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HTLV-1 na gestação e o risco de transmissão vertical - um desafio na saúde pública
O HTLV-1 é um retrovírus que causa a leucemia linfoma de células T do adulto e a mielopatia associada ao HTLV-1. Uma das principais formas de transmissão é a vertical. É uma doença com pouco conhecimento e dados epidemiológicos, negligenciada pela saúde pública. Investigar os desafios existentes na saúde pública brasileira relacionados ao enfrentamento do risco de transmissão vertical do HTLV-1. Trata-se de uma revisão de escopo utilizando as bases de dados MEDLINE e LILACS (via BVS), Portal de Periódicos CAPES e PUBMED. Utilizou-se os descritores “vírus linfotrópico T tipo 1 humano”, “gravidez”, “transmissão vertical de doenças infecciosas” e “vigilância em saúde pública”; o operador booleano AND; idiomas inglês e português, e anos de 2018-2023. Foram encontrados 212 artigos, com 9 selecionados pela leitura do artigo; 21 pelas referências e 13 por outras fontes, resultando em 43 artigos. São inúmeros os desafios relacionados ao HTLV-1. A ausência de conhecimento por profissionais da saúde e a falta de rastreio no pré-natal impedem a realização do diagnóstico correto e precoce. O desconhecimento popular também dificulta prevenção, diagnóstico e tratamento adequados. Por fim, a falta de estudos sobre a doença impede a consciência do problema e do maior controle deste no país. O HTLV-1 é negligenciado no Brasil, tanto pelos órgãos públicos como pelos profissionais e população. É indispensável a realização de ações de rastreio pré-natal, diagnóstico precoce, prevenção da transmissão vertical, e medidas educativas para todos, para minimizar a disseminação e consequências do vírus
Meningite Meningocócica C: avaliação da incidência da doença na faixa etária pediátrica no nordeste brasileiro após a introdução da vacina meningocócica C conjugada pelo Programa Nacional de Imunizações do Sistema Único de Saúde
Introdução: A meningite meningocócica é caracterizada pela infecção bacteriana por Neisseria meningitidis. No Brasil, é disponibilizada desde 2010 pelo Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde a vacina meningocócica C conjugada (MenC). Objetivo: Avaliar o impacto da vacina meningocócica C conjugada sobre a incidência da doença no Nordeste brasileiro. Metodologia: Estudo descritivo retrospectivo utilizando dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações/Avaliação do Programa de Imunizações (SI - PNI/API), bancos de dados do Departamento de Informação e Informática do SUS (DATASUS) realizado de abril a junho de 2023. Resultados: No Nordeste, durante o período analisado, a frequência de casos confirmados de Meningite Meningocócica reduziu 80% de 2010 a 2018 na faixa etária de 0 a 4 anos. A respeito do sorogrupo C houve redução no número de casos confirmados em todas as faixas etárias. Entre os menores de 1 ano, a redução em 2018 chegou a 95% quando comparado a 2008. Nesse mesmo período, entre as crianças de 1 a 4 anos, a redução foi de 90%. Conclusão: após a implementação da MenC no PNI, houve uma redução significativa dos casos de MM do sorogrupo C no nordeste brasileiro na faixa etária de 0 a 4 anos no período de 2010 a 2022.