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    A avaliação formativa em uma aula de matemática na educação de jovens e adultos (EJA)

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    Introdução: Como fazer da avaliação um instrumento de formação e não de seleção? O tema escolhido para este trabalho surgiu a partir desta questão e da leitura do artigo Dentro da Caixa Preta (Black, 98), a respeito da forma como os professores praticam o ato de avaliar. Uma das minhas preocupações enquanto educador, é diferenciar avaliação e seleção. Um dos maiores propósitos da avaliação formativa é ajudar os professores a entender melhor o que sabem os alunos e a tomar decisões sobre atividades de ensino e aprendizagem. Objetivos: Um dos objetivos deste trabalho é que ao final das minhas atividades em sala de aula o aluno adquira e compreenda noções matemáticas, que ele aplique a matemática na compreensão de situações da realidade, que manifeste o gosto e a confiança pessoal em realizar atividades intelectuais que envolvam raciocínios matemáticos, e por último, que o aluno seja capaz de se auto-avaliar. Pretende-se contribuir para o debate na área de avaliação em especial, na avaliação no contexto da prática pedagógica de Matemática. Métodos: As aulas de matemática foram ministradas aos alunos do Ensino Médio na EJA da UNESP de Ilha Solteira durante um ano. Semanalmente foram realizados trabalhos e discussões em grupo, nas quais os alunos eram estimulados a refletir sobre questões intrigantes, bem como procurou-se adequar a matemática à realidade dos alunos. A didática utilizada favoreceu o raciocínio lógico na dedução de soluções, nas justificativas de respostas e processos e na aprendizagem de que é sempre válido o aluno questionar como surgem as equações. Ao final de cada mês eram aplicadas provas. Logo após as correções, as provas eram devolvidas aos alunos e era solicitado a eles que as refizessem em sala. Nesse momento, os alunos, em grupo, mostravam-se interessados em saber onde estavam errados e qual era a resposta correta das questões. Resultados: Ao longo desse período, a avaliação formativa foi importante, para os alunos, pois desenvolveram habilidades que julgavam não terem, e para o educador, devido à experiência adquirida, contribuindo para a sua formação pessoal. No início, os alunos mostravam-se desmotivados, com um grande esforço, eles entenderam como a matemática poderia ser útil nas suas vidas. Um dos resultados notáveis foi como os alunos evoluíram na resolução de problemas, pois inicialmente tinham dificuldades em questões simples, como frações e porcentagens e, assim que se deparavam com um problema, procuravam imediatamente fórmulas matemáticas para encontrar a solução, não se importando com a lógica da questão. Por fim, começaram a compreender melhor a matemática, principalmente devido ao estímulo ao raciocínio lógico e perceberam que aquela auto-avaliação feita anteriormente sobre suas capacidades estava equivocada
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