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    Hipertensão arterial sistêmica e morbidade psiquiátrica em ambulatório de hospital terciário Hypertension and psychiatric morbidity: a tertiary care setting experience

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    A hipertensão arterial sistêmica representa um dos principais fatores de risco para as doenças cardiovasculares que são a principal causa de morte em nosso meio. Hipertensos que frequentam hospital terciário apresentam elevada co-morbidade incluindo distúrbios psiquiátricos. O objetivo deste estudo é avaliar a morbidade psiquiátrica em hipertensos graves. Este estudo foi realizado em ambulatório geral de hospital terciário: 41 pacientes (26 mulheres e 15 homens) foram submetidos a consulta médica com aplicação do PRIME-MD, um questionário específico para diagnóstico de alterações psiquiátricas a ser realizado pelo clínico. A frequência de distúrbios psiquiátricos diferiu em homens e mulheres: 63,4% das mulheres na pesquisa apresentavam algum tipo de distúrbio contra 36,6% dos homens (p=0,012). A maior parte dos diagnósticos foi de distúrbios do humor representados pela depressão associada ou não a distúrbios ansiosos. A média de idade dos pacientes com distúrbio psiquiátrico foi 47,1 anos contra 59,3 anos dos pacientes sem distúrbio psiquiátrico (p=0,0049), mostrando a presença dos distúrbios psiquiátricos em pacientes mais jovens. Outros fatores pesquisados, como a pressão arterial sistólica, a pressão arterial diastólica e índice de massa corpórea não apresentaram diferenças em função dos distúrbios psiquiátricos apresentados. Concluímos que há grande co-morbidade psiquiátrica em hipertensos que frequentam ambulatórios de hospital terciário e que esses distúrbios são mais frequentes em mulheres e em pacientes jovens.<br>Arterial hypertension is one of the most important risk factor for cardiovascular disease, the main cause of death in Brazil. Hypertensive patients that have treated in tertiary care hospitals have shown elevated co-morbidity including psychiatric disturbances. Our objective is to study psychiatric co-morbidity among severe hypertensive patients. This study was performed in an out-patient clinic of tertiary medical care setting. Forty-one patients were enrolled in this research (26 women, 15 men). They were submitted to a clinical interview and answering the PRIME-MD, a specific questionnaire for diagnosis of psychiatric disturbances (by a general practitioner). Frequencies of psychiatric disturbances were different in men and women: 63.4% of the women in this study showed some type of psychiatric disturbance versus 36.6% of men (p=0.012). The majority of the diagnosis were mood disturbances, mainly depression associated or not with anxious disturbances. Mean age of psychiatric disturbance patients was 47.1 years versus 59.3 years in the patients without psychiatric disturbances (p=0.0049), showing the presence of psychiatric disturbances in younger patients. Other factors as systolic arterial blood pressure, diastolic arterial blood pressure and body mass index did not show any differences associated with psychiatric disturbance. We conclude that there is a great co-morbidity between high complexity hospitals hypertensive patients and that this type of disturbance is more frequent in women and in younger patients
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