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Variáveis associadas a risco de incompatibilidades medicamentosas em prescrições de crianças e adolescentes portadores de neoplasia
Objetivo: Avaliar as potenciais incompatibilidades medicamentosas em prescrições de oncologia pediátrica e identificar possíveis fatores de risco para sua ocorrência. Método: Estudo transversal que avaliou as prescrições de pacientes da oncologia pediátrica em um hospital universitário terciário no período de dezembro de 2014 a dezembro de 2015. A associação entre as variáveis e o risco de potenciais incompatibilidades entre os medicamentos intravenosos foi determinada pelo teste t de Student e Qui – quadrado de Person considerando significativo para p<0,05. Calculou-se o Odds Ratio com intervalo de confiança de 95% de cada medicamento que apresentou diferença estatisticamente significativa no teste de qui quadrado para diferenças entre proporções. Resultados: Foram avaliadas 385 prescrições. A média de idade dos 124 pacientes foi 9,22 anos (DP = ± 5,10), sendo 50,65% do sexo masculino. O diagnóstico e o motivo da internação mais frequentes foram, respectivamente, as leucemias (27,30%) e a administração de quimioterapia (36,10%). O cateter totalmente implantado (portocath) foi o acesso venoso mais utilizado, em 61,30% dos pacientes. Em 87,5% das prescrições havia a possibilidade de ocorrência de alguma incompatibibilidade e foram encontradas 2108 incompatibilidades medicamentosas ao total, sendo 300 diferentes combinações entre dois medicamentos. Maior idade, diagnóstico, motivo de internação e tipo de acesso venoso apresentaram-se como fatores de risco para potencial de incompatibilidades (p<0,05). Entre os medicamentos que apresentaram maior risco para potenciais incompatibilidades medicamentosas estão o ácido folínico, bicarbonato de sódio, cefepime, difenidramina, dimenidrinato, hidrocortisona e ondansetron com Odds Ratio significativo. Conclusões: A possibilidade de incompatibilidade medicamentosa em prescrições de pacientes oncológicos pediátricos é frequente. A identificação dos fatores de risco e o manejo preventivo podem contribuir na segurança do paciente e no uso racional de 5 medicamentos nesta população.Objective: The purpose of this study is to evaluate the potential drug incompatibilities in pediatric oncology and to identify possible risk factors for its occurrence. Method: This cross-sectional study evaluated the prescriptions of patients admitted to the pediatric oncology unit of a tertiary university hospital from December 2014 to December 2015. The association between the variables and the risk of potential incompatibilities between intravenous drugs was determined by the Student t test and the Chi - square of Person considering significant for p <0.05. The Odds Ratio was calculated with a confidence interval of 95% of each drug that presented statistically significant difference in the chi-square test for differences between proportions. Results: 385 prescriptions were evaluated. The mean age of the 124 patients was 9.22 years (SD = ± 5.10), and 50.65% were male. The most frequent diagnosis and reason for hospitalization were leukemias (27.30%) and administration of chemotherapy (36.10%). Totally implanted catheters (port-a-cath) was the most used venous access, in 61.30% of the patients. In 87.5% of the prescriptions there was the possibility of some incompatibility and 2108 drug incompatibilities were found in total, occurring 300 different combinations between two medicines. Age, diagnosis, reason for hospital admission and type of venous access were found as risk factors for incompatibilities (p < 0.05). The drugs that presented the highest risk for potential incompatibilities are folinic acid, sodium bicarbonate, cefepime, diphenhydramine, dimenhydrinate, hydrocortisone and ondansetron with significant Odds Ratio. Conclusions: The possibility of drug incompatibility in prescriptions of pediatric oncologic patients is frequent. The identification of risk factors and the preventive measures can contribute to patient safety and rational use of medicines in this population
Pharmacological management of oncology pediatric patients in a University Hospital of Rio Grande do Sul : challenges regarding to the access
Introdução: O câncer infanto-juvenil é a segunda causa de mortes entre crianças e adolescentes no Brasil. Para o sucesso no tratamento oncológico são importantes a disponibilidade e o acesso aos medicamentos que compõe a terapia oncológica. Os municípios são responsáveis pela disponibilização dos medicamentos do Componente Básico e o Estado responsável pelos Componentes Especializado e Estratégico. O estudo objetivou analisar o acesso dos medicamentos prescritos nas orientações de alta de uma instituição hospitalar de referência no componente básico através das Remumes de sete municípios das Macrorregiões de Saúde do Rio Grande do Sul e também nos demais componentes da assistência farmacêutica através das Renames.Métodos: Realizou-se análise retrospectiva e descritiva de todas as orientações farmacêuticas de alta hospitalar em uma unidade de oncologia pediátrica de junho de 2014 a junho de 2018, e análise qualitativa da presença dos medicamentos prescritos nas listas de medicamentos dos municípios e dos Componentes Especializado e Estratégico do Estado.Resultados: Observa-se que 50,5% dos medicamentos prescritos não estavam disponíveis para acesso pelo setor público de saúde dos munícipios de referência nas macrorregiões de saúde. Considerando os três componentes de organização da Assistência Farmacêutica observa-se que 56% dos medicamentos prescritos são disponibilizados conforme Política Nacional de Assistência Farmacêutica.Conclusão: O acesso aos medicamentos é fator importante para um bom prognóstico de cura, e o conhecimento da Política Nacional de Assistência Farmacêutica por todos os profissionais da equipe de saúde pode favorecer que o usuário tenha acessibilidade ao medicamento.Introduction: Childhood cancer is the second leading cause of death among children and adolescentes in Brazil. For the success of cancer treatment, availability and access to the medicines that compose cancer therapy are important. The municipalities responsability are providing the medicines in the Basic Component, and the State responsible for the Specialized and Strategic Components. The study aimed to analyze prescribed medications in discharge orientation at a reference hospital institution with the REMUMES of seven municipalities in Rio Grande do Sul, representing the Health Macro Regions from the State and also in the other components of pharmaceutical assistance through RENAMES. Methods: A retrospective descriptive analysis was performed with all hospital discharge pharmaceutical orientations in a pediatric oncology unit from June 2014 to June 2018, and a qualitative analysis of the presence of prescribed medicines in the cities medicines lists and the Specialized Components and State Strategic Plan.Results: It is observed that 50.5% of the prescription medicines were not available for access to the users by the public health sector of the reference cities in the health macro regions. Considering the three organizational components of Pharmaceutical Assistance, 56% of the prescribed medicines were made available according to the National Pharmaceutical Assistance Policy.Conclusion: Medicines access is an important factor for a good prognosis of cure, and the knowledge of the National Pharmaceutical Assistance Policy by the entire health team professionals might further that users have access to the medicine
Allergic reactions to asparaginase : retrospective cohort study in pediatric patients with acute lymphoid leukemia
Introduction To assess the frequency of allergic reactions to asparaginase (ASP) and possible risk factors for reactions in a cohort of pediatric patients. Method The study was performed based on retrospective data from patients under acute lymphoid leukemia treatment in a general university hospital located in southern Brazil. Information on patients who used ASP from 2010 to 2017 was collected. Allergic reactions were identified in electronic medical records. Results Among the 98 patients included in the study, 16 (16.3 %) experienced an allergic reaction to native l-asparaginase (L-ASP). Of the 22 patients (22.4 %) that received only intravenous (IV) administration of l-ASP, 10 (62.5 %) had allergic reactions, while 48 patients (49 %) received intramuscular (IM) administration and 28 (28.6 %) received IV and IM administrations. The occurrence of allergic reactions differed between the groups (p < 0.001), and IV administration was associated with allergic reactions. Association was also observed between the severity of the reaction and the route of administration, with the IM route associated with grade 2 and IV route associated with grade 3. Occurrence of allergic reactions was higher when the commercial formulation of l-ASP, Leuginase®, was used (p = 0.0009 in the analysis per patient and p = 0.0003 in the analysis per administration). Conclusions The IV administration and commercial Leuginase® presentation were associated with more allergic reactions in the study population, which corroborates the findings in the literature. The IV route was also associated with higher severity of reactions in the present study