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    Características da obstrução das pequenas vias aéreas na DPOC

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    Resumo: Foram estudados 159 doentes, estratificados pelos 5 graus de gravidade do GOLD, provindo de 2 grupos: um grupo de doentes submetidos a ressecção de tumores pulmonares periféricos (100 doentes) e outro (59 doentes), mais grave, que participou no National Emphysema Treatment Trial (NETT). Para além do FEV1, as pequenas vias aéreas (PVA) inferiores a 2 mm foram estudadas em termos de: área luminal máxima, conteúdo luminal, espessura da parede do brônquio, número de vias aéreas inflamadas fundamentalmente verificada no estádio IV (33 no total de 43 doentes). O número de PVA analisadas foi igual em todos os grupos, assim o comprimento da membrana basal. Foi encontrada uma correlação significativa entre o estadiamento GOLD (FEV1) e o conteúdo luminal, mas essa correlação foi ainda mais significativa com a espessura brônquica total (e também com os compartimentos epitélio, lâmina própria, músculo liso e adventícia, sem diferenças entre eles). O número de vias aéreas com infiltrados inflamatórios e o número de cada tipo de célula inflamatória aumentou com a gravidade por estádio. No entanto, nos estádios III e IV houve um número muito mais elevado de linfócitos B, CD8 e de folículos linfóides. A análise multivariável revelou que a espessura da parede brônquica foi a que teve a correlação mais forte com a progressão da DPOC. Na discussão são referidos os seguintes aspectos: - a espessura da parede brônquica é a característica patológica mais associada à progressão da doença, seja por um processo de reparação ou de remodelação - o conteúdo luminal (exsudado inflamatório), o nº de PVA inflamadas e o número de células teve uma associação significativa, mas mais fraca, com a progressão da doença e suas características (infiltração de neutrófilos, macrófagos, eosinófilos e linfócitos B e CD4 e CD8) e número de cada grupo celular (e presença de folículos linfóides). A idade média foi de 63 a 67 anos, e 39 doentes estavam no estádio 0 e I, 22 no estádio II, 16 no III e 43 no IV. Em termos de exposição ao tabaco, os doentes tinham entre 40 e 67 UMA, e nos estádios III e IV não havia fumadores activos e tinham cessado há 9 anos. A exposição a corticóides pré-operatório foi â a presença de muco a ocluir as PVA revela que o processo de hipersecreção característico da bronquite crónica também existe nas PVA. Mas dados de outros estudos apontam para que o processo inflamatório possa ser independente nas grandes e nas pequenas vias e para que a progressão da DPOC (FEV1) seja independente da presença de bronquite crónica. â a presença progressivamente aumentada sobretudo de linfócitos B e CD8 (e a associação com folículos linfóides) com a gravidade da doença (estádios III e IV), e não de outros tipos celulares, pode ter a ver com um maior tempo de cessação tabágica e maior exposição a corticóides. Estes aspectos celulares e a presença organizada de folículos linfóides pode estar associada à colonização e infecção bacteriana característica dos graus mais avançados da DPOC. - o aumento da espessura mais superficial à camada muscular (epitelial e sub-epetilial) pode explicar por que é que a presença de hiperreactividade brônquica é um dos melhores preditores do declínio acelerado do FEV1. â a presença aumentada de tecido conjuntivo (fibrose) subepitelial e na adventícia pode contribuir para a obstrução fixa e impedir que as PVA abram adequadamente na inspiração

    Lessons learned from a double-blind randomised placebo-controlled study with a iota-carrageenan nasal spray as medical device in children with acute symptoms of common cold

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    <p>Abstract</p> <p>Background</p> <p>Common cold is caused by a variety of respiratory viruses. The prevalence in children is high, and it potentially contributes to significant morbidity. Iota-carragenan, a polymer derived from red seaweed, has reduced viral load in nasal secretions and alleviated symptoms in adults with common cold.</p> <p>Methods</p> <p>We have assessed the antiviral and therapeutic activity of a nasal spray containing iota-carrageenan in children with acute symptoms of common cold. A cohort of 153 children between 1–18 years (mean age 5 years), displaying acute symptoms of common cold were randomly assigned to treatment with a nasal spray containing iota-carrageenan (0.12%) as verum or 0.9% sodium chloride solution as placebo for seven days. Symptoms of common cold were recorded and the viral load of respiratory viruses in nasal secretions was determined at two consecutive visits.</p> <p>Results</p> <p>The results of the present study showed no significant difference between the iota carrageenan and the placebo group on the mean of TSS between study days 2–7. Secondary endpoints, such as reduced time to clearance of disease (7.6 vs 9.4 days; p = 0.038), reduction of viral load (p = 0.026), and lower incidence of secondary infections with other respiratory viruses (p = 0.046) indicated beneficial effects of iota-carrageenan in this population. The treatment was safe and well tolerated, with less side effects observed in the verum group compared to placebo.</p> <p>Conclusion</p> <p>In this study iota-carrageenan did not alleviate symptoms in children with acute symptoms of common cold, but significantly reduced viral load in nasal secretions that may have important implications for future studies.</p> <p>Trial registration</p> <p>ISRCTN52519535, <url>http://www.controlled-trials.com/ISRCTN52519535/</url></p
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