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    Caracterização epidemiológica da leptospirose suína em criações não tecnificadas do semiárido brasileiro

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    RESUMO: Este estudo foi realizado em suínos do município de Mossoró, Rio Grande do Norte, com o objetivo de caracterizar epidemiologicamente a leptospirose suína em criações não tecnificadas do semiárido brasileiro. Para isso, foi realizado diagnóstico sorológico da infecção pela técnica de soroaglutinação microscópica (SAM), sendo as amostras submetidas a uma coleção de 24 variantes de leptospira, e foram obtidas informações, por meio de visitas às criações e entrevistas com os proprietários, abordando variáveis referentes a criador, características gerais da propriedade, manejo produtivo, reprodutivo e sanitário, com o propósito de realizar análise de fatores de risco. Obteve-se uma prevalência de 78,6% (324/412) de suínos soropositivos. As amostras foram positivas para 15 sorovares, com predominância do sorovar Icterohaemorrhagiae, seguido do Pomona, Shermani e Tarassovi. Os animais foram positivos a até oito sorovares. Os títulos variaram de 100 a 12.800, sendo as maiores titulações contra o sorovar Pomona. Em todas as 20 propriedades trabalhadas (100%) existiam animais reagentes, e a prevalência da infecção em cada propriedade variou de 25% a 100%. Os fatores de risco que estavam associados à leptospirose foram o sistema de confinamento dos animais e o saneamento ruim das instalações de criação. O uso de água tratada na dessedentação dos animais se mostrou fator de proteção. Os resultados mostraram que a Leptospira spp. encontrava-se bastante disseminada nas criações de suínos de Mossoró, com grande variação de sorovares circulantes, representando um problema na produção animal e riscos para a saúde pública

    Parasitos gastrintestinais em caprinos no município de Quixadá, Ceará

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    RESUMO: O objetivo desse trabalho foi avaliar a ocorrência dos principais parasitos gastrintestinais que acometem caprinos adultos e jovens do município de Quixadá-Ceará durante a época seca e chuvosa, além de identificar e quantificar as espécies de Eimeria presentes no rebanho. Foram utilizados 654 animais, sendo 334 animais no período seco, dos quais eram 149 matrizes e 185 crias e 320 animais no período chuvoso, sendo 106 matrizes e 214 crias, independente de padrão racial e sistema de criação. As coletas foram realizadas nos meses de novembro e dezembro de 2012 e maio de 2013 no município de Quixadá-Ceará e encaminhadas ao Laboratório de Parasitologia da Embrapa Caprinos e Ovinos na cidade de Sobral-Ceará. Foram coletadas fezes para contagem do número de ovos por gramas de fezes (OPG), contagem de Oocistos por gramas de fezes (OOPG), coprocultura e identificação das espécies de Eimeria com base na morfometria. As matrizes apresentaram maiores médias de ovos do tipo Strongyloidea (372,03) e Strongyloides (8,45) no período seco e no período chuvoso apresentaram maiores médias apenas para Strongyloidea (502,85). O inverso aconteceu com o OOPG, onde as crias apresentaram maiores médias no período seco (9387,41) e no chuvoso (9630,37). O gênero de nematódeo mais frequente na coprocultura foi o Trichostrongylus sp. (63,67%) no período seco e o Haemonchus sp. no chuvoso (66,67%). Em 100% dos rebanhos, foram encontrados oocistos de Eimeria, com 81% dos animais infectados. A ocorrência da eimeriose nas categorias jovens e adultas foi de 64,3% e 83,2% no período seco e de 87,4% e 92,4% no período chuvoso. As espécies identificadas foram: Eimeria alijevi, E. apsheronica, E. arloingi, E. caprina, E. caprovina, E. christenseni, E. hirci, E. jolchijevi e E. ninakohlyakimovae. Nas crias a E. alijevi foi a mais freqüente no período seco e a E. ninakohlyakimovae no chuvoso. Já nas matrizes a espécie E. alijevi apresentou a maior frequência em ambos os períodos. Nos rebanhos estudados foi evidenciado a presença de ovos de nematódeos gastrointestinais e oocistos de Eimeria spp. independente da categoria animal

    Brazilian Flora 2020: Leveraging the power of a collaborative scientific network

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    International audienceThe shortage of reliable primary taxonomic data limits the description of biological taxa and the understanding of biodiversity patterns and processes, complicating biogeographical, ecological, and evolutionary studies. This deficit creates a significant taxonomic impediment to biodiversity research and conservation planning. The taxonomic impediment and the biodiversity crisis are widely recognized, highlighting the urgent need for reliable taxonomic data. Over the past decade, numerous countries worldwide have devoted considerable effort to Target 1 of the Global Strategy for Plant Conservation (GSPC), which called for the preparation of a working list of all known plant species by 2010 and an online world Flora by 2020. Brazil is a megadiverse country, home to more of the world's known plant species than any other country. Despite that, Flora Brasiliensis, concluded in 1906, was the last comprehensive treatment of the Brazilian flora. The lack of accurate estimates of the number of species of algae, fungi, and plants occurring in Brazil contributes to the prevailing taxonomic impediment and delays progress towards the GSPC targets. Over the past 12 years, a legion of taxonomists motivated to meet Target 1 of the GSPC, worked together to gather and integrate knowledge on the algal, plant, and fungal diversity of Brazil. Overall, a team of about 980 taxonomists joined efforts in a highly collaborative project that used cybertaxonomy to prepare an updated Flora of Brazil, showing the power of scientific collaboration to reach ambitious goals. This paper presents an overview of the Brazilian Flora 2020 and provides taxonomic and spatial updates on the algae, fungi, and plants found in one of the world's most biodiverse countries. We further identify collection gaps and summarize future goals that extend beyond 2020. Our results show that Brazil is home to 46,975 native species of algae, fungi, and plants, of which 19,669 are endemic to the country. The data compiled to date suggests that the Atlantic Rainforest might be the most diverse Brazilian domain for all plant groups except gymnosperms, which are most diverse in the Amazon. However, scientific knowledge of Brazilian diversity is still unequally distributed, with the Atlantic Rainforest and the Cerrado being the most intensively sampled and studied biomes in the country. In times of “scientific reductionism”, with botanical and mycological sciences suffering pervasive depreciation in recent decades, the first online Flora of Brazil 2020 significantly enhanced the quality and quantity of taxonomic data available for algae, fungi, and plants from Brazil. This project also made all the information freely available online, providing a firm foundation for future research and for the management, conservation, and sustainable use of the Brazilian funga and flora
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