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EDUCAÇÃO PATRIMONIAL NA COMUNIDADE COCAL: CAMPOS NATURAIS DE TRACUATEUA-PA, AMAZÔNIA ORIENTAL
A Escola Municipal de Ensino Infantil e Fundamental Professora Maria Lucimar de Castro Castelo Branco (INEP 14549003 - CNPJ 18.251.545.0001/36) localiza-se na Comunidade Cocal, uma pequena vila da zona rural, inserida na Região dos Campos Naturais do Município de Tracuateua-PA. O ensaio versa sobre dada atividade educativa levada a cabo pelo autor na Escola do Cocal. Em 25 de outubro de 2017 o professor, então regente da turma do 5º ano/9 (turno vespertino), conduziu os alunos a realizarem uma saída de campo, na qual foram “visitar” as ruínas da antiga Escola Mª. Lucimar, cujas instalações encontram-se abandonadas desde o final da década de noventa do séc. XX. Sem embargo, o campo do ensino-aprendizagem englobado pela Educação Patrimonial, a exemplo do que se constatou na prática desta atividade, possibilita investigar o patrimônio cultural material e imaterial, na medida em que é socialmente apropriado – e construído de forma interdisciplinar, coletiva e dialógica – enquanto pleno “recurso para a compreensão sócio-histórica das referências culturais, a fim de colaborar para seu reconhecimento, valorização e preservação”
SABER TRADICIONAL: PRODUÇÃO DE FARINHA NO QUILOMBO ABACATAL (ANANINDEUA-PA, AMAZÔNIA)
O Quilombo do Abacatal localiza-se no bairro do Aurá, município de Ananindeua, Região Metropolitana de Belém, Estado do Pará. Atualmente a comunidade abriga cerca de 121 famílias, abarcando aproximadamente 600 pessoas que “constituem grupo étnico e cultural organizado sob uma lógica de economia extrativista e agrícola combinada à concepção de uso comum dos recursos naturais” (ARAÚJO et al., 2017)..
Detalhe ou fragmento? Olhar em partes a paisagem urbana no cotidiano da cidade: corte & ruptura imagéticas no registro fotográfico do grafitti
One rehearses how to think of parts is translated into the act of looking and registering the urban landscape, in an ambiguous relation, observed in the dichotomy between details and fragments of images. It is the play between the cut and the rupture, between reconstitution or reconstruction of a given reality, from shards and shards. Indeed, the photographic record of street art, such as graffiti, allows us to investigate the amphibology pertinent to the disassembly or deconstruction of the whole, from the click, which divides it into pieces.Ensaia-se como pensar em partes se traduz no ato de olhar e registrar a paisagem urbana, numa relação ambígua, observada na dicotomia entre detalhes e fragmentos imagéticos. É o jogo entre o corte e a ruptura, entre reconstituição ou reconstrução de dada realidade, a partir de cacos ou estilhaços. Com efeito, o registro fotográfico da arte de rua, como o grafite, permite investigar a anfibologia pertinente a desmontagem ou desconstrução do todo, a partir do clique, que o divide em pedaços
Detalhe ou fragmento? Olhar em partes a paisagem urbana no cotidiano da cidade: corte & ruptura imagéticas no registro fotográfico do grafitti
One rehearses how to think of parts is translated into the act of looking and registering the urban landscape, in an ambiguous relation, observed in the dichotomy between details and fragments of images. It is the play between the cut and the rupture, between reconstitution or reconstruction of a given reality, from shards and shards. Indeed, the photographic record of street art, such as graffiti, allows us to investigate the amphibology pertinent to the disassembly or deconstruction of the whole, from the click, which divides it into pieces.Ensaia-se como pensar em partes se traduz no ato de olhar e registrar a paisagem urbana, numa relação ambígua, observada na dicotomia entre detalhes e fragmentos imagéticos. É o jogo entre o corte e a ruptura, entre reconstituição ou reconstrução de dada realidade, a partir de cacos ou estilhaços. Com efeito, o registro fotográfico da arte de rua, como o grafite, permite investigar a anfibologia pertinente a desmontagem ou desconstrução do todo, a partir do clique, que o divide em pedaços
Realismo maravilhoso e circularidade cultural: crença no invisível atordoa o pensamento? (Região Bragantina-PA)
O ensaio analisa histórias-depoimentos denominados enquanto “lendas”, “folclores”, “superstições”, “crendices”, “mitos” proferidos por estudantes – oriundos das comunidades interioranas – do curso de Letras da Universidade Federal do Pará (UFPA) dos Campus Universitários das cidades de Bragança e Capanema, Nordeste do Pará. As narrativas formam um conjunto cujo elemento de ligação foi denominado, para este artigo, de realismo maravilhoso, ou seja, apresentam no enredo a mistura do ordinário da vida real, do trabalho e do cotidiano no mundo natural, com o imaginário e o extraordinário do sobrenatural. Para se sustentar esse campo, a interface entre as culturas “popular” e “erudita” demonstrou-se sobejamente importante, posto que quando aqueles adentram à academia levam consigo os saberes “tradicionais” e os amalgamam ao conhecimento científico gerando um produto híbrido, o qual perpassa por um paradoxo na sua gestação: a crença, ou não, no invisível atordoa o pensamento formal racionalista e científico? Eis, o que se argumenta
O caminho fundo: história e sentindo pertença na comunidade do cigano, (Tracuateua-PA, entre colônia, império, e repùblica)
O texto aborda o processo histórico, permeando questões identitárias e de territorialidades, em meandros do movimento social e em torno da construção do sentido de pertencimento afrodescendente – remanescente de quilombolas – em comunidade rural, no interior do município de Tracuateua-PA., cidade limítrofe à Bragança, da qual emancipou-se em 1994. Geograficamente, está na Microrregião Bragantina, Nordeste Paraense – Amazônia oriental. Cronologicamente, entre Colônia, Império e República, estuda-se a trajetória de ocupação das terras, hoje reconhecidas pela Fundação Cultural Palmares (FCP), a partir de um dado espaço do sertão amazônico. Ainda é possível localizar um trecho do antigo “caminho fundo”: uma trilha por entre as matas, que de tanto os negros trafegarem por ali, o chão afundou-se. Na Comunidade do Cigano, distante cerca de 5 km da “sede” tracuateuense, assenta-se a Associação Remanescente Quilombola do Cigano (ARQUIC), presidida por Oscimar Hermínio Ribeiro, filho de Atanásia Hermínia Ribeiro, descendentes de negros cativos que fugiram da escravidão e se alojaram no território conhecido atualmente como Jurussaca e espraiaram-se pelos arredores circunvizinhos. Neste ínterim, múltiplos atores sociais engendraram suas vivências em contato com esse caminho: linhagens ameríndias, escravos, forros, libertos, livres, cafuzos, mamelucos, ciganos, ribeirinhos, caboclos, agricultores familiares, pescadores, caçadores. Enfim, à memória dos sujeitos, o contexto de ocupação do espaço abarca grande diversidade de cenários naturais, mas igualmente paisagens antrópicas, palcos de diversificadas relações étnicorraciais e culturais: sertão amazônico, campos inundáveis, manguezais, praias, ilhas, matas, capoeiras; mas também sesmarias da coroa portuguesa, aldeias indígenas, mocambos, acampamentos ciganos, comunidades extrativistas e, finalmente, áreas de remanescentes “calhambolas”.UFPA - Universidade Federal do Par
O “CAMINHO FUNDO”: hISTóRIA E SENTIDO DE PERTENÇA NA COMUNIDADE DO CIgANO, (TRACUATEUA-PA, ENTRE COLÔNIA, IMPéRIO E REPúBLICA)
O texto aborda o processo histórico, permeando questões identitárias e de territorialidades, em meandros do movimento social e em torno da construção do sentido de pertencimento afrodescendente – remanescente de quilombolas – em comunidade rural, no interior do município de Tracuateua-PA., cidade limítrofe à Bragança, da qual emancipou-se em 1994. Geograficamente, está na Microrregião Bragantina, Nordeste Paraense – Amazônia oriental. Cronologicamente, entre Colônia, Império e República, estuda-se a trajetória de ocupação das terras, hoje reconhecidas pela Fundação Cultural Palmares (FCP), a partir de um dado espaço do sertão amazônico. Ainda é possível localizar um trecho do antigo “caminho fundo”: uma trilha por entre as matas, que de tanto os negros trafegarem por ali, o chão afundou-se. Na Comunidade do Cigano, distante cerca de 5 km da “sede” tracuateuense, assenta-se a Associação Remanescente Quilombola do Cigano (ARQUIC), presidida por Oscimar Hermínio Ribeiro, filho de Atanásia Hermínia Ribeiro, descendentes de negros cativos que fugiram da escravidão e se alojaram no território conhecido atualmente como Jurussaca e espraiaram-se pelos arredores circunvizinhos. Neste ínterim, múltiplos atores sociais engendraram suas vivências em contato com esse caminho: linhagens ameríndias, escravos, forros, libertos, livres, cafuzos, mamelucos, ciganos, ribeirinhos, caboclos, agricultores familiares, pescadores, caçadores. Enfim, à memória dos sujeitos, o contexto de ocupação do espaço abarca grande diversidade decenários naturais, mas igualmente paisagens antrópicas, palcos de diversificadas relações étnicorraciais e culturais: sertão amazônico, campos inundáveis, manguezais, praias, ilhas, matas, capoeiras; mas também sesmarias da coroa portuguesa, aldeias indígenas, mocambos, acampamentos ciganos, comunidades extrativistas e, finalmente, áreas de remanescentes “calhambolas”
PESQUISAR PARA CONHECER: HISTÓRIA DA COMUNIDADE (COCAL - TRACUATEUA/PA, 2016)
O vídeo apresenta registro imagético de um projeto pedagógico realizado em 2016, com os alunos das turmas multisseriadas da Escola M.ª Lucimar de Castro Castelo Branco, Comunidade do Cocal, município de Tracuateua-PA. No intuito de contextualizar o currículo e pesquisar o patrimônio material e imaterial da comunidade, as professoras trouxeram os moradores mais antigos para conversar com as crianças e contar a história das famílias pioneiras da localidade. Assim, através de saberes partilhados via oralidade e memória, o alunado pôde cultivar o sentido de pertença, a partir do reconhecimento das diferenças e com isso valorizar a diversidade étnica e cultural de sua própria Comunidade, ao mesmo tempo em que estudava os conteúdos programáticos desenvolvidos na Escola.Assista aqui
Pesquisar para o conhecer: história da comunidade (Cocal-Tracuateua/ PA, 2016)
O vídeo apresenta registro imagético de um projeto pedagógico realizado em 2016, com os alunos das turmas multisseriadas da Escola M.ª Lucimar de Castro Castelo Branco, Comunidade do Cocal, município de Tracuateua-PA. No intuito de contextualizar o currículo e pesquisar o patrimônio material e imaterial da comunidade, as professoras trouxeram os moradores mais antigos para conversar com as crianças e contar a história das famílias pioneiras da localidade. Assim, através de saberes partilhados via oralidade e memória, o alunado pôde cultivar o sentido de pertença, a partir do reconhecimento das diferenças e com isso valorizar a diversidade étnica e cultural de sua própria Comunidade, ao mesmo tempo em que estudava os conteúdos programáticos desenvolvidos na Escola.UFPA - Universidade Federal do Par