559 research outputs found

    Fontes orgânicas de nutrientes em sistemas de produção de batata.

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    Nos últimos anos, diminuiu muito o número de bataticultores na região da Quarta Colônia, no centro do Estado do Rio Grande do Sul (RS), devido ao elevado risco econômico na produção da batata. A partir de uma demanda da Associação dos Produtores de Batata da Região Central do Rio Grande do Sul (ASBAT), foram instalados experimentos visando a avaliar, técnica e economicamente, fontes orgânicas alternativas à adubação mineral tradicional dos produtores de batata, objetivando diminuir os custos de produção e o impacto do seu cultivo no ambiente. Foram estabelecidas rotações envolvendo culturas comerciais e plantas de cobertura de solo para o cultivo da batata na safra e na safrinha. As fontes de nutrientes foram camas de frango e de suínos e adubo mineral tradicionalmente utilizado pelos bataticultores. Os resultados mostraram que a utilização de fontes orgânicas de nutrientes no cultivo da batata é uma alternativa viável técnica e economicamente. Contudo, sua eficiência pode ser maximizada quando associada com a adubação mineral, especialmente para aumentar a quantidade de nitrogênio disponível desde o início do ciclo da cultura e isso é particularmente importante quando do uso da cama de suínos. A cama de frango, por conter maior quantidade de nutrientes, é uma alternativa melhor do que a cama de suínos, tanto técnica quanto economicamente

    Aspectos técnico-ambientais da produção orgânica na região citrícola do Vale do Rio Caí, RS.

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    Há uma preocupação crescente sobre a necessidade de produção e consumo de alimentos mais saudáveis, sem uso de agrotóxicos nem fertilizantes sintético-industriais. Neste contexto se insere a prática da agricultura orgânica, que, contudo, apresenta resultados ainda pouco avaliados nos meios acadêmicos e científicos. Assim, pretendeu-se nesta pesquisa diagnosticar aspectos técnico-ambientais da produção orgânica na região citrícola do Vale do Rio Caí, no Rio Grande do Sul. Inicialmente, foram selecionadas propriedades de oito agricultores familiares, todas já convertidas ao sistema orgânico de produção, sendo aplicadas entrevistas semi-estruturadas. Os produtores mostram-se satisfeitos com o sistema orgânico de produção e revelam bom conhecimento sobre o ambiente, plantas, solos e processos agroecológicos, adquiridos através da participação em eventos técnicos e em reuniões da Cooperativa Ecocitrus. A constante troca de experiências entre esses agricultores tem melhorado sua qualificação técnica, além de melhor conscientizá-los nos aspectos políticos, econômicos e sociais

    Comportamento de dois genótipos de milho cultivados em sistema de aléias preestabelecido com diferentes leguminosas arbóreas.

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    O cultivo em aléias tem sido recomendado como alternativa para a substituição da agricultura de corte e queima, no trópico úmido, devido à grande capacidade de produção de matéria orgânica e de reciclagem de nutrientes, mas algumas dúvidas quanto à sustentabilidade e à competição interespecífica são persistentes. O objetivo no trabalho foi avaliar a viabilidade da cultura do milho em um sistema de cultivo em aléias de leguminosas arbóreas. O delineamento experimental utilizado foi em blocos casualisados, com quatro repetições dos tratamentos: aléias de sombreiro (Clitoria fairchildiana), ingá (Inga edulis), guandu (Cajanus cajan) e leucena (Leucaena leucocephala) e uma testemunha sem aléias. Foram avaliadas a remobilização de carbono e nitrogênio, massa de grãos, massa de mil grãos e competição interespecífica entre as cultivares de milho e as leguminosas. A produção de grãos foi maior nas parcelas com C. fairchildiana e L. leucocephala. A produtividade do híbrido de milho foi superior à da variedade em todos os tratamentos. A produtividade e a massa de mil grãos de milho não são negativamente afetadas pela distância da linha da leguminosa arbórea. Esse estudo conclui que o sistema de aléias com leguminosas arbóreas é uma alternativa importante ao manejo sustentável dos agroecossistemas no tropico úmido. Além disso, nessa região a produtividade em grãos na cultura do milho é favorecida no sistema de aléias preeestabelecidas com as leguminosas arbóreas sombreiro, ingá e leucena e pela utilização de genótipos eficientes no aproveitamento do nitrogênio, cujo sincronismo entre a liberação e a absorção do N aplicado por meio das leguminosas deve ser aprimorado

    "Plantar pro gasto": a importância do autoconsumo entre famílias de agricultores do Rio Grande do Sul.

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    O artigo discute a valoração e importância da produção para o autoconsumo na reprodução social das unidades familiares e caracteriza os alimentos autoconsumidos. Vale-se da pesquisa "Agricultura Familiar, Desenvolvimento Local e Pluriatividade" (UFRGS/UFPel/ CNPq-2003) que propiciou a formação de um banco de dados com informações sobre a dinâmica da agricultura familiar em quatro regiões distintas da geografia gaúcha, suas fontes e tipos de renda, entre estas o autoconsumo. Trazer este debate significa retomar um tema pouco discutido até então, e que, embora marginalizado ou considerado sem importância, desenvolve importante papel como renda não monetária, fortalece a segurança alimentar e adentra esferas da sociabilidade e identidade social. Além da introdução, apresenta-se o papel do autoconsumo na agricultura familiar, o cálculo da produção para o autoconsumo, discussão dos objetivos e resultados, e considerações finais. Os resultados demonstram que a produção para o autoconsumo é uma estratégia recorrente pelas unidades familiares e se diferencia de acordo com a dinâmica da agricultura familiar. Diferença esta expressa em valores relativos (%) e no número de estabelecimentos pertencentes a estratos diferenciados de autoconsumo, e pouco nos tipos de alimentos produzidos para este fim, observando-se uma homogeneidade dos hábitos alimentares
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