10 research outputs found

    Reference values for bone strength assessed by quantitative ultrasound early after birth in term and preterm neonates

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    Objectivo: Estabelecer valores de referência da robustez óssea nos primeiros dias de vida, em recém-nascidos de termo e pré-termo adequados para a idade de gestação nascidos em Portugal. Métodos: Foi medida a velocidade do som (VdS) (m/s) por ultrassonografia quantitativa, numa amostra sistemática de recém-nascidos adequados para a idade de gestação, de termo e pré-termo, respectivamente nos primeiros dois e cinco dias após o nascimento. Foi avaliada a homogeneidade de valores entre géneros e entre grupos de idade de gestação. Resultados: A amostra constou de 158 recém-nascidos, 34 de termo e 124 pré-termo (idade de gestação entre 26 a 41 semanas), com peso de nascimento de 595 g a 4195 g, 84 do sexo masculino (53,2%) e 20 gémeos (10,8%). A média da VdS aumenta significativamente com a idade de gestação. São providenciados valores de referência da VdS para os percentis 10, 25, 50, 75 e 90, para grupos de idade de gestação, sem distinção para o género. Conclusão: São disponibilizados valores de referência de VdS nos primeiros dias de vida, de recém-nascidos adequados para a idade de gestação, de termo e pré-termo, nascidos em Portugal. Estes valores reflectem a robustez óssea intrauterina e servem de referência basal para estudos evolutivos realizados em Portugal.ABSTRACT - Aim: To obtain reference values for bone strength assessed early after birth for term and preterm neonates in Portugal. Methods: Speed of sound (SOS) (m/s) was measured using the quantitative ultrasound method in a systematic sample of appropriate-for-gestationalage term and preterm neonates, within the first two and five days after birth, respectively. Homogeneity of values between genders and between gestational age groups was assessed. Results: A sample of 158 neonates was enrolled, 34 full-term and 124 preterm (26-41 weeks of gestation), birth weights of 595g-4195g, 84 males (53.2%) and 20 twins (10.8%). The mean of the SOS significantly increases with gestational age. Reference values of SOS for gestational age groups are provided as 10th, 25th, 50th, 75th and 90th centiles without gender distinction. Conclusion: Reference values for SOS early after birth are made available for term and preterm appropriate-for-gestational age neonates, reflecting the intrauterine bone status, a baseline for follow-up studies on bone strength in Portugal

    Comentário ao artigo “O uso de pré-medicação na intubação traqueal não emergente do recém-nascido em Portugal”

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    O artigo “O uso de pré-medicação na intubação traqueal não emergente do recém-nascido em Portugal” de Marilene Eusébio e Eduardo Fernandes do Serviço de Pediatria do Centro Hospitalar do Barlavento Algarvio é um estudo importante, realizado através de inquérito às Unidades de Apoio Perinatal e Unidades de Apoio Perinatal Diferenciado, com o objectivo de investigar a utilização de pré-medicação na entubação traqueal urgente do recém-nascido (RN). Penso que é a primeira vez que é feita no nosso País a tentativa de conhecermos quais são as nossas práticas sobre o uso de analge sia/sedação na entubação traqueal

    CARTA AO DIRECTOR

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    Vigilância prospectiva da infecção relacionada com a prestação de cuidados de saúde numa Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais – uma experiência de seis anos

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    Resumo: As infecções associadas à prestação de cuidados de saúde são ocorrências temíveis em unidades de cuidados intensivos neona tais (UCIN). A vigilância prospectiva dá aos neonatolo gistas um conhecimento da sua frequência, dos agentes mais comuns isolados na sua unidade e respectiva sensibilidade, influenciando de modo positivo as tentativas de controlar a sua frequência.Objectivo: Divulgar os resultados da vigilância epidemiológica da infecção de origem hospitalar numa UCIN. População e Métodos: Todos os recém-nascidos (RN) admitidos na unidade são registados, independentemente da idade gestacional, do peso ao nascer e da idade na admissão. Todos os episódios de infecção sistémica ocorridos desde a admissão até à alta são registados: sépsis, septicémia, pneumonia e meningite. É classificada como infecção de origem hospitalar a que surge 72h após a admissão.Resultados: No período de seis anos decorrido entre 2002 e 2007, foram tratados 1648 recém-nascidos a que corresponderam 27 862 dias de tratamento, 4 395 dias de ventilação e 10 537 dias de cateterismo venoso central (CVC); 261 RN eram de muito baixo peso (MBP) e 369 foram submetidos a grande cirurgia. Houve 242 episódios de infecção em 229 doentes. As taxas de infecção foram as seguintes (mediana e limites): RN infectados em % de tratados 13% (10,4%-17,4%); septicémia/100 doentes tratados-6,5 (3,8-11,3); septicémia/1000 dias doente-3,7 (3-6,2); septicémia/1000dias de CVC-4.1 (0,9-5,8); infecção por Staphylococcus coagulase negativa (SCN) em RN MBP - 9,8% (4%-12,5%); pneumonia relacionada com tubo traqueal/1000 dias de tubo traqueal – 3,2 (0-9,1). O agente mais frequentemente isolado foi o SCN.Conclusão: A vigilância epidemiológica é um instrumento muito útil para conhecer as taxas de infecção de uma unidade de saúde e a sua tendência, assim como os microorganismos e respectiva sensibilidade. Esse conhecimento constitui a base a partir da qual se pode tentar reduzir a sua prevalência

    A Utilização do Activador Recombinante do Plasminogénio Tecidular na Trombose Venosa do Recém-Nascido

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    O activador recombinante do plasminogénio tecidular é, de todos os fibrinolíticos, o que tem maior especificidade para a fibrina e semi-vida mais curta; daí a sua grande eficácia na lise dos trombos e a quase inexistência de complicações hemorrágicas.Os autores descrevem o caso de um recém-nascido com trombose extensa da veia cava inferior e veia renal direita em que a terapêutica com activador recombinante do plasminogénio tecidular, levou a uma diminuição progressiva do trombo e repermeabilização completa de ambos os vasos em 12 horas. Não houve efeitos adversos relevantes

    Meningite Bacteriana no Recém-Nascido. Casuística de 12 Anos

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    Objectivo — Conhecer a epidemiologia da meningite bacteriana em recém-nascidos admitidos na Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais do Hospital de Dona Estefânia.Doentes e métodos — Foi feita a revisão dos processos de recém-nascidos admitidos na Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais do Hospital de Dona Estefânia de Janeiro de 1985 a Dezembro de 1996 — 12 anos, provenientes da maternidade do Hospital ou do exterior. Foram excluídas as infecções congénitas e as crianças com idade superior a 28 dias. Definiu-se como precoce a infecção com início nas primeiras 72 horas de vida.Resultados — Houve 36 casos de meningite bacteriana correspondendo a 1,1% das admissões. A incidência de meningite bacteriana precoce na Maternidade do Hospital foi 0,13 por mil nados-vivos. Vinte e quatro crianças eram do sexo masculino (66,7%), 7 eram pré-termo, 4 de baixo peso e 1 de muito baixo peso. Dez recém-nascidos tiveram meningite precoce (27,8%) e 26 (72,2%) meningite tardia. Houve isolamento do agente bacteriano no líquido cefalorraquidiano em 27 crianças (77,1%): E. coli (n=7); Streptococcus do grupo B(SGB) (n=6); Klebsiella pneumoniae (n=3); Proteus mirabilis (n=2), Listeria monocytogenes (n=1), Streptococcus bovis (n=1), Staphylococcus aureus (n=1), Neisseria meningitidis (n=2) e Salmonella tiphy (n=1).Houve ainda o isolamento de 3 Gram negativos não identificados.A hemocultura foi positiva em 19 de 32 colheitas (59,4%).Na ausência de terapêutica antibiótica, em 6 casos a cultura do líquor foi positiva e a hemocultura negativa e noutros 2 ambas as culturas foram negativas. Durante o internamento faleceram 9 recém-nascidos — mortalidade de 25% e em 11 foram detectadas sequelas.Conclusão — Houve um predomínio de casos de meningite tardia, em recém-nascidos de termo e do sexo masculino. Os agentes mais frequentemente encontrados foram a E. coli e a Streptococcus do grupo B

    A vertente cirúrgica de uma Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais – 25 anos de experiência

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    Introdução e objectivos: O Hospital de Dona Estefânia é um hospital pediátrico com Área de Cirurgia Pediátrica e uma Maternidade da Apoio Perinatal Diferenciado. O objectivo deste estudo prospectivo histórico é analisar a população de recém-nascidos (RN) admitidos na Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais (UCIN) submetidos a intervenção cirúrgica num período de 25 anos. Métodos e doentes: Os dados foram obtidos de estudos de casuística e do ficheiro electrónico da UCIN. Foi realizada pesquisa individual pelo código de intervenção cirúrgica e pelo código de cada uma das condições cirúrgicas. Todos os RN submetidos a intervenção cirúrgica foram englobados. Cada doente foi contabilizado apenas uma vez mas as anomalias cirúrgicas major foram contabilizadas uma a uma. As taxas de letalidade são brutas, englobando-se no denominador todos os RN com a mesma anomalia, operados. Resultados: Neste período foram admitidos na UCIN 5937 RN dos quais 1140 (19.2%) foram operados. A mediana do tempo de internamento foi 30 dias. O número de RN submetidos a intervenção cirúrgica subiu de 2% dos admitidos em 1983 para 29.4% em 2007. Vinte e seis por cento do total de operados nasceram na maternidade do hospital. A patologia gastrointestinal foi a mais frequente tanto no grupo da patologia congénita como no grupo da adquirida; a patologia torácica/pulmonar ocupou o 2º lugar no grupo da patologia congénita, constituindo a hérnia diafragmática congénita a situação mais frequente. Na alta, 35% dos doentes (n=404) foram enviados para o domicílio, 51% (n=581) foram transferidos para outro serviço e 14% faleceram (n=155). A mortalidade diminuiu de 22% nos primeiros 10 anos para menos de 10% nos últimos 10 anos e 5% nos últimos 5. A mortalidade da atrésiado esófago baixou de 22% nos primeiros 15 anos para 3,8% nos últimos 5 e a da hérnia diafragmática de Bochdalek de 34% nos primeiros 15 anos para 28% nos últimos 10. Conclusões: A concentração de patologia cirúrgica neonatal num centro de referência melhora a experiência das equipas multidisciplinares podendo contribuir para um melhor prognóstico de doentes com patologia grave

    Hérnia Diafragmática Congénita. Casuística de 10 Anos

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    Os autores fizeram a revisão dos casos de hérnia diafragmática congénita admitidos na Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais do Hospital de Dona Estefânia de Janeiro de 1984 a Dezembro de 1993 (10 anos). Neste período foram internados 53 recém-nascidos (RN) com hérnia diafragmática congénita tipo Bochdalek.A pesquisa incidiu sobre os índices de gravidade clínicos, radiológico, ventilatório, de oxigenação e mortalidade.Em 54,7% dos RN houve asfixia neonatal. A dificuldade respiratória teve início antes das 6 horas de vida em 43 dos RN (81.1%), mas o início dos sintomas foi imediato em 31.A hérnia localizava-se à esquerda em 77.4% dos casos. Em 5 casos não foi possível a correcção ciffirgia do defeito diafragmático.A mortalidade global foi 47.2%. Dos 48 RN operados faleceram 20 (41.7%). Em todas as crianças que faleceram, excepto numa, houve início imediato dos sintomas. A mortalidade dos RN com índice radiológico >6 foi de 81.5%.O índice ventilatório >1000 e o índice de oxigenação >40 tiveram valor preditivo de morte (mortalidade de 100% em ambos os casos).Nesta casuística, os achados que melhor se correlacionaram com o prognóstico foram: início imediato dos sintomas, I.R. >6, I.V.> 1000 e I.0.> 40

    Enterocolite Necrosante

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    Objectivo — Estudar a epidemiologia da enterocolite necrosante (ECN) na Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais do Hospital de Dona Estefânia.Material e métodos — Foram revistos os processos clínicos dos recém-nascidos (RN) com ECN admitidos na UCIN do Hospital de Dona Estefânia no período compreendido entre 1 de Janeiro de 1990 e 31 de Dezembro de 1994 (5 anos). Foi feita a comparação entre alguns dos resultados obtidos neste período e os encontrados em estudo anterior (1985-1989). Na classificação da ECN foram utilizados os critérios de Bell modificados (1986).Resultados - Durante o período do estudo houve 34 RN com ECN correspondendo a 2,5% das admissões. Seis RN foram transferidos de outras unidades por ECN, para eventual intervenção cirúrgica. Vinte e um RN (61,8%) eram prétermo (RNPT) e 52,9% muito baixo peso (RNMBP). Vinte e quatro crianças, 11 das quais RNMBP, nasceram na maternidade do Hospital (incidência de ECN de 1,5 por mil nados-vivos; incidência de ECN no RNMBP de 6,5%). A idade média de início dos sintomas foi de 57 horas no RN de termo e 15 dias no RNPT (p = 0.000). Dezassete crianças tinham ECN grau I; quatro grau II; e treze grau III. (8 III A e 5 III B). Foram operados 35,3% dos RN, 58,3% dos quais no grau III A. Comparando os dois períodos, verificou-se que, nos últimos 5 anos, houve um menor número de ECN de grau avançado e de RN submetidos a intervenção cirúrgica, tendo esta ocorrido mais frequentemente no grau III A. Constatou-se uma descida da mortalidade superior a 50% do primeiro para o segundo período (32,1% vs 14,7%).Conclusão — A ECN é uma doença grave, predominante no RNPT. A acuidade do diagnóstico precoce traduz-se num menor número de intervenções cirúrgicas. A intervenção cirúrgica precoce — antes de ser diagnosticado pneumoperitoneu — contribui para reduzir a mortalidade

    Hérnia Diafragmática Congénita. Casuística de 10 Anos

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    Os autores fizeram a revisão dos casos de hérnia diafragmática congénita admitidos na Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais do Hospital de Dona Estefânia de Janeiro de 1984 a Dezembro de 1993 (10 anos). Neste período foram internados 53 recém-nascidos (RN) com hérnia diafragmática congénita tipo Bochdalek.A pesquisa incidiu sobre os índices de gravidade clínicos, radiológico, ventilatório, de oxigenação e mortalidade.Em 54,7% dos RN houve asfixia neonatal. A dificuldade respiratória teve início antes das 6 horas de vida em 43 dos RN (81.1%), mas o início dos sintomas foi imediato em 31.A hérnia localizava-se à esquerda em 77.4% dos casos. Em 5 casos não foi possível a correcção cirúrgia do defeito diafragmático.A mortalidade global foi 47.2%. Dos 48 RN operados faleceram 20 (41.7%). Em todas as crianças que faleceram, excepto numa, houve início imediato dos sintomas. A mortalidade dos RN com índice radiológico >6 foi de 81.5%.O índice ventilatório >1000 e o índice de oxigenação >40 tiveram valor preditivo de morte (mortalidade de 100% em ambos os casos). Nesta casuística, os achados que melhor se correlacionaram com o prognóstico foram: início imediato dos sintomas, I.R. >6, I.V.> 1000 e I.O.> 40
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