relatar as atividades de extensão realizadas no projeto até julho de 2015. Os temas desenvolvidos nas postagens iniciais do projeto foram selecionados pela equipe em função da atualidade e polêmicas que os envolvem. Foram realizadas nesse período duas postagens intituladas: “Conhecendo o Guia Alimentar- Produtos Ultraprocessados” e “O que você gostaria de saber sobre os alimentos orgânicos?”. A primeira postagem ocorreu em junho, na página do facebook “mídiasaudavelufrj” e no blog do projeto. A postagem subseqüente, em julho, foi estruturada em perguntas e respostas, e complementada por um vídeo apresentando depoimentos de agricultores orgânicos do estado do Rio de Janeiro, participantes do circuito carioca de feiras orgânicas. Foi possível identificar o interesse do público em função das 3132 “curtidas”, 5 comentários no blog e 1340 compartilhamentos do blog para o facebook. É importante destacar que a abordagem que vem sendo dada aos temas elaborados se distingue daquela realizada no currículo do curso. Assim, a participação em todas as atividades do projeto, incluindo a busca pela informação, o processo de construção do material destinado às postagens e a discussão da sua repercussão, tem contribuído, de forma positiva e complementar, para a formação dos alunos envolvidos no projeto. Concluí-se que as postagens alcançaram a um grande público e que as mídias sociais podem ser ferramentas úteis para as ações de extensão.  

    As redes sociais como ferramentas para divulgação científica do guia alimentar para população Brasileira

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    O projeto de extensão “Alimentação saudável nas mídias sociais: uma nova ferramenta de promoção da saúde” visa à promoção da alimentação saudável por meio da divulgação de conteúdos nas mídias sociais. Como ferramenta principal é utilizada a rede social Facebook, onde as postagens são consideradas ações de extensão. O presente resumo tem como objetivo apresentar o alcance da ação de extensão realizada no dia 18 de junho de 2015 por meio da postagem intitulada “Conhecendo o Guia Alimentar – Produtos Ultraprocessados”, destacando a definição destes produtos, suas principais fontes alimentares e efeitos adversos sobre a saúde, publicada na página do facebook “midiasaudavelufrj”. O Ministério da Saúde publicou, em 2014, a segunda edição do Guia alimentar para a população brasileira, com o objetivo de orientar as práticas relacionadas à alimentação, com vistas à promoção da saúde da população no âmbito nacional. Os conceitos, previamente baseados em porções e grupos de alimentos, foram substituídos por recomendações pautadas na qualidade alimentar, tendo destaque o tipo de processamento ao qual os alimentos são submetidos. O grupo de “produtos ultraprocessados”, que na primeira edição do guia era classificado como “alimento”, atualmente é identificado como “produto comestível”. Com o objetivo de promover discussão virtual sobre alimentação saudável, foi elaborado um texto didático, com ênfase nos produtos ultraprocessados, baseado em informações extraídas da edição mais recente do Guia alimentar para a população brasileira. A análise do material postado evidenciou que, até o momento, o texto foi visualizado por 1474 pessoas, compartilhado em 14 diferentes páginas, recebeu 65 curtidas e três comentários. O público que compartilhou, curtiu e comentou a postagem consistiu, em sua maioria, de alunos dos cursos de graduação em Nutrição e Gastronomia e de diferentes cursos de pós-graduação bem como de docentes de distintas instituições de ensino. O público sem formação específica na área também divulgou a postagem, tendo representado 33% do total dos comentários, compartilhamentos e curtidas. Os autores consideram a possibilidade de subestimação do alcance contabilizado, em virtude de configurações de privacidade de membros do facebook que impossibilitaram computar o número real das interações avaliadas. Diante do alcance apresentado pelos números conclui-se que a utilização de mídias sociais, pode ser uma ferramenta útil para o diálogo e troca de saberes entre a Universidade e os setores sociais, combinando conhecimento técnico-científico e considerando a complexidade social dos temas alimentação e nutrição, objetos dessas ações

    Oficina culinária como estratégia de articulação entre os movimentos sociais e a comunidade acadêmica para a promoção da alimentação saudável e sustentável: Relato de experiência

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    A alimentação da população brasileira apresenta o baixo consumo de frutas e hortaliças, pouca variedade de espécies alimentícias, além do elevado consumo de alimentos ultraprocessados, o que contribui para o desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis. O desenvolvimento das habilidades culinárias resgata a cultura alimentar e promove a alimentação saudável e sustentável. Este trabalho relata a experiência de uma oficina culinária com a hortaliça chaya (Cnidoscolus aconitifolius) como principal ingrediente, realizada na V Jornada Universitária em Defesa da Reforma Agrária na UFRJ (2018) em parceria com o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). As etapas da ação foram planejamento da oficina, pesquisa e elaboração dos materiais de apoio e didático, execução da oficina e degustação das preparações, por meio de um teste de aceitabilidade. A oficina iniciou com uma roda de conversa para apresentar orientações sobre a ação e possibilitar diálogos, seguida pela execução das preparações culinárias e degustação. Participaram da atividade 12 pessoas, com idade entre 19 e 70 anos, e 67% eram mulheres. Na roda de conversa, observou-se grande interesse e troca de saberes entre os participantes, o que demonstra que as metodologias utilizadas se adequaram ao público participante. As preparações elaboradas na oficina culinária foram: massa fresca de chaya com molho de tomate, torta de ricota com chaya, arroz de cuxá, grissini de chaya e bolo com chaya. As preparações tiveram Índice de Aceitabilidade (IA) maior que 85% para todos os atributos sensoriais avaliados, verificando-se interesse em reproduzi-las casa. Concluiu-se que as oficinas culinárias podem articular os movimentos sociais e a comunidade acadêmica, fomentando a alimentação saudável. Palavras-chave: Extensão Universitária; Agrobiodiversidade; Cnidoscolus aconitifolius; Habilidades Culinárias Culinary workshop as an articulation strategy between social movements and the academic community to promote healthy and sustainable diets: an experience report Abstract: The eating habits of the Brazilian population are characterized by low consumption of fruits and vegetables, little variety of edible species, besides the high consumption of ultra-processed food, which contributes to non-transmissible chronic diseases. The development of cooking skills promotes rediscovering food culture and a healthy and sustainable diet. The objective of this paper was to report the experience of a culinary workshop using chaya (Cnidoscolus aconitifolius) as the main ingredient held during the 5th University Journey for the Support of Agrarian Reform at UFRJ (2018) in partnership with the Landless Rural Workers Movement (MST). The action had the stages of planning the culinary workshop, researching and preparing the support and didactic material, holding the workshop, and sensory evaluation of the preparations, using an acceptability test. The workshop began with a round-table discussion initially held to provide guidelines about the action and allow dialogues, followed by the culinary preparations and tasting. Twelve people between the ages of 19 and 70 participated in the activity, 67% of whom were women. During the round-table discussion, great interest and knowledge exchange among all participants were observed, showing that the methodologies were adequate to the participants. The preparations developed during the cooking workshop were: fresh chaya pasta with tomato sauce, ricotta pie with chaya, cuxá rice, chaya grissini, and (E) cake with chaya. The preparations made during the workshop presented an Acceptability Index (AI) higher than 85% for all evaluated sensory attributes. The participants also showed an interest in reproducing the workshop preparations at home. It was concluded that culinary workshops could be essential to articulate social movements and the academic community and promote a healthy diet. Keywords: University Extension; Agrobiodiversity; Cnidoscolus aconitifolius; Culinary Skill
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