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    A bastardia como elemento de construção identitária em "Le Nez qui voque" de Réjean Ducharme

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    Réjean Ducharme escreveu Le nez qui voque em plena Revolução Tranquila. A década 1960-1970 foi pontuada por grandes mudanças nos domínios social, político, econômico e cultural. « Cette ère d'effervescence a renversé de manière pacifique l'ordre établi»1 (JEAN CHAREST), é uma época de ruptura com o passado, de modernização das instituições. A Revolução Tranquila inaugurou uma nova consciência identitária, foi um período enriquecedor para poetas, artistas, criadores e escritores. Le nez qui voque exprime esta ruptura e modernidade, ambos traduzidos pelas ideias, temas abordados e pela linguagem ducharmiana. A obra traduz a vontade de renovar as formas, de inventar, desmistificar o passado clássico francês e deste modo romper com a França. Tais ideias, reflexos da Revolução Tranquila, ajudaram os franco-canadenses originários do Quebec a se identificar como quebequenses e rejeitar « la mère patrie nourricière » e suas « traditions, normes et modèles » (BOUCHARD apud VIANNA NETO, 2012). À partir desta nova consciência coletiva « [...] l'identité de la petite collectivité francophone d'Amérique du Nord isolée dans un mer anglophone. La langue, le passé, la lutte pour la survie ont constitué des poinsts de référence communs » (MATHIEU et LACOURSIERE, 1991, p.1)

    A alteridade em O sol se põe em São Paulo, de Bernardo Carvalho

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    Em O sol se põe em São Paulo, a escrita promove um exercício de alteridade, possibilita o contato com o outro e a consciência de si. O narrador, que recebeu a incumbência de narrar uma história que não lhe pertence, passa a refletir sobre seu próprio passado e identidade. Através do exercício narrativo, sua fratura linguística e cultural se expande, visto que, percebe em si a ausência de identificação com o repertório cultural que faz parte de suas origens. A partir desse espaço, de onde relata a origem do outro, sua consciência de não pertencimento é reforçada, o que intensifica sua angústia existencial. O esfacelamento do vínculo com as origens faz com que se eleja a instabilidade, a fragmentação, a hibridização e o jogo entre o ser e o parecer, como elementos constituintes de sua identidade. Logo, o narrador percebe que sua representação identitária, assim como a de tantos outros, se realiza através da narrativa do indivíduo em trânsito, do ser movente, da identidade em construção

    L'ancrage de la singularité québécoise sur le sol américain

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    Nesta Dissertação discutem-se questões sobre a formação da identidade cultural do Quebec a partir da figura do bastardo na obra Le nez qui voque do escritor quebequense Réjean Ducharme. Quando do evento da Revolução Tranquila, período de ruptura com a tradição e de grandes mudanças no Quebec, os canadenses-franceses sentiram um desejo imperioso de reivindicar uma identidade própria sem ligação com os antigos paradigmas. Nesse sentido, a figura do bastardo é utilizada por Ducharme como metáfora para referência ao processo de desconstrução da herança europeia, como crítica à perpetuação do modelo da ex-metrópole francesa e da nova metrópole representada pelos Estados Unidos da América do Norte. A figura do bastardo, graças à introjeção da condição de bastardia e à desconstrução de paradigmas, permite uma refundação identitária, o que legitima a ancoragem no solo americano da singularidade quebequense, portanto a inscrição da americanidade do Quebec no continente Americano. Contra a ligação alienante egressa de modelos que não representam a realidade do sujeito quebequense, Ducharme propõe a afirmação da identidade quebequense, a recusa do pater francês, da anterioridade cultural francesa, bem como do modelo cultural estadunidenseDans ce mémoire on discute des questions sur la formation de l'identité culturelle du Québec à partir de la figure du bâtard dans l'oeuvre Le nez qui voque de l'écrivain québécois Réjean Ducharme. Lors de l'avènement de la Révolution Tranquille, période de rupture avec la tradition et de grands changements au Québec, les canadiens-français ont ressenti un besoin impérieux de revendiquer une identité propre, sans lien avec les anciens paradigmes. Dans ce sens, la figure du bâtard est utilisée par Ducharme comme métaphore pour faire référence au processus de déconstruction de l'héritage européen, comme critique à la perpétuation d'un paradigme culturel et identitaire calqué sur la reproduction du modèle de l'ex-métropole française et de la nouvelle métropole représentée par les États-Unis de l’Amérique du Nord. La figure du bâtard, grâce à l’introjection de la condition de bâtardise et à la déconstruction de paradigmes, permet une refondation identitaire, ce qui légitime l'ancrage sur le sol américain de la singularité québécoise, donc l'inscription de l'américanité du Québec sur le continent Américain. Contre le lien aliénant issu de modèles qui ne représentent pas la réalité du sujet québécois, Ducharme propose l'affirmation de l'altérité québécoise, le refus du pater français, de l'antériorité culturelle française et du modèle culturel étasunie

    O direito fundamental ao trabalho decente sob a ótica da erradicação do trabalho infantil e proteção do adolescente.

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    O texto aborda o trabalho decente como direito fundamental, com ênfase na situação juvenil, na medida em que pontua a necessidade de erradicação do trabalho infantil como forma de alcança-lo, aliado à medidas de proteção dos adolescentes no mercado de trabalho.The issue of child labor is a matter of concern worldwide, especially in view of its harmful consequences, particularly as regards the perpetuation of the cycle of poverty and school drop-out
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