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A educação pública brasileira: uma exclusividade para os pobres
Este artigo é o resultado da pesquisa de campo mais ampla, envolvendo cinco municípios da região de Arapiraca, no agreste alagoano, abrangendo os setores de educação, saúde e infraestrutura. O propósito foi identificar as falhas nos procedimentos gerenciais das unidades de educação e saúde e testar a veracidade de dois axiomas até aqui inquestionáveis e que dão conta de que o fracasso na educação e saúde decorre: 1) do financiamento em magnitude insuficiente; e 2) da qualificação deficiente dos profissionais que estão diretamente responsáveis por essas áreas. Ainda que se observe carências dessa natureza, os nossos baixos resultados até aqui conquistados decorrem mais das enormes deficiências e falhas nos procedimentos gerenciais em nesses setores. Nesse sentido, a conclusão é que, havendo melhora no gerenciamento dessas áreas, impacta muito positivamente sobre os resultados sem necessariamente precisar de maior aporte de financiamento ou de melhorar o nível dos professores, que são responsáveis pela educação fundamental do país. A partir dessas conclusões, o texto faz uma proposição para superar as dificuldades com resultados das ações do Estado voltadas para o atendimento das necessidades coletivas da população, mediante a construção de um Projeto Nacional
A economia política contemporânea e o pouco que sabemos
Este estudo é o prosseguimento de um trabalho anterior, desenvolvido na tese de doutorado apresentada ao Instituto de Economia da Universidade Estadual de Carnpinas(SP) - UNICAMP, sob o título "A História das Idéias sobre o Estado e a Teoria das Finanças Públicas no Contexto do Capitalismo".
Nosso ponto de partida para o desenvolvimento daquele trabalho eram as inquietudes em relação à crise, que se dizia ser uma crise do Estado capitalista e que se expressava nos limites dos aspectos fiscais. Tínhamos a certeza que essa teoria era incorreta e que este erro decorria de dois aspectos fundamentais: primeiro, de ordem ideológica e que buscava a qualquer custo exaltar as relações de mercado e preservar o sistema
capitalista de críticas mais contundentes que pudessem comprometer o seu futuro; segundo, de ordem teórica, visto que no sistema analítico da ortodoxia não cabia pressupostos que levassem em consideração uma abordagem lógico-histórica, ma1s
apropriada à Economia Política.
Este fato nos encorajou a fazer uma revisão crítica da Teoria das Finanças Públicas, desde a Escola Clássica (nesta fazendo um destaque para Thomas R. Malthus), a Escola Neoclássica (a partir de autores como Hugh Dalton, Arthur Cecil Pigou, Paul Samuelson e William Baumol) até o ponto que chamamos de Novos Rumos da Teoria das Finanças Públicas, destacando o pensamento de Keynes (leitura que nos possibilitou constatar que muita coisa que se lhe atribuíram nunca foi dita, além de ser uma temeridade deduzir dele, assim como o que ele disse de relevante nesse campo
não foi aproveitado pelas análises posteriores); o ataque ao pensamento de Keynes, que atribuímos que seja muito mais dirigido aos keynesianos do que propriamente a Keynes; e, por último, uma análise que chamamos de retomo a Keynes, a partir de pós-keynesianos como Paul Davidson e Hyman Minsky.info:eu-repo/semantics/publishedVersio
João Ubaldo: um dos Precursores Brasileiros da Administração Pública
Quando recebemos o desafio do Editor de Organizações & Sociedade (Prof. José Antonio Pinho) para comentar o texto de João Ubaldo Ribeiro, “Administração e Política”, escrito no distante 1968 e republicado em 2006, na O&S, nossa preocupação maior foi tentar atualizar o leitor, informando-o que, antes de se tornar um literato famoso, o autor foi professor de Ciência Política da Escola de Administração da Universidade Federal da Bahia. Além disso, nos pareceu pertinente tentar fazer uma contextualização do trabalho do autor na ambiência acadêmica, profissional e política, daquela época. Quando foi construído o trabalho “Administração e Política”, o ambiente político do Brasil não era dos melhores, pois o regime autoritário implantado com o golpe militar de 1964 caminhava para o momento maior da exceção, com as edições, em 1969, do Ato Institucional n.5 e do Decreto-Lei 477 – uma espécie de AI5 para as universidades. É um instante, também, em que o recém-criado sistema universitário brasileiro sofre fortes restrições que produzem conseqüências negativas até os dias de hoje
KEYNES E A PROPOSTA DE ADMINISTRAÇÃO POLÍTICA DO CAPITALISMO
É contestável que a reflexão sobre a análise econômica contemporâ- nea à medida que renega ao acervo fóssil as contribuições do passado mais distante vai ficando do futuro — vale dizer, cada vez mais vai ficando difícil encontrar uma saída para a crise atual do capitalismo. É comum ouvir-se nos mais variados fóruns que tratam de política econômica, polí- tica pública ou temas correlatos que o modelo ou a trajetória de desenvolvimento da era tal e/ou que a política econômica qual estão superados. Do ponto de vista do capitalismo em geral, a partir do início dos anos 70, momento em que a ortodoxia assume a hegemonia teórica e, por conseqüência, a condição de formular a política econômica, passou-se a dizer que a política keynesiana era a grande causa da crise e que (por essa razão) os seus fundamentos não serviam mais para guiar e impulsionar os destinos do capitalismo. Por outro lado, com relação à trajetória ou ao modelo de desenvolvimento que foi adotado para a montagem do capitalismo industrial na periferia passou-se a admitir que (também, a partir da crise contemporânea do capitalismo) a sua lógica impedia que essas economias alcançassem um estágio avançado de desenvolvimento e se integrassem competitivamente ao mercado internacional dito globalizado
O CONTEXTO DA CRIAÇÃO E O DESENVOLVIMENTO EPISTEMOLÓGICO DA ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO DA UFBA
Este ensaio trata de interpretar a epistemologia do conhecimento roduzido pela Escola de Administração na trajetória de seus cinquenta anos de existência, tomando como objeto de consideração a indissociabilidade entre a atividade de ensino, de pesquisa e de extensão. A conclusão a que se chega é que essa é uma situação que não se impõe pelo desejo e sim pela lógica empírica dos acontecimentos. E essa lógica diz que, em situação de desvantagem comparativa, a indissociabilidade não existe. No estágio inicial, a pesquisa não existe, prevalecendo de maneira soberana o ensino, com a extensão tendo papel subsidiário. Só num estágio avançado da pesquisa é que podemos vislumbrar a possibilidade de indissociabilidade, mesmo assim de forma hierarquizada, na qual a pesquisa tem o poder de condicionar o movimento e o ritmo do ensino e da extensão.Palavras-chave: Epistemologia; Escola de Administração da UFBA
Desenvolvimento: um conceito multidimensional
O presente trabalho faz uma reflexão sobre o processo de construção do conceito de desenvolvimento na sociedade capitalista. Para tanto, utiliza-se da análise histórica com ênfase em quatro dimensões: econômica, política, social e ambiental. O estudo demonstra que o conceito surge na biologia, empregado como processo de evolução dos seres vivos para o alcance de suas potencialidades genéticas, porém, incorpora-se nas teorias e práticas sociais, por meio da economia, da sociologia, da antropologia e da ciência política. Ao longo de seu percurso histórico, o termo proporcinou algumas concepções diferentes de sociedade, como sociedade do crescimento, sociedade do bem estar social e sociedade sustentável. Portanto, este ensaio propõe compreender a lógica que fundamenta essas mudanças paradigmáticas do significado de desenvolvimento na sociedade.The present work
aims to contribute
with a reflection
on
the construction of the concept
"development"
within the
capitalist society
.
For this purpose
, we use
d
a
historical
analysis
based
on
four
dimensions
:
economic
al
, political
, social
and environmental
.
Our
study
suggests
that the
concept
is borrowed from
biology
,
on the basis of
the
evolutionary process
of living
organisms
to reach
their
genetic
potential
,
incorporating
the theories
and social
practices, through
economics, sociology
, anthropology
and political science
.
In the
cours
e of
its history
the term
provided
some
different conceptions of
the
society:
the economic growth
society;
social welfare
society
;
and
the
sustainable society
.
In order to
u
nderstand the
rationale
underlying
these
paradigmatic changes
, our study proposes
to advance with
the
meaning of
development in these
societies.http://www.periodicos.unc.br/index.php/drd/article/view/21
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