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Desenvolvimento de tecido técnico a partir das fibras de sisal
A utilização de tecidos técnicos como soluções de engenharia tem se tornado uma prática comum por se caracterizar como uma solução imediata, de fácil aplicação e de baixo custo. O uso de tecidos técnicos na construção de Geobags para a redução do teor de umidade em lodos provenientes de estações de tratamento de efluentes, por exemplo, é uma das diversas aplicações encontradas para tais tecidos geralmente fabricados a partir de polímeros sintéticos. Porém, considerando-se o ciclo de vida dos polímeros sintéticos, pode-se afirmar que tais materiais apresentam um representativo impacto no meio ambiente, desde a linha de produção até sua disposição final e degradação no meio ambiente. Em contrapartida, o desenvolvimento de tecnologias que buscam aperfeiçoar as fibras naturais, como o Sisal, tem contribuído na substituição dos materiais sintéticos auxiliando na preservação do meio ambiente ao mesmo tempo em que eleva a competitividade e a qualidade dos produtos confeccionados em fibras naturais, delegando aos mesmos o título de materiais verdes. Partindo destas premissas este estudo visa aplicação das fibras de Sisal na confecção de Geobag, em substituição aos polímeros sintéticos, utilizado em soluções de bioengenharia visando à redução de passivos ambientais e dos custos produtivos, por se tratar de um material biodegradável e de fácil obtenção
Resistência ao impacto dos compósitos pp/fibras provenientes da coroa do abacaxi
Atualmente o conceito de sustentabilidade têm crescido nos últimos anos, principalmente devido a questões relacionadas ao impacto ambiental. Ser sustentável deixou de ser um pensamento para tornar-se um selo de qualidade empresarial. Levando-se em consideração este ponto de vista as empresas passaram a investir na busca de novas tecnologias de materiais compósitos reforçados com fibras naturais, visando à redução de custos, baixa densidade e biodegrabilidade. Entretanto, para que o compósito tenha aplicabilidade o contato interfacial entre fibra e matriz polimérica deve ser adequado. A modificação superficial da fibra reduz seu caráter hidrofílico, isso facilita a adesão com a matriz polimérica. Muitos trabalhos indicam que a modificação superficial das fibras naturais diminui a diferença de polaridade entre fibra e matriz possibilitando uma melhor compatibilidade entre as mesmas. Portanto, o objetivo deste trabalho foi avaliar a resistência ao impacto dos compósitos de PP reforçados com fibras provenientes da coroa do abacaxi modificadas com solução de NaOH 10% m/v. A modificação química das fibras provenientes da coroa do abacaxi foi realizada com solução alcalina de NaOH 10% m/v. As fibras ficaram em contato com a solução alcalina por 1 hora a 80°C sob agitação. Posteriormente, as fibras foram filtradas, lavadas e secas. Os compósitos reforçados com 5 % m/m foram obtidos em um misturador termocinético. Após moagem em moinho granulador os mesmos foram injetados em moldes com dimensões específicas para ensaios mecânicos de impacto. Os resultados obtidos demonstraram que a modificação química realizada nas fibras influenciou nas propriedades mecânicas dos compósitos PP reforçados com fibras provenientes da coroa do abacaxi quando comparado ao polímero puro
Comportamento térmico dos compósitos PEAD reforçados com fibra da palmeira real australiana
Atualmente o uso de materiais compósitos provenientes de fibras naturais tem demonstrado um grande interesse por diversas empresas. Vários projetos dentro da área de utilização de fibras naturais como reforço em compósitos têm sido desenvolvidos no Brasil, porém devido à limitada estabilidade térmica das fibras naturais, somente termoplásticos que amolecem em temperaturas abaixo de 200 ºC são comumente usados nestes compósitos. A resina e as fibras são escolhidas em função de suas propriedades típicas, requisitos da aplicação, disponibilidade, custo e familiaridade do processador com estas. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi desenvolver e avaliar o comportamento térmico dos compósitos PEAD reforçados com fibras da palmeira real australiana. Os compósitos foram obtidos em um homogeneizador de plásticos. Inicialmente o reforço e a matriz foram secos em estufa a 50ºC. Após mistura no homogeneizador, o material foi moído em moinho granulador e novamente seco em estufa a 50ºC e injetado para a obtenção de corpos de prova. Os compósitos foram analisados em uma termobalança com uma razão de aquecimento de 20 ºC.min-1, em fluxo de nitrogênio no intervalo de temperatura de 40 a 800ºC utilizando aproximadamente 10 mg de cada amostra. A análise foi aplicada aos compósitos e ao polímero puro, a fim de determinar a temperatura de degradação e a perda de massa em cada evento térmico. Os resultados obtidos demonstraram que os compósitos apresentaram melhores propriedades quando comparados ao polímero puro e as fibras