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    Ensino baseado em simulação na formação continuada de médicos: análise das percepções de alunos e professores de um Hospital do Rio de Janeiro

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    Nos últimos anos, o ensino baseado em simulação (EBS) tem sido cada vez mais utilizado na educação em saúde e especialmente na educação médica. Este estudo teve como objetivo investigar as potencialidades e desafios do EBS no contexto de um curso de formação continuada de médicos: Curso em Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP) Avançado. A coleta de dados foi realizada por meio de observação de campo, entrevistas com professores e aplicação de questionários aos alunos do curso. Para análise das percepções dos participantes, adotou-se a análise de conteúdo temática. Os resultados apontaram quatro principais potencialidades e desafios do EBS para a formação médica: articulação entre teoria e prática; o erro como oportunidade de aprendizagem; relação entre mundo virtual e mundo real; fortalecimento do trabalho em equipe. Acredita-se que este trabalho possa contribuir com a discussão acerca da utilização do EBS na educação médica, assim como indicar pontos favoráveis e desafios de sua implementação, revelando a importância de pesquisas que aprofundem as questões pedagógicas envolvidas no percurso de aplicação desta metodologia

    Continuidade e descontinuidade de uso de tecnologias digitais de informação e comunicação por professores universitários das Ciências e da Saúde

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    Resumo: Com base na literatura sobre fatores envolvidos na integração das tecnnologias de informação e comunicação (TIC) no ensino, este estudo teve como objetivo analisar os aspectos que influenciam a continuidade e a descontinuidade no uso de uma ferramenta de autoria de cursos na Internet, a partir das percepções de professores de Ciências da Saúde. Realizaram-se entrevistas semiestruturadas com oito professores universitários que adotaram a ferramenta Constructore. Os resultados obtidos com a análise temática de conteúdo indicam que a continuidade/descontinuidade do uso desta ferramenta é influenciada por aspectos de diferentes naturezas: pedagógica (adesão dos alunos e reconhecimento do potencial pedagógico de TICs), pessoal (dedicação à prática docente), institucional (valorização da prática pedagógica, oferta de infraestrutura e formação) e tecnológica (simplicidade, compatibilidade entre potencialidades da ferramenta e objetivos de ensino, e estabilidade da ferramenta). Esses resultados contribuem para o conhecimento sobre a dinâmica de integração de inovações baseadas em TICs nas práticas educativas nas Ciências da Saúde

    Práticas Pedagógicas Mediadas por Tecnologias de Informação e Comunicação para Refletir sobre Saúde e Cidadania no Ensino Fundamental

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    Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) enfatizam a importância de tratar a saúde na escola como um tema aliado à formação para cidadania e não abordada apenas para o ensino de anatomia e fisiologia, com foco nas doenças. Considerando o desafio pedagógico de tratar a saúde nesta perspectiva ampliada, o presente trabalho tem o objetivo de apresentar atividades pedagógicas mediadas por Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDIC), implementadas no Dia Mundial da Saúde, em 07 de abril de 2015, em uma escola municipal de ensino fundamental (6º a 9º ano) do Rio de Janeiro: (1) “Saúde em Jogo”; (2) “Conceito de Saúde”; (3) “Saúde e Cidadania – Os Sentidos do Corpo”. A primeira atividade foi um jogo de tabuleiro e computador com perguntas e respostas que abordaram temas como sexualidade, bullying, drogas, alimentação etc. A segunda consistiu na montagem de um painel pelos próprios alunos a partir de figuras e palavras que representassem saúde para eles, formando o conceito de saúde dos alunos da Escola. A terceira atividade abordou a temática do corpo humano nas dimensões biológica, psicológica e sociocultural, partindo dos órgãos dos cinco sentidos para discutir aspectos relacionados à saúde e cidadania na escola. As atividades, realizadas nos dois turnos (manhã e tarde), contaram com diversos recursos tecnológicos, como computador com acesso à internet, impressora, máquina fotográfica e gravador de áudio, utilizados pelos alunos para realizar as tarefas propostas pelas atividades, como a montagem de painel com fotos de espaços da escola que representam bem-estar para os alunos e depoimentos sobre questões relevantes escolhidas por eles, como família e amigos, por exemplo. Foi possível perceber que as atividades despertaram grande interesse dos alunos, assim como dos professores que circularam pelo evento e acompanharam a sua participação. Foi solicitado que os alunos assinassem uma lista de frequência em cada atividade que participassem: Saúde em Jogo (30); Saúde e Cidadania – os sentidos do corpo (65); Conceito de Saúde (97). Como os alunos chegavam ao mesmo tempo para participar das atividades, consideramos que o número de participação possa ter sido maior. Percebemos que o jogo foi a atividade que primeiro atraiu o interesse dos alunos, mas em seguida aproximavam-se dos espaços das outras com curiosidade para entende-las e desenvolver as tarefas. Dessa forma, as atividades contribuíram para que alunos e professores conhecessem exemplos de usos pedagógicos das tecnologias, assim como a perspectiva ampliada sobre os temas saúde, corpo e cidadania

    NENHUM CIDADÃO A MENOS: DISCUTINDO A INCLUSÃO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA COM ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL DE UMA ESCOLA PÚBLICA DO RIO DE JANEIRO

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    Inclusive education in Brazil has been gaining ground since 1994 with the Declaration of Salamanca, which was a milestone in the defense of the "school for all" paradigm. According to this model,  it is not the disabled student who should adapt to the standard of normality imposed by the society / school; rather it is the school that must be prepared and adapted to accommodate the diversity of all students, regardless of their condition. Based on the social model of disability and the expanded concept of health, this paper aims to present the game "No citizen left behind", whose objective is to discuss inclusive education with elementary school students. This game was held at a public school on World Health Day with students from elementary school to build an expanded view of health and diversity. It is a collective board game that simulates a path, through which groups of students must move (with the aid of a dice) and are led to reflect on the inclusion theme. As they played, non-disabled students were able to experience different situations that  people with disabilities faces in their daily lives. We consider that the use of this board game has helped -in a playful and interactive way - in raising students' awareness of the theme.La educación inclusiva, en Brasil, viene ganando espacio desde 1994 con la Declaración de Salamanca que fue un marco en la defensa de la "escuela para todos". En este modelo, se cree que no es el alumno con discapacidad que debe adaptarse al patrón de normalidad impuesto por la sociedad / escuela; sino es la escuela que debe estar preparada y adaptada para acoger la diversidad de todos los alumnos, independientemente de su condición. Basado en el modelo social de la discapacidad y en el concepto ampliado de salud, este trabajo tiene como objetivo presentar el juego "Ningún ciudadano a menos", cuyo objetivo es discutir la educación inclusiva con alumnos de la Enseñanza Fundamental. Este juego fue realizado en una escuela pública, en el Día Mundial de la Salud, con alumnos de la enseñanza fundamental,  con el propósito de construir una visión ampliada de salud y diversidad. Se trata de un juego colectivo de tablero, que simula una pista, por donde los grupos de alumnos se mueven (con el auxilio de un dado de jugar) y son llevados a reflexionar sobre la temática inclusión. Al jugar, los estudiantes sin discapacidad pudieron experimentar diferentes situaciones que una persona con discapacidad enfrenta en su cotidiano. Se considera que la utilización de este juego posibilitó de forma lúdica e interactiva la sensibilización de los estudiantes para la temática.A educação inclusiva, no Brasil, vem ganhando espaço desde 1994 com a Declaração de Salamanca que foi um marco na defesa da "escola para todos". Nesse modelo, acredita-se que não é o aluno com deficiência que deve se adaptar ao padrão de normalidade imposto pela sociedade/escola; mas a escola que deve estar preparada e adaptada para acolher a diversidade de todos os alunos, independente de sua condição. Baseado no modelo social da deficiência e no conceito ampliado de saúde, este trabalho tem como objetivo apresentar o jogo “Nenhum cidadão a menos”, cujo objetivo é discutir a educação inclusiva com alunos do Ensino Fundamental. Este jogo foi realizado em uma escola pública, no Dia Mundial da Saúde, com alunos do ensino fundamental II com o intuito de construir uma visão ampliada de saúde e diversidade. Trata-se de um jogo coletivo de tabuleiro, que simula uma trilha, por onde os grupos de alunos se movem (com o auxílio de um dado) e são levados a refletir acerca da temática inclusão. Ao jogar, os estudantes sem deficiência puderam experimentar diferentes situações que uma pessoa com deficiência enfrenta em seu cotidiano. Considera-se que a utilização deste jogo possibilitou de forma lúdica e interativa a sensibilização dos estudantes para a temática

    Doação de Sangue: integrando temas sócio-científicos em escolas públicas com o uso das Tecnologias de Informação e Comunicação

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    Doar sangue pode salvar vidas. Porém, a doação de sangue é problema de saúde pública brasileiro: apenas 1,9% da população doa sangue; a doação deve ser constante e o sangue tem validade de apenas 35 dias. Campanhas de doação são pontuais e não envolvem a necessária conscientização da população sobre sua importância. Um possível caminho é  educar jovens nesta temática por meio de práticas curriculares em aulas de ciências. As disciplinas de Biologia do Ensino Médio e de Ciências dos últimos anos do Ensino Básico, com alunos na faixa entre 13 a 18 anos, abordam temas como circulação, componentes e função das células e tipos sanguíneos, que podem ser trabalhados no contexto desta problemática. Trata-se de superar a abordagem tradicional e conteudista, que mistifica a ciência e afasta o conhecimento científico da sociedade, integrando o Ensino de Ciências ao cotidiano da vida social dos estudantes. Assim, no marco das ações extensionistas de educação em saúde com uso de Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), esta atividade adotou a abordagem Ciência, Tecnologia e Sociedade (CTS) no desenvolvimento e implementação de um ambiente virtual de aprendizagem (ltc.nutes.ufrj.br/constructore) para professores com seus estudantes analisarem e discutirem situações realistas sobre doação de sangue e relacionarem aos conhecimentos de circulação sanguínea e compatibilidade. A primeira atividade foi desenvolvida em uma escola pública do Rio de Janeiro, em parceria com a professora de Biologia e sua turma de 18 alunos do 3º ano do Ensino Médio. A professora utilizou o material com os alunos em três tempos de aula de 50 minutos cada, com a participação da equipe da UFRJ. O alunos foram receptivos, mobilizaram-se para discutir sobre o tema e sensibilizaram-se com a temática; foram capazes de articular conteúdos de biologia com aspectos sociais da doação de sangue; mostraram-se motivados com o uso de TIC, enfatizando a trabalho colaborativo, a comunicação, o modelo de ensino e a oportunidade de integrar conteúdo com questões socialmente relevantes; alguns decidiram conhecer o Hemorio e seu funcionamento e a professora se dispôs a acompanhá-los. A professora valorizou o aspecto inovador da abordagem CTS no ensino e do uso de TIC; além disto, ressaltou a produtiva parceria com a equipe da UFRJ, no sentido de promover e apoiar estas inovações curriculares. A primeira experiência foi considerada exitosa e importante de ser disseminada. Para isto já estão agendadas ações em outra escola pública do Rio de Janeiro
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