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"Eu não preciso falar que eu sou branca, cara, eu sou Latina!" Ou a complexidade da identificação racial na ideologia de ativistas jovens (não)brancas "I do not have to say that I am white, man, I am Latina!" Or the complexity of racial identification in the ideology of (non)white, young, female activists
Neste artigo procuro explorar a complexidade do processo de formação da identidade racial de mulheres, jovens ativistas (nĂŁo)brancas em SĂŁo Paulo. Levando em conta a interação do indivĂduo com o mundo social, distingue-se a identidade racial apropriada da atribuĂda e a identidade racial individual da coletiva. Isso requer atenção para o papel da posição social racial, com as subsequentes vantagens raciais, para os sentimentos da ativista neste processo e para a influĂȘncia mĂștua da heterogeneidade de identidade racial, do deslocamento da identidade racial e, por conseguinte, do papel da formação de identidade como estratĂ©gia de ideologia e prĂĄxis ativista.<br>In this article, I explore the complexity of racial identity formation of (non)white, young, female activists in SĂŁo Paulo. Taking into account the interaction of the individual with the social world, one must distinguish between appropriated and attributed racial identities, as well as individual and collective identities. This requires attention to the role of racial social position and its subsequent racial advantages, to the feelings of activists about this process, and to the mutual influence of the heterogeneity of racial identity, the displacement of racial identity and, consequently, the role of identity formation as a strategy of activist ideology and praxis
AçÔes afirmativas e o debate sobre racismo no Brasil Afirmative actions and the debate on racism in Brazil
O tema "açÔes afirmativas" tem dividido a opiniĂŁo pĂșblica e esquentado o debate acadĂȘmico. Enquanto alguns especialistas e militantes negros entendem a introdução de açÔes afirmativas como uma forma de combate ao racismo, uma vez que, segundo esta interpretação, a discriminação positiva ajudarĂĄ os historicamente desprivilegiados a criar e fortalecer uma identidade positiva, outros vĂȘem em tais medidas um ataque perigoso contra a "maneira tradicional brasileira" de se relacionar com as "diferenças humanas" e temem que polĂticas como essas possam instigar conflitos raciais abertos. Embora os defensores e opositores Ă introdução de projetos de ação afirmativa raramente explicitem o que entendem por racismo e como interpretam este fenĂŽmeno social, Ă© possĂvel detectar nesses discursos distintas linhas de argumentação que remetem a orientaçÔes teĂłricas diferentes no que diz respeito Ă anĂĄlise de categorias como "raça" e "cor".<br>The "affirmative action" issue has split the public opinion and heated up the academic debate. While some experts and black activists see the affirmatives actions as a way to fight racism, since the positive discrimination could help the historically underprivileged to create and empower a positive identity, others see such measures as a dangerous attack against the "traditional brazilian way" of dealing with "human differences". The latter fear that such policies may unleash racial conflicts. Although both sides barely explain what they mean for racism and how they understand that social phenomenon, it is possible to discern in those discourses different lines of argument, which can be related to different theoretical orientations about the analysis of such concepts as "race" and "color"