18 research outputs found

    Mam\uedferos do Parque Florestal Estadual do Rio Doce, Minas Gerais, Brasil

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    Durante um período de 29 meses consecutivos foram realizados inventários de mamíferos em habitais de floresta nativa e exótica, além de área de campo, todos situados no Parque Florestal Estadual do Rio Doce, localizado na região ocidental da Mata Atlântica no estado de Minas Gerais. Foram registradas para o Parque um total de 60 espécies de mamíferos, distribuídas por 9 ordens, 24 famílias e 49 gêneros. De um esforço total de 64.300 armadilhas-noite, foram realizados 2.129 capturas de pequenos mamíferos não-voadores pertencentes a 20 espécies. Foram também capturadas 14 espécies de quirópteros, representando 12 gêneros e 4 famílias. Em 300 Km de censos diurnos repetidos nas áreas de mata nativa foram registradas 12 espécies de mamíferos de médio e grande porte, além de 14 outras observadas através de meios diversos. Estes dados reforçam a idéia que a mastofauna da Mata Atlântica é bastante diversa. O Parque Estadual Florestal do Rio Doce deve ser considerado como uma das principais áreas para a conservação de fauna desta região e sua proteção deve ser priorizada

    Sleeping sites of woolly mouse opossum Micoureus demerarae (Thomas) (Didelphimorphia, Didelphidae) in the Atlantic Forest of south-eastern Brazil

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    Micoureus demerarae (Thomas, 1905) is a medium-sized marsupial, around 130 g, with a nocturnal habit and insectivorous-omnivorous diet. From August 2001 to July 2002, seven individuals, three males and four females, were monitored with radio-telemetry in Reserva Biológica União, state of Rio de Janeiro, Brazil, aiming to investigate and describe the sleeping sites used by this marsupial. Fifty eight sleeping sites were located, most of which (70,7%) in palm trees Astrocaryum aculeatissimum (Schott) Burret, and the remaining in other tree species (29,3%), a significant difference (chi2 test; p < 0.005). The preference for this palm tree was not different between sexes (chi2 test; p = 0.920). It was possible to locate the exact place where the animal was hiding in 31 sleeping sites (53.4% of total) in palm trees the animals were always in the junction point of petioles and tree trunks, at an average height of 4.66 ± 1.36 m, while in the remaining tree species, seven individuals were in liana tangles and two in tree holes, at an average height of 10.67 ± 2.75 m. This height difference was significant (Mann Whitney test; p < 0.001). Results indicate that palm trees are important resources for M. demerarae. The observed preference for A. aculeatissimum is probably due to higher protection against predators made by the numerous spines of this palm tree species.<br>Micoureus demerarae (Thomas, 1905) é um marsupial de tamanho médio, cerca de 130 g, de hábito noturno e arborícola e dieta insetívora-onívora. No período de agosto de 2001 a julho de 2002, sete indivíduos, três machos e quatro fêmeas, foram acompanhados, através de rádio-telemetria, na Reserva Biológica União, Rio de Janeiro, com o objetivo de investigar e descrever os abrigos utilizados por essa espécie de marsupial. Foram localizados 58 abrigos, a maioria dos quais (70,7%) em palmeiras Iri Astrocaryum aculeatissimum (Schott) Burret e o restante em outras espécies de árvores (29,3%), uma diferença significativa (teste chi2; p < 0,005). Esta preferência por palmeiras não foi significativamente diferente entre os sexos (teste chi2; p = 0,920). Em 31 abrigos (53,4% do total) o local exato onde o animal se encontrava pode ser localizado: nas palmeiras os animais sempre estavam alojados no local de inserção dos pecíolos junto ao tronco e a uma altura média de 4,66 ± 1,36 m, enquanto nas demais espécies de árvores, sete animais estavam em emaranhados de cipós e dois em ocos, a uma altura média de 10,67 ± 2,75 m. Esta diferença de altura entre abrigos em iris e não iris foi significativa (teste Mann Whitney; p < 0,001). Os resultados indicam que as palmeiras iris são um importante recurso para M. demerarae. A preferência por A. aculeatissimum se deve provavelmente à maior proteção contra predadores exercida pelos numerosos espinhos presentes nesta espécie

    A radio tracking study of home range and movements of the marsupial Micoureus demerarae (Thomas) (Mammalia, Didelphidae) in the Atlantic forest of south-eastern Brazil

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    From August 2001 to July 2002 the home range and movements of seven Micoureus demerarae (Thomas, 1905) (three males and four females) were investigated using radio tracking in the União Biological Reserve, state of Rio de Janeiro, south-eastern Brazil. A total of 436 locations was obtained and home range estimated with fixed Kernel (95% of data points), and minimum convex polygon (MCP) methods, with 100 and 95% of data points. Male home ranges estimated by MCP (100%) ranged from 5.4-24.2 ha and females from 0.3-10.7 ha. Corresponding figures calculated with Kernel (95%) were 4-10.9 ha for males and 1.3-5.9 ha for females. Animals travelled on average 423 m/night, with males travelling significantly further (582.8 m/night) than females (335.1 m/night) (t test, t = 3.609, p = 0.001). We concluded that radio tracking produced much larger home ranges than those estimated with traditional live-trapping techniques, suggesting that the latter might underestimate ranging when the area covered with traps is relatively small (ca. 1 ha or less). Radio tracking also indicated that M. demerarae, although predominantly arboreal and weighting only ca. 130 g., has movements similar in magnitude to larger-sized terrestrial didelphimorph marsupials, such as Didelphis Linnaeus, 1758, Philander Linnaeus, 1758 and Metachirus (Desmarest, 1817).<br>No período de agosto de 2001 a julho de 2002 a área de uso e o movimento de sete Micoureus demerarae (Thomas, 1905) (três machos e quatro fêmeas) foram acompanhados, através de rádio-telemetria, na Reserva Biológica União, Rio de Janeiro, sudeste do Brasil. Foi obtido um total de 436 localizações e estimou-se a área de uso através dos métodos Kernel fixo (95% das localizações) e polígono mínimo convexo (PMC), com 100 e 95% das localizações. A área de uso dos machos estimada pelo PMC (100%) variou de 5,4-24,2 ha e fêmeas de 0,3-10,7 ha. Áreas calculadas com Kernel (95%) foram 4-10,9 ha para machos e 1,3-5,9 ha para fêmeas. Os animais locomoveram em média 423 m/noite, com machos se deslocando mais (582,8 m/noite) que as fêmeas (335,1 m/noite) (Teste t; t = 3,609; p = 0,001). Concluímos que o rádio rastreamento proporcionou áreas de uso superiores ao de estudos tradicionais realizados com capturas em armadilhas, sugerindo que pode haver uma subestimativa quando a área coberta com armadilhas é relativamente pequena (1 ha ou menos). O rádio-rastreamento também indicou que M. demerarae, embora seja predominantemente arborícola e pesa cerca de 130 g, possui movimentos semelhantes em magnitude a marsupiais terrestres de maior porte, como Didelphis Linnaeus, 1758, Philander Linnaeus, 1758 and Metachirus (Desmarest, 1817)
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