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    Transtorno mental comum nos estudantes de medicina da Faculdade de Medicina de Botucatu-UNESP: uma análise longitudinal

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    Aim: Estimate the prevalence of common mental disorders among Botucatu Medical School's students on the first (2006) and last year (2011) of the medical course, and analyze its association with the explanatory variables. Methods: Longitudinal study based on a sample of Botucatu Medical School's students using a self-administered questionnaire answered in two moments of the medical course (2006 and 2011). Social-demographic characteristics, social support and common mental disorder were investigated. The dependent variable was the increasing score on the Self- Reporting Questionnaire (SRQ) when compared 2006 and 2011 data, analyzing its association with the exposure variables. On the multivariate analyses, it was built a Stepwise Logistic Regression model and p<0,05 was adopted to reject the nullity hypothesis. Results: In a class of 90 students, about 67.8% of the medical students have participated in the two moments. Among these, 31,2% (CI 95%: 19,2-43,1) achieved score level to common mental disorders on the beginning of the course and 37,7% (IC 95%: 25,2- 50,2) on the last year; nevertheless there was no significant difference between the two moments. On the multivariate analyses, adjusted for age, sex and 'considering giving up the medical course', those having a higher score on interaction-support scale in 2006 remain linked to a lower chance of rising on the SRQ score along the course (OR=0,84; CI 95% 0,72-0,99). Conclusion: Interactionsupport in 2006 demonstrated to be a protection factor related to the increasing SRQ score along the medical course. Considering the high prevalence of common mental disorder among the medical students, it is necessary more longitudinal and qualitative studies to increase the comprehension of the risk and protection factors associated with the mental illness of this population. The Medical School must pay attention to the undergraduate's mental health and promote changes through psychological ...Objetivos: Estimar a prevalência de transtorno mental comum (TMC) entre os estudantes de medicina da Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB) no primeiro (2006) e sexto (2011) anos do curso e analisar a associação com variáveis explanatórias. Método: Estudo longitudinal, realizado a partir de uma amostra de estudantes do curso de medicina da FMB em dois momentos, 2006 (1º. ano) e 2011(6º. ano). Foi utilizado questionário para autopreenchimento, investigando características sociodemográficas, apoio social e sofrimento psíquico. Foi estabelecido como desfecho o aumento do escore obtido no SRQ, quando comparado o ano de ingresso e o sexto ano, estudando-se sua associação com as variáveis de exposição. Para a análise multivariada, foi construído um modelo de Regressão Logística Stepwise tipo retrógrado e adotou-se o nível de significância estatística de 5% para rejeição da hipótese de nulidade. Resultados: Dos 90 estudantes que compõem a turma de alunos, 67,8% participou nos dois momentos (n=61). Dentre estes, 31,2% (IC 95%: 19,2-43,1) pontuou para TMC no início do curso e 37,7% (IC 95%: 25,2- 50,2) ao final do curso, não havendo diferença significativa entre os dois períodos. Na análise multivariada ajustada para idade, sexo e pensar em abandonar o curso; ter maiores pontuações na escala de apoio interação em 2006 se manteve associado à redução da chance de aumento nos escores no SRQ ao longo do curso (OR= 0,84, IC 95%: 0,72-0,99). Conclusões: Apoio interação em 2006 constitui-se um fator de proteção contra o aumento dos escores no SRQ ao longo do curso médico. Tendo em vista a alta prevalência de TMC entre os estudantes de medicina, faz-se necessário mais estudos longitudinais e qualitativos a fim de ampliar a compreensão dos fatores de risco e proteção associados ao adoecimento psíquico desta população. A Escola Médica deve estar atenta à saúde mental dos alunos por promover estratégias de ..

    Ser médico no PSF: formação acadêmica, perspectivas e trabalho cotidiano

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    Este trabalho investiga a formação acadêmica e a motivação de médicos do Programa de Saúde da Família (PSF) para atuarem na área e as vivências adquiridas. Trata-se de estudo exploratório, descritivo e qualitativo. As categorias de análise foram: carência de formação em atenção básica na escola médica e início da carreira; trabalho cotidiano do médico; visita domiciliar; relação multiprofissional na equipe; trabalho médico - realização profissional, rotatividade e falta de perspectivas; compreensão da população acerca do PSF. Os profissionais optaram pelo PSF por motivações pessoais, havendo pouco destaque e preparação para a atividade na graduação. Foi mencionada a importância dos agentes comunitários, do trabalho em grupos e das visitas domiciliares, apesar de alguns referirem impossibilidade de efetuar os dois últimos itens. Há insatisfação profissional devido a sobrecarga de trabalho, dificuldades no relacionamento multiprofissional, falta de retorno financeiro e de reconhecimento de outros profissionais e da população. Foram apontados falta de apoio e vontade política necessários ao êxito do programa. A pesquisa permitiu identificar falta de articulação entre escola médica e gestão municipal na formação de profissionais para atuação no PSF

    Formando grupos no internato: critérios de escolha, satisfação e sofrimento psíquico

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    OBJETIVO: Descrever os critérios para formação de grupos no internato e a avaliação que os alunos fazem do relacionamento grupal, analisando as variáveis associadas. MÉTODO: Trata-se de um estudo transversal, que utilizou questionário autopreenchido, com perguntas sobre dados sociodemográficos, autoavaliação do desempenho escolar, critérios para formação e satisfação com grupo de internato. Sofrimento psíquico foi avaliado a partir do Self Report Questionnaire. Utilizou-se o teste do qui-quadrado e regressão logística para análise multivariada. RESULTADOS:A taxa de resposta no internato foi de mais de 90%. A maioria dos alunos utilizou critérios ligados à rede social (82,6%) e predominaram sujeitos satisfeitos com seu grupo (81,2%). Após análise multivariada, apenas autoavaliação do desempenho escolar "boa ou ótima" e critérios de escolha relacionados à rede de apoio se mantiveram associados à satisfação com o grupo. CONCLUSÕES: Apesar de ser um estágio da formação profissional, os alunos se escolheram por questões ligadas à rede social. Sendo uma profissão na qual o trabalho em equipe é inerente, deveriam ser criadas estratégias durante o curso médico para elaborar as dificuldades de relacionamento grupal entre alunos de Medicina

    Quem "liga" para o psiquismo na escola médica?A experiência da Liga de Saúde Mental da FMB - Unesp

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    A importância da saúde mental nas práticas em saúde fez surgir nas escolas médicas a demanda por uma capacitação aprimorada dos graduandos nessa área. Este artigo tem como principal objetivo descrever a experiência da Liga Acadêmica de Saúde Mental (LISM) da Faculdade de Medicina de Botucatu - Unesp como atividade de ensino extracurricular. Relatam-se sua formação, objetivos, dificuldades iniciais, composição, modo de funcionamento e principais atividades desenvolvidas desde 2004. Acredita-se que a LISM tem tido êxito em complementar a formação médica nessa área, pois atua na prevenção e promoção da saúde, incluindo atividades voltadas à saúde mental dos estudantes. Discute-se também criticamente a atuação das Ligas de Saúde Mental nas escolas médicas, incluindo alguns riscos, como o de favorecer a especialização precoce em Psiquiatria, de aumentar a falsa dicotomia entre saúde física e mental ou simplesmente reproduzir atividades acadêmicas oficiais. Tais atividades extracurriculares não devem desmobilizar a comunidade acadêmica na luta pela valorização, integração e inserção sistemática e longitudinal de temas de saúde mental no currículo oficial dos cursos de graduação, indispensáveis à adequada formação dos médicos generalistas
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