Variação espacial e temporal na diversidade e composição de espécies de peixes em riachos da bacia do Rio Ivinhema, Alto Rio Paraná

Com o objetivo de descrever o padrão espacial e temporal na diversidade e composição de espécies de peixes em sete riachos da bacia do rio Ivinhema, alto rio Paraná, amostragens mensais foram realizadas entre janeiro e dezembro/2002. Quarenta e seis espécies de peixes foram encontradas, sendo estimada a ocorrência de cinqüenta e cinco espécies nestes riachos. A riqueza de espécies e a equitabilidade não apresentaram variações temporais significativas, contudo, foi constatada variação espacial (entre riachos) significativa. A Análise de Similaridade (ANOSIM) sugere que existe somente variação espacial significativa na composição de espécies. A riqueza de espécies foi significativamente correlacionada com a largura (r = 0,80) e a profundidade do riacho (r = 0,78). A equitabilidade apresentou correlação significativa somente com o número médio de indivíduos coletados (r = -0,91). Apenas a largura dos riachos influenciou significativamente a distribuição das principais espécies de peixes nos riachos amostrados. Algumas espécies como H. marginatus, A. dentatus, M. sanctaefilomenae ocorreram principalmente em riachos mais volumosos e A. fasciatus e B. stramineus ocorreram principalmente em riachos rasos e com elevada velocidade da correnteza, indicando a importância das características hidrológicas na distribuição das espécies. As características físicas dos riachos são mais importantes que as variações temporais na organização das assembléias de peixes dos riachos amostrados

Tropical headwater streams and the role of non-native species on fish assemblage’s diversity

Non-native species cause several impacts on freshwater biodiversity, but studies focusing on the Neotropical stream’s biota are still incipient. We used a data set of 586 headwater stream’s fish assemblages from the Brazilian Upper Paraná ecoregion to test whether the presence/absence of non-native species affect: species richness (S), functional diversity (MPD) and taxonomic diversity (Δ+). We compared diversity patterns of fish assemblages formed only by native species against those of assemblages formed by native and non-native species (Scenario 1); then, we removed non-native species from their original assemblages and recalculated their diversity values to compare them with those of fish assemblages formed only by native species again (Scenario 2). We also investigated: (1) whether non-native’s fish assemblages are associated with land use, topographic and watercourse connectivity variables; (2) fish ecological traits-environment relationship. In Scenario 1, S was higher in assemblages with the presence of non-native species, while in Scenario 2, both S and MPD were higher in assemblages where non-native species were removed. Non-native species were not directly related to land use, topographic or connectivity variables and most of them had a similar response to the environment when compared with native species. Findings show that non-native fish species are related to high-rich assemblages in headwaters, and they increase species richness and the functional redundancy of assemblages, decreasing functional diversity. Moreover, in most cases, native and non-native species seem to respond similarly to the environmental influence on their occurrence