7 research outputs found
Mudanças sócioculturais e reconfiguração do espaço urbano
Na história da sociedade, o surgimento e desenvolvimento das cidades sempre foi marcado pela apropriação do espaço público. Os diferentes atores sociais configuram e modificam o espaço urbano de acordo com o seu modo de viver. Estimativas apontam a cidade do Salvador, com uma população de quase 3 milhões de habitantes, assim como as demais cidades brasileiras, sofre com a crescente violência urbana, por exemplo, segundo o Sistema de Informação Municipal de Salvador (SIM), em 2014 foram registrados 1.749 furtos, e os roubos seguidos de morte foram de 50 (2014) para 64 (2015). O sentimento de medo generalizado por parte significativa da sociedade nas cidades, principalmente nos países da América Latina, vem reforçando as construções de estrutura que denotam sensações de segurança, como muros, paredões, cercas, grandes, entre outros. Esses elementos permitem a criação de dois mundos que muitas vezes não se comunicam, além de ocasionar a morte da vitalidade e degradação dos espaços externos. Em Salvador, registra-se um grande número de aglomerados e condomínios habitacionais arrodeados pelos muros. Diante da magnitude do tema, e a impossibilidade de tratar aqui de todo o conjunto, selecionou-se o “Bloco 83” do Conjunto Habitacional dos Oficias da Polícia Militar – 1 (CHOPM-1), localizado no bairro do Cabula, Salvador, Bahia. A partir da análise do projeto original foi-se reconstituindo a proposta de circulação, área de recreação, sistema viários, centros comunitários e outros aspectos, e as transformações ocorridas ao longo do tempo foram coletadas através de conversas com moradores e do levantamento in loco para mapear, fotografar e avaliar as transformações no uso e ocupação desses espaços comuns. Essa pesquisa objetiva analisar o processo de reconfiguração dos espaços comuns do bloco 83, principalmente, frente aos impactos socioespaciais da violência urbana, além de compreender como essa alteração da morfológica influenciou na dinâmica de crianças e adolescentes
A PAISAGEM DO MEDO UM ESTUDO DO BAIRRO DA PITUBA - SALVADOR – BA
O espaço urbano reflete a organização e a dinâmica de cada sociedade. No Brasil as suas áreas urbanas são marcadas por grandes desigualdades de renda, que acarretam disparidades sócio-espaciais. A cidade fragmenta-se em inúmeros territórios com características próprias e excludentes reconfigurando a paisagem urbana e a sua estrutura sóciocultural. Em um meio de superabundância para alguns e escassez da maioria, manifestam-se os conflitos e a violência, inclusive como modo de inserção social. O aumento da violência leva a maiores gastos públicos e privados com segurança, perda de investimentos no comércio e indústria, mudança de hábitos de consumo, além de mudanças na configuração urbana. Os condomínios e ruas fechadas, as residências com altos muros e cercas eletrificadas se expandem, constituindo um novo padrão de segregação espacial. É neste contexto que se estuda a área da Pituba, uma localidade que concentra uma população de média e alta renda, na qual se intensifica o processo de formação de “condomínios fechados”, que além de desarticular o tecido urbano e a malha viária, cerceia o direito de ir e vir dos cidadãos redefinindo a morfologia do tecido urbano e configurando a paisagem como a paisagem do medo
Requalificação do centro antigo de Salvador através de instrumentos do estatuto da cidade
Até 1970, a região econômico-financeira situada no Centro Antigo da Cidade de Salvador apresentava uma estrutura que se revelava por um dinamismo e paisagem apropriados às funções a ela destinadas, desde sua fundação. Naquele decênio, a organização urbana da área do Comércio experimentou um previsível colapso territorial, resultando na criação de uma nova centralidade urbana, mais adequada às mudanças estruturais da economia nacional. Tal iniciativa levou a transformações endêmicas e dilapidação da identidade urbana e patrimonial da região, expressa na organicidade de suas funções - econômicas, sociais, culturais, históricas e arquitetônicas. Desde então têm-se elaborado diagnósticos, prognósticos e planos urbanísticos para a reabilitação do Centro Antigo, que não resolvem o esgarçamento do tecido social e o arruinamento de um patrimônio histórico e arquitetônico tão caro à cidade. Este artigo analisa a possibilidade de recuperação do Centro Antigo de Salvador na região do Comércio através de instrumentos do Estatuto da Cidade.Until 1970, the financial region located in the old downtown of Salvador presented a structure that was revealed by a dynamism and landscape appropriate to the functions that it had destined since its foundation. In that decade, the urban organization of the Comércio area experienced a predictable territorial collapse, resulting in the creation of an new urban centrality, more adequate to the structural changes of the national economy. This initiative led to endemic transformations and dilapidation of the urban and patrimonial identity of the region, expressed in the organicity of its functions - economic, social, cultural, historical and architectural. Since then, diagnoses, prognoses and urban plains have been developed for the rehabilitation of the old downtown, which do not solve and the ruin of a historical and architectural patrimony so dear to the city. This article analyzes the possibility of recovery of the old downtown of Salvador through instruments of the City Statute
Pervasive gaps in Amazonian ecological research
Biodiversity loss is one of the main challenges of our time,1,2 and attempts to address it require a clear un derstanding of how ecological communities respond to environmental change across time and space.3,4
While the increasing availability of global databases on ecological communities has advanced our knowledge
of biodiversity sensitivity to environmental changes,5–7 vast areas of the tropics remain understudied.8–11 In
the American tropics, Amazonia stands out as the world’s most diverse rainforest and the primary source of
Neotropical biodiversity,12 but it remains among the least known forests in America and is often underrepre sented in biodiversity databases.13–15 To worsen this situation, human-induced modifications16,17 may elim inate pieces of the Amazon’s biodiversity puzzle before we can use them to understand how ecological com munities are responding. To increase generalization and applicability of biodiversity knowledge,18,19 it is thus
crucial to reduce biases in ecological research, particularly in regions projected to face the most pronounced
environmental changes. We integrate ecological community metadata of 7,694 sampling sites for multiple or ganism groups in a machine learning model framework to map the research probability across the Brazilian
Amazonia, while identifying the region’s vulnerability to environmental change. 15%–18% of the most ne glected areas in ecological research are expected to experience severe climate or land use changes by
2050. This means that unless we take immediate action, we will not be able to establish their current status,
much less monitor how it is changing and what is being lostinfo:eu-repo/semantics/publishedVersio
Pervasive gaps in Amazonian ecological research
Biodiversity loss is one of the main challenges of our time,1,2 and attempts to address it require a clear understanding of how ecological communities respond to environmental change across time and space.3,4 While the increasing availability of global databases on ecological communities has advanced our knowledge of biodiversity sensitivity to environmental changes,5,6,7 vast areas of the tropics remain understudied.8,9,10,11 In the American tropics, Amazonia stands out as the world's most diverse rainforest and the primary source of Neotropical biodiversity,12 but it remains among the least known forests in America and is often underrepresented in biodiversity databases.13,14,15 To worsen this situation, human-induced modifications16,17 may eliminate pieces of the Amazon's biodiversity puzzle before we can use them to understand how ecological communities are responding. To increase generalization and applicability of biodiversity knowledge,18,19 it is thus crucial to reduce biases in ecological research, particularly in regions projected to face the most pronounced environmental changes. We integrate ecological community metadata of 7,694 sampling sites for multiple organism groups in a machine learning model framework to map the research probability across the Brazilian Amazonia, while identifying the region's vulnerability to environmental change. 15%–18% of the most neglected areas in ecological research are expected to experience severe climate or land use changes by 2050. This means that unless we take immediate action, we will not be able to establish their current status, much less monitor how it is changing and what is being lost
Pervasive gaps in Amazonian ecological research
Biodiversity loss is one of the main challenges of our time,1,2 and attempts to address it require a clear understanding of how ecological communities respond to environmental change across time and space.3,4 While the increasing availability of global databases on ecological communities has advanced our knowledge of biodiversity sensitivity to environmental changes,5,6,7 vast areas of the tropics remain understudied.8,9,10,11 In the American tropics, Amazonia stands out as the world's most diverse rainforest and the primary source of Neotropical biodiversity,12 but it remains among the least known forests in America and is often underrepresented in biodiversity databases.13,14,15 To worsen this situation, human-induced modifications16,17 may eliminate pieces of the Amazon's biodiversity puzzle before we can use them to understand how ecological communities are responding. To increase generalization and applicability of biodiversity knowledge,18,19 it is thus crucial to reduce biases in ecological research, particularly in regions projected to face the most pronounced environmental changes. We integrate ecological community metadata of 7,694 sampling sites for multiple organism groups in a machine learning model framework to map the research probability across the Brazilian Amazonia, while identifying the region's vulnerability to environmental change. 15%–18% of the most neglected areas in ecological research are expected to experience severe climate or land use changes by 2050. This means that unless we take immediate action, we will not be able to establish their current status, much less monitor how it is changing and what is being lost