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    ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DA CAXUMBA E A SITUAÇÃO VACINAL DA TRÍPLICE VIRAL NO BRASIL, NO PERÍODO DE 2018 A 2022

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    Introdução/Objetivo: A parotidite epidêmica, ou caxumba, é uma doença viral sistêmica de alta morbidade que acomete todas as faixas de idade, com repercussões de maior gravidade na adolescência e na idade adulta. Como manifestações clínicas têm-se febre, cefaleia, disfagia e astenia; nos casos mais graves, inflamação das glândulas salivares, surdez, meningite, orquite e ooforite. Surtos recentes da doença em vários centros brasileiros é preocupante, fazendo questionar a efetividade da situação vacinal. Diante do exposto, o estudo tem como objetivo descrever os aspectos epidemiológicos da caxumba e da cobertura vacinal no Brasil. Métodos: Estudo ecológico de série temporal, no período de janeiro de 2018 a dezembro de 2022, com dados do Sistema de Internação Hospitalar (SIH-SUS) e do Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI), provenientes do Departamento de Informações do Sistema Único de Saúde (DATASUS). A população do estudo foram indivíduos residentes no Brasil com casos confirmados de internação por caxumba, bem como os registros de imunização da tríplice viral D1 e D2. Os dados foram tabulados e exportados para o programa Microsoft Excel, organizados por frequência e discriminados por ano, região, sexo e idade. Resultados: Houve 2.503 casos de caxumba no Brasil. O ano de 2022 foi o período com maior número de casos, com um total de 604 casos (24,13%), e 2021 com o menor, 338 (13,50%). A região do Brasil com maior número de casos foi a Sudeste. A população mais acometida foi o público do sexo masculino, de 1 a 4 anos de idade, sendo que, de 2018 a 2022, os casos aumentaram progressivamente em indivíduos de 50 anos ou mais. Houve uma queda da cobertura vacinal em todas as regiões, de 2018 a 2021, com reduzido crescimento em 2022. Conclusão: Constatou-se que houve um aumento dos casos de caxumba no Brasil em 2018 e 2022, com queda em 2020 e 2021, o que entra em concordância com a queda da cobertura vacinal. Nos últimos cinco anos, o aumento de casos entre a população idosa estimula a reconsideração da necessidade de medidas mais rigorosas para proteger esse grupo vulnerável
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