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    AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA EM PACIENTES COM SÍNDROME PÓS-COVID-19 ATENDIDOS EM UM AMBULATÓRIO DE REFERÊNCIA EM BELÉM-PA

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    Introdução/Objetivo: Pesquisas relacionadas às condições clínicas pós-COVID-19 vem sendo realizadas para avaliar o impacto da infecção pelo SARS-CoV-2, após a fase ativa da doença. A associação complexa de sintomas cognitivos, psicológicos e motores, cujos sintomas e anormalidades persistem além de 12 semanas do início da infecção aguda, foi denominado de Síndrome Pós-COVID-19, podendo interferir diretamente na qualidade de vida e funcionalidade desses indivíduos. O objetivo desse estudo é avaliar a qualidade de vida em pacientes com Síndrome Pós-COVID-19 na região metropolitana de Belém. Métodos: Estudo realizado em pacientes com Síndrome Pós-COVID-19, residentes na região metropolitana de Belém, atendidos no Núcleo de Medicina Tropical da Universidade Federal do Pará, no período de fevereiro de 2022 a junho de 2023. Todos os participantes responderam a dois questionários internacionais relacionados à qualidade de vida e validados para o Brasil. Primeiramente responderam ao questionário Europeu de Qualidade de Vida, em cinco dimensões e cinco níveis (EQ5D5L) e posteriormente a Escala de Dispnéia-Medical Research Council-Modificada (MRC). Todos os dados foram tabulados e analisados com o Microsoft Excel 2019. Resultados: Foram avaliados 111 pacientes, sendo 80,18% do sexo feminino, 88,9% tinham mais de 45 anos. O EQ 5D-5L evidenciou melhor qualidade de vida nas dimensões cuidados pessoais (82,8%) e mobilidade (64,9%), em contrapartida, os piores índices foram identificados em dor/mal-estar e ansiedade/depressão. Apresentaram limitações leves (17,11%), moderadas (28,82%) e graves (8,1%) para realização de atividades habituais. Em relação a MRC, 49 pacientes apresentaram dispneia grau 1, 14 com grau 2 e 8 indivíduos com grau 3. Entre os sintomas clínicos relatados, dores articulares foi o mais prevalente (26,12%), seguido de ansiedade (18,9%), perda de memória (17,11%), queda de cabelo (14,41%) e dispneia (12,6%). Conclusão: Notou-se um agravamento da qualidade de vida, evidenciando maior vulnerabilidade a quadros de dor/mal-estar, ansiedade/depressão e dispneia grave. O que pode dificultar a realização das atividades diárias, desempenho profissional e interações sociais. Esses achados corroboram para futuras melhorias na cobertura e assistência a esses pacientes, que através de acompanhamento multidisciplinar e tratamentos adequados poderão retornar as suas atividades funcionais diárias

    ANÁLISE DO PERFIL METABÓLICO E ESTADO NUTRICIONAL DE PACIENTES COM SÍNDROME PÓS-COVID-19 ATENDIDOS EM UMA UNIDADE DE REFERÊNCIA NA AMAZÔNIA BRASILEIRA

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    Introdução/Objetivo: A Síndrome pós-COVID-19 trata-se de uma doença complexa com sintomas heterogêneos que podem persistir ou aparecer após a fase aguda da infecção. Entre as alterações induzidas nessa síndrome, está a disfunção metabólica, evidenciada através do desiquilíbrio de alguns parâmetros laboratoriais como marcadores lipídicos e glicêmicos. Tais alterações podem contribuir para o agravo no estado nutricional, colaborando com a comprometimento da qualidade de vida desses indivíduos. Dessa forma, o objetivo desse trabalho é analisar o estado nutricional e alteração metabólica em pacientes com Síndrome pós-COVID-19. Métodos: O estudo foi constituído por adultos, atendidos no Núcleo de Medicina Tropical da Universidade Federal do Pará, residentes na região metropolitana de Belém, que tenha tido COVID-19 diagnosticada por um teste laboratorial positivo e que estivessem a 30 dias ou mais tempo recuperados após a fase ativa da doença. A coleta de dados foi realizada no período de março de 2022 a abril de 2023, com aplicação de questionário sociodemográfico estruturado com questões relacionadas a saúde, realização de exame bioquímico contemplando as concentrações lipídicas, glicemia de jejum e investigação do estado nutricional. Para as análises dos dados coletados utilizou-se o Excel 2010 para estatística descritiva. Resultados: A população de estudo totalizou 156 pacientes, a faixa etária mais recorrente foi de 50 a 59 anos (34%), a população foi predominantemente composta pelo sexo feminino (82%), em que houve a maior frequência de indivíduos com ensino médio completo (40%) e renda prevalente foi de 1 a 2 salários-mínimos (44%). Referente ao estado nutricional o índice de massa corporal predominante foi o de pacientes com excesso de peso (72%). Em relação a razão cintura-estatura (82%) dos pacientes obtiveram risco aumentado para doenças cardiometabólicas. Quanto aos exames bioquímicos foi observado níveis aumentados de glicemia (66%) e de triglicerídeos (51%) entre os participantes do estudo. Conclusão: Muitos pacientes mesmo após a cura da COVID-19 continuaram a apresentar anormalidade no perfil metabólico, como alteração glicídica, lipídicas e excesso de peso, o que dificulta a reabilitação desses indivíduos. Assim, tais achados reforçam a importância de um acompanhamento nutricional e endócrino nos pacientes após a cura da COVID-19, com intuito de controlar, reverter essas alterações e contribuir para melhora na qualidade de vida

    QUANTIFICAÇÃO DO ÍNDICE DE ANTICORPOS IGG CONTRA SARS-COV-2 VERSUS DOSES DE VACINAÇÃO EM PACIENTES COM SÍNDROME PÓS-COVID-19, ATENDIDOS EM UMA UNIDADE DE REFERÊNCIA NA REGIÃO METROPOLITANA DE BELÉM, PARÁ, NORTE DO BRASIL

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    Introdução/Objetivo: A duração da imunidade pós-infecção pelo SARS-CoV-2 e pós-vacinação permanece uma questão não completamente esclarecida. A presença de anticorpos, assim como a sua quantidade e funcionalidade, tem grande influência no controle da infecção viral no hospedeiro, podendo diminuir o curso, a sintomatologia e as sequelas da doença. Desta forma, este trabalho tem como objetivo avaliar a resposta de anticorpos SARS-CoV-2 específicos em pacientes com Síndrome Pós-COVID-19. Métodos: Participaram do estudo 200 pacientes diagnosticados com Síndrome Pós-COVID-19 atendidos no Núcleo de Medicina Tropical da UFPA, no período de dezembro de 2021 a junho de 2022. Esses foram agrupados conforme o número de vacinas que haviam recebidos. Para pesquisa e quantificação dos anticorpos IgG SPIKE e proteína do nucleocapsídio (N) do SARS-CoV-2, foi realizado ensaio imunoenzimático (Vircell, Microbiologists, Espanha). Para análise estatística foi utilizado o teste ANOVA e a inferência estatística foi realizada no software GraphPad Prism 6.0. Resultados: Em relação à imunização, entre os 200 pacientes, apenas 2 (1%) não foram imunizados com nenhuma dose da vacina contra a COVID-19, 3 (1,5%) dos pacientes receberam a 1ª dose da vacina, 54 (27%) receberam a 2ª dose do imunizante, enquanto 130 (65%) receberam o reforço com a 3ª dose e apenas 11 (5,5%) receberam o reforço da 4ª dose. Quanto a presença de anticorpos IgG para SARS-CoV-2, todos os 200 participantes apresentaram. Houve diferença estatística significativa no índice de anticorpos segundo o número de doses tomadas (p = 0.0122), onde os não vacinados, apresentaram média de índice de anticorpos de 18,5 UI/mL, os que tomaram somente uma dose do imunizante, a média de anticorpos foi de 26,8 UI/mL. Os que tomaram duas doses da vacina, a média de anticorpos foi de 31,83 UI/mL. Os participantes que receberam a 3ª dose a média de anticorpos foi de 32,3 UI/mL. Enquanto os que receberam a 4ª dose, a média de anticorpos foi de 32,5 UI/mL. Conclusão: Os achados quanto a prevalência de anticorpos IgG, mostram que todos os 200 pacientes do estudo produziram anticorpos IgG, e a média do índice de anticorpos aumentou após esquema vacinal contra COVID-19 da 1ª e 2ª dose, e partir da 3ª e 4ª dose (reforços) a quantidade de anticorpos se estabilizou, supondo, que possivelmente não tenha havido redução nos níveis desses anticorpos devido a renovação das doses de vacina recebidas
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