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    Funcionalidades ambientais de solos altomontanos na Serra da Igreja, Paraná.

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    Apesar de ainda existirem ecossistemas altomontanos no Paraná em excelente estado de conservação, iminentes ameaças antrópicas e a fragilidade desses ambientes têm sido motivos de preocupação. Este trabalho teve os seguintes objetivos: caracterizar solos de área representativa dos campos e florestas altomontanas ocorrentes na Serra da Igreja; apontar quais os possíveis fatores pedológicos que resultam nessas diferentes fitotipias; e caracterizar algumas das suas funcionalidades ambientais (estoque de C e de água). Os principais solos encontrados nos campos foram Organossolos Fólicos fíbricos/sápricos (líticos e típicos) e Organossolos Háplicos fíbricos/sápricos (típicos e térricos) e, nas florestas altomontanas, Gleissolos Háplicos alíticos típicos. Ambas as classes são de solos distróficos, extremamente ácidos, com alta saturação por Al trocável e altos teores de C orgânico total. A distribuição das florestas altomontanas está fortemente controlada por vales e colos de cumeeiras, os quais estão sujeitos a processos morfogenéticos que resultam em solos com horizontes minerais. Já os campos estão estabelecidos em topos, onde processos pedogenéticos promoveram espessamento de horizontes hísticos, os quais, em função de suas características intrínsecas, aliadas aos fortes ventos, parecem conter com sucesso o avanço da floresta sobre o campo. Os estoques de C por unidade de área nos solos dos campos são superiores aos dos solos das florestas altomontanas, sendo ambos considerados altos quando comparados aos dados de outros ecossistemas, sendo duas a três vezes maiores do que os encontrados em solos de ecossistemas de altitudes mais baixas na mesma latitude. Também foi constatada alta capacidade de retenção hídrica devido à porosidade total verificada nos horizontes hísticos, os quais têm o potencial de reter em média 12 vezes seu volume em água

    The late holocene upper montane cloud forest and high altitude grassland mosaic in the Serra da Igreja, Southern Brazil.

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    Many soils of the highlands of Serra do Mar, as in other mountain ranges, have thick histic horizons that preserve high amounts of carbon. However, the age and constitution of the organic matter of these soils remain doubtful, with possible late Pleistocene or Holocene ages. This study was conducted in three profi les (two in grassland and one in forest) in Serra da Igreja highlands in the state of Paraná. We performed ?13C isotope analysis of organic matter in soil horizons to detect whether C3 or C4 plants dominated the past communities and 14C dating of the humin fraction to obtain the age of the studied horizons. C3 plants seem to have dominated the mountain ridges of Serra da Igreja since at least 3,000 years BP. Even though the Serra da Igreja may represents a landscape of high altitude grasslands in soils containing organic matter from the late Pleistocene, as reported elsewhere in Southern and Southeastern Brazil, our results indicate that the sites studied are at least from the beginning of the Late Holocene, when conditions of high moisture enabled the colonization/recolonization of the Serra da Igreja ridges by C3 plants. This is the period, often reported in the literature, when forests advanced onto grasslands and savannas

    Compartimentação topossequencial e caracterização fitossociológica de um capão de Floresta Ombrófila Mista.

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    Este trabalho teve como objetivo caracterizar a composição e estrutura florística de um capão de floresta no município de Quatro Barras, inserido em Estepe do Primeiro Planalto Paranaense, relacionando relevo e solos. Com base na definição de compartimentos no ambiente, que considerou as formas e declividades das rampas e as características dos solos, foram instaladas parcelas para amostragem das árvores. As espécies responderam em diversidade e densidade às diferentes condições de drenagem dos Cambissolos e Gleissolos do capão. Podocarpus lambertii demonstrou elevada adaptabilidade a solos com diferentes regimes de saturação hídrica, enquanto Myrcia laruotteana apresentou relação estreita com solos saturados hidricamente. A compartimentação ambiental com base em geomorfologia e solos mostrou ser um quesito fundamental para a melhor compreensão da distribuição das espécies vegetais na paisagem
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