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Interferência da Obesidade no Tratamento Quimioterápico em Mulheres com Câncer de Mama
O câncer de mama ocupa hoje lugar de destaque na literatura científica por apresentar incidência crescente e elevada taxa de mortalidade, principalmente em mulheres ocidentais. A quimioterapia constitui um dos tratamentos factíveis para tal doença, sendo necessária a correta estimativa das doses de fármacos a serem administradas. Existem diversas equações capazes de predizer doses de quimioterapia, cujas bases variam desde o peso atual até a área de superfície corporal. Alguns oncologistas aplicam redução empírica da dose para pacientes obesos, atentando à possível exacerbação da toxicidade, enquanto outros mantêm a oferta de doses plenas. Especula-se que a obesidade possa exercer um papel importante no metabolismo das drogas citotóxicas, podendo influenciar na farmacocinética das mesmas, interferindo no resultado da terapia. Ainda não há consenso a respeito da dose ideal para esses pacientes. Estudos mostram que a presença da obesidade pode interferir direta e/ou indiretamente no tratamento quimioterápico de mulheres com câncer de mama, o que substancia o investimento de novos estudos nesta área em busca de respostas até então não alcançadas
O Papel dos Alimentos Funcionais na Prevenção e Controle do Câncer de Mama
O câncer de mama figura como uma das maiores causas de morbi-mortalidade em todo o mundo e, no Brasil apresenta-se como a neoplasia maligna mais incidente entre mulheres, assim como a principal causa de morte por câncer. Diversos esforços vêm sendo realizados a fim de identificar os determinantes do câncer de mama, assim como os fatores protetores, e a abordagem terapêutica adequada. A literatura sugere que os fatores dietéticos podem contribuir para a carcinogênese mamária, portanto, a progressão e controle desta doença parecem estar relacionados a hábitos alimentares, consumo de gorduras, carnes, produtos lácteos, frutas e vegetais, fibras, fitoestrógenos e outros componentes dietéticos. A importância da dieta na abordagem ao câncer de mama já é reconhecida, entretanto, os componentes alimentares quimiopreventivos necessitam ser mais bem fundamentados. Portanto, este trabalho teve por objetivo investigar, na literatura, o papel dos alimentos funcionais na prevenção e controle deste tipo de neoplasia. A quimioprevenção, por meio dos alimentos funcionais, emerge como um promissor instrumento no controle do câncer de mama, através de prováveis mecanismos de ação anticarcinogênicos, antioxidantes, antiinflamatórios, anti-hormonais, antiangiogênicos, dentre outros, embora as evidências científicas sejam controversas, e fracamente sustentadas por estudos epidemiológicos. Dentre os compostos alimentares estudados por sua ação quimiopreventiva no câncer de mama, os principais são: o ácido linoléico conjugado (CLA), os ácidos graxos poliinsaturados n-3, os fitoquímicos (isoflavonas, lignanas e outros compostos não-nutrientes), vitaminas e minerais. As pesquisas nesta área devem ser estimuladas, uma vez reconhecida a necessidade do esclarecimento sobre os mecanismos de ação destas substâncias alimentares
O PAPEL DA FISIOTERAPIA NO TRATAMENTO DE ARTROSE DE QUADRIL: RELATO DE EXPERIÊNCIA
INTRODUÇÃO: A artrose de quadril, ou osteoartrose de quadril, é uma patologia articular crônica, inflamatória e degenerativa, caracterizada pelo desgaste progressivo da cartilagem articular (cartilagem hialina) seguindo de exposição e lesão do osso subcondral (porção do osso protegida pela cartilagem articular) da articulação do quadril. A degeneração e, consequente, perda da função da cartilagem ocasiona atrito direto entre os ossos da articulação. Por esta porção dos ossos ser altamente inervada, a progressão da doença geralmente vem acompanhada de dores com capacidade de reduzir a funcionalidade e independência do indivíduo. A fisioterapia tem como objetivo aliviar a dor, reduzir o processo inflamatório e promover ganho de amplitude dos movimentos do quadril através de recursos eletrotermofototerapêuticos e técnicas de liberação miofascial e mobilizações articulares. Além disso, o tratamento também busca o ganho de força de músculos responsáveis pela estabilização da articulação do quadril, o que torna a fisioterapia imprescindível na recuperação da funcionalidade do paciente. OBJETIVO: Relatar a experiência com procedimentos cinesioterapêuticos vivenciados por alunos durante a disciplina de Introdução à Prática Fisioterapêutica Ambulatorial, destacando a aplicabilidade e importância da fisioterapia no tratamento de artrose de quadril. METODOLOGIA: Relato sobre as práticas vivenciadas no mês de outubro, no Ambulatório de Traumatologia, Ortopedia e Reumatologia da Clínica Escola de Fisioterapia do Centro Universitário Católica de Quixadá, através da observação dos atendimentos. RESULTADO: Foi possível verificar que a fisioterapia tem um papel importante no que diz respeito a melhora dos sintomas e restauração da função, em pacientes com osteoartrose de quadril. Além disso, outros benefícios como a melhora da capacidade funcional e da qualidade de vida podem ser alcançados por meio da execução de um adequado programa terapêutico. CONCLUSÃO: Conclui-se que as práticas fisioterapêuticas são essenciais para reduzir a dificuldade na realização das atividades diárias e no alívio de dores dos pacientes diagnosticados com artrose de quadril
Polymorphisms in the MBL2 gene are associated with the plasma levels of MBL and the cytokines IL-6 and TNF-α in severe COVID-19
IntroductionMannose-binding lectin (MBL) promotes opsonization, favoring phagocytosis and activation of the complement system in response to different microorganisms, and may influence the synthesis of inflammatory cytokines. This study investigated the association of MBL2 gene polymorphisms with the plasma levels of MBL and inflammatory cytokines in COVID-19.MethodsBlood samples from 385 individuals (208 with acute COVID-19 and 117 post-COVID-19) were subjected to real-time PCR genotyping. Plasma measurements of MBL and cytokines were performed by enzyme-linked immunosorbent assay and flow cytometry, respectively.ResultsThe frequencies of the polymorphic MBL2 genotype (OO) and allele (O) were higher in patients with severe COVID-19 (p< 0.05). The polymorphic genotypes (AO and OO) were associated with lower MBL levels (p< 0.05). IL-6 and TNF-α were higher in patients with low MBL and severe COVID-19 (p< 0.05). No association of polymorphisms, MBL levels, or cytokine levels with long COVID was observed.DiscussionThe results suggest that, besides MBL2 polymorphisms promoting a reduction in MBL levels and therefore in its function, they may also contribute to the development of a more intense inflammatory process responsible for the severity of COVID-19
Indice de massa corporal, padrão de distribuição de gordura corporal e expressão de receptores hormonais em mulheres com carcinoma de mama invasivo
Orientadores: Lucia Helena Simões da Costa Paiva, Luis Otavio Zanatta SarianDissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias MedicasResumo: Objetivo: Avaliar a relação entre parâmetros corporais usados para definir obesidade central, circunferência da cintura (CC) e relação cintura quadril (RCQ), e a expressão de receptores esteróides em mulheres com carcinoma de mama na
pré e pós-menopausa. Métodos: Realizado um estudo seccional com 473 mulheres com doença maligna da mama, estadiamento I a III, tratadas no Instituto Nacional de Câncer, Brasil, em 2004. Dados epidemiológicos e clínicos foram obtidos. Os parâmetros antropométricos usados para definir obesidade foram obtidos na visita de admissão, antes do procedimento cirúrgico, com técnicas recomendadas pela Organização Mundial de Saúde: peso (Kg), altura (cm), circunferência da cintura (cm), Índice de massa corporal (IMC, peso/(altura2)) e relação cintura quadril. A expressão de receptores para estrogênio (RE) e progesterona (RP) foi determinada por imunohistoquimica. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética da Instituição. Comparações de freqüências foram analisadas através do teste exato de Fisher. Razão de prevalência (PrevR) foi calculada para avaliar as diferenças nas prevalências de RH com as categorias para IMC, CC e RCQ. Resultados: A maior parte das mulheres apresentava
sobrepeso (68,9%) e obesidade central (CC > 88cm e RCQ > 0,85 em 64,3% e 73,4%, respectivamente). A maioria (54,1%) apresentou tumores com expressão para RE e RP, sendo 78,6% expressando, pelo menos, um dos RH. Existiu uma
proporção significantemente maior de tumores RE+/RP+ em mulheres na pósmenopausa (p<0,001). BMI (p=0,12), WC (p=0,07) e RCQ (p=0,55) não foram relacionados à expressão de RH em mulheres na pré-menopausa. Em mulheres na pós-menopausa, BMI (p=0,30), WC (p=0,35) e RCQ (p=1,00) também não foram relacionados à expressão de RH. Conclusão: O presente estudo reforça o conceito de que a expressão dos receptores hormonais para tumores mamários é dependente do estado menopausal. CC e RCQ podem não ser bons preditores de expressão de RH em doenças malignas da mama para mulheres na pré e pósmenopausa. Palavras-chave: câncer de mama, obesidade, receptor hormonal, circunferência da cinturaAbstract: Objective: to evaluate the relation between body parameters used to define central obesity -waist circumference (WC) and waist to hip ratio (WRH)- and steroid receptor status in breast carcinomas of pre- and postmenopausal women. Subjects and methods: This is a cross-sectional study on 473 women with breast malignancies stage I-III, treated at the National Cancer Institute, Brazil, in 2004. Clinical and epidemiological data were obtained. The anthropometrics used to define obesity were obtained at the admission visit, before the surgical procedure, with the techniques recommended by the World Health Organization: weight (Kg),
height (cm), the waist and hip circumferences (cm), body mass index (BMI, weight/(height^2)), and the waist to hip ratio. The expression of estrogen (ER) and progesterone (RP) receptors were determined with imunohistochemistry. The institutons¿ ethics review board has approved the study. Frequency comparisons were analyzed with Fisher¿s exact tests. Prevalence ratios (PrevR) were calculated to assess the differences in prevalence for HR within the categories for BMI, WC and WHR. Results: Most women were overweight or obese (68.9%), and had central obesity (WC>=88 and WHR>=0.85 in 64.3 and 73.4%, respectively). The
majority (54.1%) of the women had tumors that expressed ER and PR, being that 78.6% of the sample expressed at least one of the HR. There was a significantly higher proportion of positive RE+/RP+ tumors in postmenopausal women (p < 0.001). BMI (p=0.12), WC (p=0.07) and WHP (p=0.55) were not related to the HR status in premenopausal women. In postmenopausal women, BMI (p=0.30), WC (p=0.35) and WHP (p=1.00) were also not related to the HR status. Conclusions: The present study reinforces the concept that the HR status of breast tumors is dependent upon the menopausal status. WC or WHR may not be good predictors of HR status in breast malignancies of pre- and postmenopausal women. Keywords: breast cancer, obesity, hormonal receptor, waist circumferenceMestradoCiencias BiomedicasMestre em Tocoginecologi
Coinfection of Epstein-Barr virus, cytomegalovirus, herpes simplex virus, human papillomavirus and anal intraepithelial neoplasia in HIV patients in Amazon, Brazil
OBJECTIVE: The prevention of anal cancer is a goal of worldwide Aids support centers. Despite the efforts that have been made and progress in the antiretroviral therapy, effective disease control remains elusive. Difficulty in preventing anal cancer may result from the ineffectiveness of highly active antiretroviral therapy on the human papillomavirus (HPV) since the coinfection with HIV and HPV appears to increase the risk of HPV-infected cells, becoming cancerous. METHODS: We evaluated 69 HIV-positive and 30 HIV-negative male patients who underwent cytological evaluation by RT-PCR for the presence of HPV, Epstein-Barr virus, cytomegalovirus and herpes virus types (HSV) 1 and 2, and histopathology analysis of the anal canal. RESULTS: The prevalence of anal intraepithelial neoplasia was 35% and it was restricted to HIV-positive patients. Patients infected with high-risk HPV and with fewer than 50 TCD4 cells/µL showed an anal intraepithelial neoplasia rate of 85.7% compared to those with TCD4 cells >200 cells/µL (p<0.01). The rate of viral coinfection was 16.9% of the sexual transmitted diseases cases and it was correlated with HIV-1 viral load of more than 10.001 copies/mL (p=0.017). The rate of AIN in coinfected patients was 36.4% (p=0.047). CONCLUSIONS: In this study, at the main institution for the treatment of HIV/AIDS in the Amazon region of Brazil, anal coinfection with HPV, cytomegalovirus, HSV-1, HSV-2 and Epstein-Barr virus occurred only in HIV-positive patients and it was directly influenced by the viral load of HIV-1. In this study, anal viral coinfection showed no additional risk for the development of anal intraepithelial neoplasia.<br>OBJETIVO: A prevenção do câncer anal tem sido aplicada pelos centros de apoio a pacientes com Aids em todo o mundo. Apesar dos esforços empregados, o eficaz controle da doença permanece distante. A dificuldade na prevenção do câncer anal pode resultar, em parte, da ineficácia da ação da terapia antirretroviral sobre o papilomavírus humano (HPV), pois a coinfecção com HIV e HPV parece aumentar o risco das células infectadas pelo HPV em tornarem-se cancerosas. MÉTODOS: Foram avaliados 69 HIV-positivos e 30 pacientes HIV-negativos do sexo masculino, que foram submetidos à avaliação citológica anal por real time-PCR para a presença de HPV, vírus Epstein-Barr, citomegalovírus e herpes vírus tipos (HSV) 1 e 2 além da análise histopatológica de fragmento de mucosa do canal anal. RESULTADOS: A prevalência de neoplasia intraepitelial anal foi de 35% e foi restrita a pacientes HIV-positivos. Os pacientes infectados com o HPV de alto risco e com contagem inferior a 50 células TCD4/µL mostraram taxa de neoplasia intraepitelial anal de 85,7%. A diferença foi significativa quando comparado a pacientes com células TCD4 >200 células/µL (p<0,01). A taxa de coinfecção viral foi de 16,9% dos casos de doenças sexualmente transmissíveis e diretamente correlacionada à carga viral HIV-1 superior a 10,001 cópias/mL (p=0,017). A taxa de neoplasia intraepitelial anal em pacientes coinfectados foi de 36,4% (p=0,047). CONCLUSÕES: Neste estudo, realizado na principal instituição para o tratamento de HIV/Aids na região amazônica do Brasil, a coinfecção anal com HPV, citomegalovírus, HSV-1, HSV-2 e vírus Epstein-Barr ocorreu somente em pacientes HIV-positivos e foi influenciada pela carga viral do HIV-1. Neste estudo, a coinfecção viral anal não representou risco adicional ao desenvolvimento da neoplasia intraepitelial anal
Anal cancer precursor lesions in HIV-positive and HIV-negative patients seen at a tertiary health institution in Brazil Lesões precursoras do câncer anal em pacientes HIV-positivos e HIV-negativos atendidos numa instituição de saúde terciária no Brasil
Purpose: To investigate the prevalence of anal squamous intraepithelial lesions (ASIL) or anal cancer in patients attended at the Tropical Medicine Foundation of Amazonas. Methods: 344 patients consecutively attended at the institution, in 2007/2008, were distributed in the following strata according to presence/abscense of at risk conditions for anal cancer: Group 1 _ HIV-positive men-who-have-sex-with-men (101); Group 2 _ HIV-positive females (49); Group 3 _ patients without any at risk condition for anal cancer (53); Group 4 _ HIV-positive heterosexual men (38); Group 5 _ HIV-negative patients, without anoreceptive sexual habits, but with other at risk conditions for anal cancer (45); Group 6 _ HIV-negative men-who-have-sex-with-men (26); and Group 7 _ HIV-negative anoreceptive females (32). The histopathological results of biopsies guided by high-resolution anoscopy were analyzed by frequentist and bayesian statistics in order to calculate the point-prevalence of ASIL/cancer and observe any eventual preponderance of one group over the other. Results: The point-prevalence of ASIL for all the patients studied was 93/344 (27%), the difference between HIV-positive and negative patients being statistically significant (38.3% versus 13.5%; p < 0.0001). The prevalence of ASIL for each one of the groups studied was: Group 1 = 49.5%, Group 2 = 28.6%, Group 3 = 3.8%, Group 4 = 21.1%, Group 5 = 11.1%, Group 6 = 30.8% and Group 7 = 18.8%. Standard residual analysis demonstrated that ASIL was significantly prevalent in patients of Group 1 and high-grade ASIL in patients of Group 2. The odds for ASIL of Group 1 was significantly higher in comparison to Groups 2, 3, 4, 5 and 7 (p < 0.03). The odds for ASIL of Groups 2, 4 and 6 were significantly higher in comparison to Group 3 (p < 0.03). Conclusions: In the patients studied, ASIL (low and/or high-grade) tended to be significantly more prevalent in HIV-positive patients. Nonetheless, HIV-negative anoreceptive patients also presented great probability to have anal cancer precursor lesions, mainly those of the male gender.<br>Objetivo: Investigar a prevalência de lesões intraepiteliais escamosas anais (ASIL) ou câncer anal em pacientes atendidos na Fundação de Medicina Tropical do Amazonas. Métodos: 344 pacientes consecutivamente atendidos na instituição, em 2007/2008, foram distribuídos nos seguintes estratos conforme a presença/ausência de fatores de risco para o câncer anal: Grupo 1 _ homens-que-fazem-sexo-com-homens HIV-positivos (101); Grupo 2 _ mulheres HIV-positivas (49); Grupo 3 _ pacientes sem condição de risco para o câncer anal (53); Grupo 4 _ homens heterossexuais HIV-positivos (38); Grupo 5 _ pacientes HIV-negativos, sem hábitos sexuais anorreceptivos, mas com outras condições de risco para o câncer anal (45); Grupo 6 _ homens-que-fazem-sexo-com-homens HIV-negativos (26); e Grupo 7 _ mulheres HIV-negativas, com hábitos sexuais anorreceptivos (32). Os resultados histopatológicos das biópsias anais dirigidas pela colposcopia anal foram analisados por meio de estatística frequentista e bayesiana para a determinação da prevalência-ponto de ASIL/câncer e verificar eventual preponderância estatística de um grupo sobre o outro. Resultados: A prevalência-ponto de ASIL para todos os pacientes estudados foi de 93/344 (27%), sendo significativa a diferença entre HIV-positivos e negativos (38,3% versus 13,5%; p < 0,0001). A prevalência de ASIL para cada um dos grupos estudados foi: Grupo 1 = 49,5%, Grupo 2 = 28,6%, Grupo 3 = 3,8%, Grupo 4 = 21,1%, Grupo 5 = 11,1%, Grupo 6 = 30,8% e Grupo 7 = 18,8%. A análise de resíduos demonstrou prevalência significante de ASIL para o Grupo 1 e de ASIL de alto-grau para o Grupo 2. A razão-de-chances do Grupo 1 para ASIL foi significantemente maior em comparação com os Grupos 2, 3, 4, 5 e 7 (p < 0,03). A razão-de-chances para ASIL dos Grupos 2, 4 e 6 foi significantemente maior em comparação com o Grupo 3 (p < 0.03). Conclusões: Nos pacientes estudados, ASIL (baixo e/ou alto-grau) foi significantemente mais prevalente em pacientes HIV-positivos. Entretanto, pacientes HIV-negativos anorreceptivos também apresentaram grande probabilidade de possuir as lesões, especialmente os do gênero masculino
Morphometric analysis of dendritic cells from anal mucosa of HIV-positive patients and the relation to intraepithelial lesions and cancer seen at a tertiary health institution in Brazil Análise morfométrica das células dendríticas da mucosa anal de pacientes HIV-positivos e relação com as lesões intraepiteliais e o câncer numa instituição de saúde terciária no Brasil
PURPOSE: To morphometrically quantify CD1a+ dentritic cells and DC-SIGN+ dendritic cells in HIV-positive patients with anal squamous intraepithelial neoplasia and to evaluate the effects of HIV infection, antiretroviral therapy and HPV infection on epithelial and subepithelial dendritic cells. METHODS: A prospective study was performed to morphometrically analyze the relative volume of the dendritic cells and the relationship between anal intraepithelial neoplasia and cancer in HIV-positive patients from the Tropical Medicine Foundation of Amazonas, Brazil. All patients were submitted to biopsies of anorectal mucosa to perform a classic histopathological and immunohistochemical analysis, employing antibodies against CD1a and DC-SIGN for the morphometric quantification of dendritic cells. RESULTS: HIV-negative patients displayed a CD1a DC density significantly higher than that of HIV-positives patients (3.75 versus 2.54) (p=0.018), and in patients with severe anal intraepithelial neoplasia had correlated between DC CD1a density with levels of CD4 + cells (p: 0.04) as well as the viral load of HIV-1 (p: 0.035). A not significant rise in the median density of CD1a+ DC was observed in the HIV positive/ HAART positive subgroup compared to the HIV positive/ HAART negative subgroup. The CD1a+ DC were also significantly increased in HIV-negative patients with anorectal condyloma (2.33 to 3.53; p=0.05), with an opposite effect in HIV-positive patients. CONCLUSIONS: Our data support an enhancement of the synergistic action caused by HIV-HPV co-infection on the anal epithelium, weakening the DC for its major role in immune surveillance. Notoriously in patients with severe anal intraepithelial neoplasia, the density of CD1a+ epithelial dendritic cells was influenced by the viral load of HIV-1. Our study describes for the first time the density of subepithelial DC-SIGN+ dendritic cells in patients with anal severe anal intraepithelial neoplasia and points to the possibility that a specific therapy for HIV induces the recovery of the density of epithelial DC.<br>OBJETIVO: Quantificar morfometricamente as células dendríticas DC CD1a+ e DC DC-SIGN+ em pacientes HIV positivos portadores de neoplasia escamosa intraepitelial anal e avaliar os efeitos da infecção pelo HIV, da terapia antirretroviral e da infecção pelo HPV sobre as células dendríticas epiteliais e subepiteliais. MÉTODOS: Um estudo prospectivo foi realizado para analisar morfometricamente o volume relativo das células dendríticas e as relações entre neoplasia intraepitelial anal e o câncer em pacientes HIV positivos da Fundação de Medicina Tropical do Amazonas, Brasil.Todos os pacientes foram submetidos a biópsia da mucosa retal para realizar uma análise clássica histopatológica e imunohistoquímica utilizando anticorpos contra anti-CD1a e anti-DC-SIGN, para a quantificação morfométrica das células dendríticas. RESULTADOS: Os pacientes HIV negativos apresentaram densidade das DC CD1a+ significativamente maior do que a dos pacientes HIV positivos (3,75 versus 2,54) (p:0,018), e os pacientes com severa apresentaram correlação das DC CD1a com os níveis de células TCD4(p:0,04) assim como a carga viral do HIV-1 (p:0,035). Observamos no subgrupo HIV-positivo/HAART positivo elevação não significativa na mediana da densidade das DC CD1a+ em relação ao grupo HIV-positivo/HAART negativo. As DC CD1a+ também se elevaram nos pacientes HIV negativo portadores de condiloma anorretal(2,33 para 3,53; p:0,05), com efeito inverso nos pacientes HIV positivos. CONCLUSÕES: Nossos dados confirmam a potencialização da ação sinérgica representada pela coinfecção HIV-HPV sobre o epitélio anal, fragilizando as DC em sua função primordial de vigilância imune. Notoriamente nos pacientes com neoplasia intraepithelial anal grave, a densidade das DC CD1a+ epiteliais sofreu influência da carga viral do HIV-1. Nosso estudo descreveu pela primeira vez a densidade das DC subepiteliais DC-SIGN+ em pacientes com neoplasia intraepithelial anal severa e apontamos para a possibilidade de que a terapia específica para o HIV induza a recuperação da densidade das DC epiteliais