Agricultor familiar, riscos e exposição a agroquímicos na Bacia Hidrográfica do Ribeirão Piancó, Goiás, Brasil

This article is the result of research carried out with farmers affiliated to the Association of Rural Producers of the Community of the Piancó Hydrographic Basin, Goiás, Brazil, and aims to present the socioeconomic profile and the relationship of the use of agrochemicals with the illness process of the research participants. The research was exploratory and qualitative approach. The instruments used for data collection were oral reports and field observations. The research revealed that the average contact time of farmers with agrochemicals is approximately 23 years; The application of agrochemicals is done through manual and mechanical costal bombs; Personal protective equipment is used inadequately; The most widely used pesticide is the herbicide glyphosate. It was found that most surveyed farmers come into contact with pesticides twice a week and do not relate them to health problems and intoxication. However, respondents who were exposed for a long time to pesticides reported cases of cancer, pleural spill and pneumonia. The result of the research allows reflection on the contradictions in the use of pesticides and the need to sensitize farmers about this scenario, through environmental education, health education practices and the strengthening of agroecology.Este artículo es el resultado de una investigación realizada con agricultores afiliados a la Asociación de Productores Rurales de la Comunidad de la Cuenca Hidrográfica de Piancó, Goiás, Brasil, y tiene como objetivo presentar el perfil socioeconómico y la relación entre el uso de agroquímicos y el proceso de enfermedad. de los participantes de la investigación. La investigación fue exploratoria y con un enfoque cualitativo. Los instrumentos utilizados para la recolección de datos fueron informes orales y observaciones de campo. La encuesta reveló que el tiempo promedio de contacto entre agricultores y agroquímicos es de aproximadamente 23 años; la aplicación de agroquímicos se realiza mediante bombas costales manuales y mecánicas; el equipo de protección personal se usa incorrectamente; el plaguicida más utilizado es el herbicida glifosato. Se constató que la mayoría de los agricultores encuestados entran en contacto con plaguicidas dos veces por semana y no los relacionan con problemas de salud e intoxicaciones. Sin embargo, los encuestados que estuvieron expuestos a plaguicidas durante mucho tiempo reportaron casos de cáncer, derrame pleural y neumonía. El resultado de la investigación permite reflexionar sobre las contradicciones en el uso de plaguicidas y la necesidad de sensibilizar a los agricultores sobre este escenario, a través de la educación ambiental, prácticas de educación en salud y el fortalecimiento de la agroecología.  Este artigo é resultado de pesquisa realizada com agricultores filiados à Associação de Produtores Rurais da Comunidade da Bacia Hidrográfica do Piancó, Goiás, Brasil, e objetiva apresentar o perfil socioeconômico e a relação do uso de agroquímicos com o processo de adoecimento dos participantes da investigação. A pesquisa foi exploratória e de abordagem qualitativa. Os instrumentos utilizados para coleta de dados foram relatos orais e observações de campo. A pesquisa revelou que o tempo médio de contato dos agricultores com os agroquímicos é de, aproximadamente, 23 anos; a aplicação dos agroquímicos é feita através das bombas costais manuais e mecânicas; os equipamentos de proteção individual são utilizados inadequadamente; o agrotóxico mais utilizado é o herbicida glifosato. Verificou-se que a maioria dos agricultores pesquisados entra em contato duas vezes por semana com os agrotóxicos e não os relaciona com problemas de saúde e intoxicação. Contudo, os entrevistados que foram expostos por longo período aos agrotóxicos relataram casos de câncer, derrame pleural e pneumonia. O resultado da pesquisa permite refletir sobre as contradições no uso dos agrotóxicos e a necessidade de sensibilizar os agricultores sobre este cenário, por meio da educação ambiental, de práticas de educação em saúde e pelo fortalecimento da agroecologia