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A função da escola-igreja no processo de colonização de Alta Floresta: Mato Grosso
Este artigo trata do processo de Formação do Colono em Alta Floresta, no Mato Grosso, no período de 1976 a 1996. O projeto de colonização ocorreu pela iniciativa privada do empresário Ariosto da Riva, mas contou com a colaboração do Governo Federal e da igreja. As escolas foram fundadas num processo de preparação das pequenas comunidades, pois a partir da abertura de um loteamento de terras, o colonizador destinava uma área para a construção da escola, que também era utilizada como igreja. Nesse contexto, as escolas tiveram uma participação decisiva no projeto de colonização e isso fica evidente quando se analisam as relações educativas, formais ou não, que aconteciam nesse espaço. A igrejaescola assumia para si a função de ser um ambiente de encontro dos colonos para rezar, aprender, ensinar, celebrar a vida e a morte, as vitórias e as derrotas de um povo que sonhava e lutava por uma terra prometida
O desejo da liberdade e a participação de homens livres pobres e "de cor" na Independência do Brasil
A Independência do Brasil não fez parte da "lógica natural" dos fatos, vinculada a uma crise do Sistema Colonial que colocava a Colônia versus a Metrópole. Após o grito do Ipiranga, a imprensa e as autoridades, tanto em suas cartas pessoais como em suas correspondências de trabalho, tocavam no assunto de forma cuidadosa. Tentavam convencer aqueles que eram simpatizantes da "causa do Brasil" de que a independência como separação política era uma realidade a ser mantida. Um dos motivos alegados eram rebeliões das ruas de cidades como o Rio de Janeiro. As insurreições da população "de cor" da Corte não foram apenas uma ameaça constante, erigiram-se em realidade palpável nas fugas, nos ajuntamentos e nos tumultos, que não raro se transformaram em devassas e que pontilham a documentação da Polícia e do Ministério da Justiça. Os escravos e libertos participaram com igual intensidade da política do país e dos movimentos ocorridos. Fizeram uma leitura própria das idéias sobre a independência como autonomia, sobre a liberdade e sobre a libertação do jugo da reescravização, tentando colocá-las na prática em diferentes momentos