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“Eu não sou mulher”: violência doméstica e ética cristã
This article analyses the relationship between gender violence and religion, specially the domestic violence and the ethical challenges that impose themselves to religion in confronting this issue. The text was developed from the reports of two interviewed who had violent marriages: Angelica, widow, elderly and Catholic, and Virginia, a young divorced Pentecostal woman. The two women gave differing paths to their lives, and the religion proved being crucial in the process of perpetuation of violence in one of the cases, and in the process of breaking the cycle of violence on the other. Este artículo analiza la relación entre violencia de género y religión, con atención especial a la violencia doméstica y los desafíos éticos que se imponen a la religión en el afrontamiento del asunto. El texto fue desarrollado a partir de los informes de dos entrevistadas que tenían matrimonios violentos: Angélica, viuda, anciana y católica, y Virginia, joven pentecostal divorciada. Las dos mujeres encaminaran de formas diferentes sus vidas, y la religión fue crucial en el proceso de perpetuación de la violencia en uno de los casos y en el proceso de romper el ciclo de violencia en el otro. O presente artigo analisa a relação entre violência de gênero e religião, tendo como recorte a violência doméstica e os desafios éticos que se impõem à religião no enfrentamento dessa questão. O texto foi desenvolvido a partir dos relatos de duas entrevistadas que tiveram casamentos violentos: Angélica, viúva, idosa e católica, e Virginia, jovem pentecostal divorciada. As duas mulheres deram rumos distintos a suas vidas, sendo que a religião se mostrou fundamental no processo de perpetuação da violência em um dos casos, e no processo de ruptura com o ciclo de violência no outro.
AIDS and Religion: notes on catholic representations of sexuality in times of AIDS
O presente artigo aborda o tema AIDS e religião, tratando especificamente das representações católicas construídas em torno desse assunto e de suas implicações para a dinâmica da sociedade. Nele são discutidas algumas representações culturais dominantes acerca da AIDS, os sistemáticos intentos de regulação religiosa da sexualidade, as representações religiosas da AIDS e sua relação com as representações religiosas da sexualidade, e as dissonâncias nos discursos e nas práticas católicas a respeito deste tema. No conjunto, a proposta do artigo é fazer alguns apontamentos sobre o lugar da religião, no caso, do catolicismo, no debate mais amplo sobre a AIDS, que não pode estar alheio a essa discussão.This article deals with the theme of AIDS and religion, dealing specifi callywith the Catholic representations constructed around this issue and their implications for the dynamics of society. Discussed in it are some dominant cultural representations about AIDS, the systematic attempts of religious regulation of sexuality, and the dissonance in the discourse and the Catholic practices with respect to this theme. On the whole, the purpose of the article is to make some annotations about the place of religion, in this case of Catholicism, in the broader debate about AIDS, from the discussion of which it cannot remove itself
Violência de gênero e religião: alguns questionamentos que podem orientar a discussão sobre a elaboração de políticas públicas
Neste artigo pergunta-se pelo que estruturaas desigualdades de gênero. A dificuldade deestabelecimento de políticas públicas voltadaspara mulheres esbarra, entre outros fatores,nos sentidos de gênero que se produzem ereproduzem na sociedade, sentidos que guardamem si violências sutis, imperceptíveis emum contexto de dominação institucionalizadae subjetivada. No contexto brasileiro, a religião,particularmente o cristianismo, comoinstituição produtora de sentido, é um campofértil para a discussão da violência de gênero
Editorial
Chegamosà edição número 17 da Revista Mandrágora, comemorando o árduo empenho de entrelaçar este importante eixo das pesquisas – Gênero, Religião e Trabalho’. Enfrentamos a ilusão de que o trabalho religioso é divino e, portanto, dissociado do esforço físico. Esse enfrentamento pressupõe o rompimento doloroso de crenças e do pensamento de que a responsabilidade para com Deus ou quaisquer outras divindades, não deva ser remunerada, ou mal remunerada – em especial para as mulheres, que têm estendidas para a esfera religiosa as funções domésticas do limpar, alimentar e cuidar, como inerentes à sua condição feminina
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