1 research outputs found

    Doença inflamatória intestinal

    Get PDF
    A designação de Doença Inflamatória Intestinal (DII) aplica-se essencialmente á doença inflamatória crónica intestinal idiopática, uma vez que existem outros contextos inflamatórios, nomeadamente infecciosos que não são abrangidos por esta entidade clínica. A DII inclui a Doença de Chron (DC) a Colite Ulcerosa (CU) e também a Colite Indeterminada, as quais em virtude de apresentarem aspectos epidemiológicos, genéticos, imunológicos, clínicos e terapêuticos comuns, são englobadas na mesma doença. A causa exacta desta doença contínua desconhecida, embora os avanços que se têm verificado nos últimos anos nos meios de investigação sugiram uma hipótese para o desenvolvimento desta doença. O facto de se tratar de uma doença cuja incidência tem vindo a aumentar, na qual ainda há muitos enigmas por resolver e com a qual contactei diversas vezes no decorrer da minha licenciatura, despertou o meu interesse para fazer sobre este tema a minha dissertação de mestrado. Para tal realizei uma revisão bibliográfica de artigos e livros publicados até 20 de Março de 2008. Os dados estatísticos demonstram um aumento acentuado da incidência da doença nos países do hemisfério sul, embora continue a ser mais prevalente nos países do hemisfério norte e nos estratos sócio económicos mais altos. O tabaco tem sido associado ao desenvolvimento de CU. Os estudos sobre outros factores como apendicectomia, contraceptivos orais e dieta, ainda não são totalmente conclusivos, pelo que se aguardam estudos futuros nesta área. Nos últimos anos têm havido avanços nos meios complementares de diagnóstico o que veio facilitar o dignóstico e o seguinto dos doentes com DII. Dado o risco que os doentes com DII têm para o desenvolvimento de neoplasias, nos últimos anos foram definidos programas de vigilância e iniciouse a sua aplicação. Também nos últimos anos a introdução de novas terapêuticas como o budesonido, o infliximab e seus novos análogos permitiram melhorar significativamente a qualidade de vida dos doentes com DII e diminuir os efeitos sistémicos de certas terapêuticas como é o caso do budesonido, quando comparados com os corticoides usados anteriormente
    corecore