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Fotobiomodulação associado ao tratamento convencional em esporotricose canina: Photobiomodulation associated with conventional treatment in canine sporotricosis
A esporotricose é uma infecção fúngica de característica antropozoonótica causada por espécies do complexo Sporothrix spp, cujas principais fontes de transmissão são felinos domésticos, plantas, solo e madeira, sendo a de maior relevância os felinos. A transmissão acontece através de mordidas ou arranhões de animais contaminados com o fungo, podendo ser transmitido por qualquer animal acometido. O objetivo deste trabalho foi relatar o caso de um cão diagnosticado com Sporothrix schenckii e descrever o tratamento utilizado nesse paciente. Foi atendido no setor de dermatologia em uma clínica veterinária em Vila Velha um paciente canino, fêmea, Pastor Alemão, de seis anos de idade e escore de condição corporal (ECC) 6/9, apresentando como queixa principal êmese, febre, e prostração, incontinência urinária, anorexia e lesões cutâneas ulceradas e profundas. As lesões estavam localizadas na região perilabial e no membro torácico direito, sendo essa última apresentando necrose e exposição da musculatura com presença de secreção purulenta. Foram realizados exames complementares como citologia das lesões, onde foram observadas células binucleadas, bactérias dos tipos cocos e bacilos. Além disso, realizou-se biópsia das lesões para exame histopatológico e cultura fúngica. Através da cultura pôde-se confirmar a presença do fungo Sporothrix schenckii causador da esporotricose. Foi instituída a terapia fotobiomodulação (conhecida como laserterapia de baixa potência) associado a terapia convencional com Itraconazol e Iodeto de potássio por via oral, além de Mupirocina pomada nas lesões, S-Adenosilmetionina (SAMe) como antioxidante hepático e dipirona como antipirético. Para a fotobiomodulação foi utilizado luz vermelha em uma potência de 2J/cm², usando o Cluster, com duração de 20 segundos na lesão do MTD, realizado pelo aparelho da ECCO Vet®, em apenas uma sessão. Após a primeira sessão de laserterapia, a paciente apresentou melhora clínica, com fechamento total das feridas, ausência de cicatriz e crescimento folicular. Com isso, o tratamento medicamentoso foi mantido por 30 dias após melhora clínica. Após o período de tratamento repetiu-se a biópsia cutânea sendo enviado para cultivo fúngico, e desta vez não houve crescimento do fungo configurando a cura da esporotricose. Conclui-se que o diagnóstico correto e precoce, a instituição do tratamento multimodal e o acompanhamento do paciente foram de extrema importância para uma boa resposta terapêutica
Sepse: correlação dos achados laboratoriais e taxa de sobrevida de animais: Sepsis: correlation of laboratory findings and animal survival rate
A sepse tem se tornando um dos maiores desafios na medicina veterinária. A sepse é definida como uma disfunção orgânica decorrente de uma inadequada resposta imunológica frente a um agente infeccioso, ameaçando a vida do animal. O objetivo deste trabalho foi verificar a ocorrência das doenças de maior frequência que levaram os animais a sepse nos atendimentos realizados no Hospital Veterinário (HV) da Universidade Vila Velha (UVV), em Vila Velha/ Espírito Santo, Brasil, observando as alterações laboratoriais relacionadas à sepse e correlacionando com a expectativa de vida desses animais. Através de um estudo retrospectivo, houve o levantamento dos casos atendidos no período de agosto a dezembro de 2019. Os dados foram tabulados, e, analisados por software, utilizando nível de significância de 5%. As principais doenças que conduziram a sepse foram em ordem de frequência a erliquiose, piometra e gastroenterites; além disso, foi observado que os fatores influenciadores na sobrevida destes animais foram alteração nos valores de leucócitos totais (p=0,042) e a presença de azotemia (ureia p <0,001 e creatinina p=0,003). Demonstrou-se assim, a importância dos achados laboratoriais em conjunto com as alterações clínicas, permitindo agilidade na identificação de um quadro em curso de síndrome da resposta inflamatória (SRIS)/Sepse
Insulinoma em cão – relato de caso: Canine insulinoma - case report
O insulinoma é uma neoplasia endócrina pancreática de células beta (ß) raro em cães e maligno em mais de 95% dos casos. Sua etiologia não é bem-sucedida, mas acomete geralmente cães de meia-idade ou idosos, de raças médias para grandes e sem predisposição de gênero. Entre os sinais clínicos encontrados, os animais apresentam principalmente hipoglicemia devido a hiperinsulinemia, letargia, crises convulsivas, espasmos, tremores musculares e intolerância ao exercício. O diagnóstico é feito por exames laboratoriais que detectam a hipoglicemia do animal, decorrente da secreção indevida de insulina pelo tumor e pela confirmação da existência da massa pancreática por ultrassonografia abdominal, tomografia computadorizada ou laparotomia exploratória. A abordagem do paciente pode ser tanto de forma clínica, baseado nos sintomas clínicos do animal, ou de forma cirúrgica, onde ocorre a retirada do tumor primário e dos nódulos metastáticos por pancreatectomia parcial. Desse modo, o trabalho seguinte tem o objetivo de relatar o caso de um canino SRD, de aproximadamente 10 anos, atendido no Hospital Veterinário Professor Ricardo Alexandre Hippler da Universidade Vila Velha, que foi diagnosticado com insulinoma e submetido a uma pancreatectomia parcial como tratamento. Todavia, mesmo com a avaliação contínua da glicemia no pós-operatório cirúrgico, o animal continuou apresentando episódios de hipoglicemia, o que levou a suspeita de micromestástases em linfonodo ou fígado
Effects of different doses of doxycycline hyclate on haematological parameters of dogs with ehrlichiosis
This study aimed to compare the effects of two doses of doxycycline hyclate on red blood cells, hemoglobin, hematocrit, white blood cells and platelets of dogs with ehrlichiosis. Group I, comprised of healthy dogs (n=6), negative on serology for Ehrlichia canis and Leptospira spp., real time PCR for E. canis and Anaplasma platys, and on semi–nested PCR for Babesia canis; Groups II (n=6) and III (n=6), comprised of dogs with suggestive clinical history, positive serology and/or real time PCR for E. canis, negative on research for anti-Leptospira spp. antibodies and real time PCR for A. platys, and on semi–nested PCR for B. canis were studied. Sick dogs were treated with doxycycline hyclate every 12 hours, by mouth, for 30 days (5 mg/kg, group II; 10 mg/kg, group III). Complete blood counts were performed before, after 15 days, and 10 days after period of treatment was complete. No difference between groups at the studied time points were noticed for red blood cells, hemoglobin, haematocrit and white blood cells. Difference was observed for platelets between group I and groups II and III (p<0.0001) at the study onset. After 15 days of treatment, the mean platelet for group III was lower than groups I (p=0.008) and II (p=0.0007), indicative of persistent thrombocytopenia, already absent in group II. No difference between groups was noticed at final time point, which suggests that both treatments increased platelets in dogs naturally infected with E. canis