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Estudo do valor nutricional dos cladódios de ecótipos de figueira-da-índia (Opuntia ficus-indica)
A figueira-da-índia (Opuntia ficus-indica) (OFI), espécie da família Cactaceae, foi introduzida na Península Ibérica no início do Séc. XVI e encontra-se naturalizada em toda a bacia mediterrânica. A utilização de cladódios na alimentação de ruminantes é importante nalgumas regiões áridas e semiáridas do mundo. Nas regiões mediterrânicas, como acontece no Centro e Sul de Portugal, podem ser utilizados na alimentação animal, em pastoreio direto ou distribuídos à manjedoura, especialmente em períodos do ano em que a disponibilidade qualitativa e quantitativa de pastagem é baixa o que poderá afetar a produção de leite e de carne. Com o objetivo de avaliar o potencial dos cladódios como alimento para pequenos ruminantes, foi realizado um estudo onde se analisou o perfil nutricional de cladódios de cinco ecótipos Portugueses. O material vegetal foi recolhido num campo experimental existente na ESACB. As análises foram realizadas em cladódios com um ano de idade e a cultivar Italiana “Gialla” foi utilizada como termo de comparação. Foram encontradas diferenças estatisticamente significativas entre as populações estudadas para os teores de proteína bruta (PB) e cinzas. Em termos gerais, os cladódios de OFI apresentam baixos teores de matéria seca (MS), PB e fibra em detergente neutro (NDF) e elevados teores de energia metabolizável (EM) e hidratos de carbono não fibrosos. Atendendo à importância que a MS, EM, PB e NDF têm na nutrição de pequenos ruminantes, conclui-se que os cladódios de OFI podem ser utilizados na alimentação de pequenos ruminantes desde que associados a fontes de fibra e de proteína.info:eu-repo/semantics/publishedVersio
Produção de biomassa e análise do teor de proteína em populações portuguesas de Opuntia ficus-indica (L.) Mill
A figueira-da-índia (Opuntia ficus-indica (L.) Mill.) é uma espécie com interesse para alimentação humana e animal particularmente em áreas onde a disponibilidade de água é um fator limitante na atividade agrícola. Acresce ainda outras utilizações como sejam o controlo de erosão de solos, a constituição de barreiras anti-incêndio e a produção de biogás. No contexto atual em que, por parte de alguns agricultores, renasceu o interesse por esta espécie, consideramos ser importante a caracterização e avaliação de populações nacionais de O. ficus-indica e a sua comparação com variedades melhoradas, quer com o objetivo da produção de fruto para alimentação humana, quer como forrageira para alimentação animal. Em maio de 2012 foram plantados, na Escola Superior Agrária de Castelo Branco (39º 49' 17.00''N; 7º 27' 41.00''W), num solo de baixa aptidão agrícola, cladódios de dezasseis populações portuguesas de O. ficus-indica, provenientes de diferentes locais, e duas variedades italianas (“Gialla” e “Bianca”). Foi utilizado um delineamento experimental em blocos completos causalizados, com três repetições. Utilizou-se um compasso de 2,5 x 1,5 m e para cada população foram instaladas 15 plantas. As referidas populações foram avaliadas, nos dois primeiros anos de crescimento, quanto à produção de biomassa (utilizando métodos não destrutivos), matéria seca e proteína bruta. Em Abril de 2013 e Março de 2014, foram medidos em cada planta o número total de cladódios (NC) e em cada cladódio o seu comprimento (C), Largura (L) e espessura média (E). A produção de biomassa foi estimada através da determinação da área de cladódios por planta, apenas uma face (AC, cm2) e da produção de matéria verde por planta (MV, g), através da utilização de equações previamente desenvolvidas por regressão linear, AC=15,27+0,772xCxL (r2ajust=0,988) e MV=8,13+0,710xCxLxE (r2ajust=0,954). A determinação de teores em matéria seca (MS) e proteína bruta (PB) foram realizados em amostras de cladódios com um ano (colhidos em setembro de 2013) das seis populações de Opuntia ficus-indica que mais biomassa produziram no primeiro ano de ensaio (populações, 4, 5, 7, 12, 13 e 14). A população 7 corresponde à variedade “Gialla”, sendo as cinco restantes ecótipos nacionais. Após desidratação para determinação da MS, as amostras foram moídas em partículas de 1mm e processadas em duplicado para determinação dos teores em PB (Nx6,25) utilizando o método Kjeldahl. Na análise estatística de resultados, para comparação de médias utilizou-se a ANOVA e como teste de comparações múltiplas utilizou-se o teste de Tukey. Na estimativa da produção de biomassa, analisando apenas as seis melhores populações e para o segundo ano de ensaio, os resultados obtidos para a área de cladódios (cm2) e matéria verde (g) das populações 4, 5, 7, 12, 13 e 14 foram, respetivamente, os seguintes: 5787,6 cm2 (AC) e 10058,5g (MV); 7523,6 cm2 (AC) e 12464,6 g (MV); 8877,5 cm2 (AC) e 14701,9 g (MV); 7552,7 cm2 (AC) e 12937,6 g (MV); 7237,6 cm2 (AC) e 12716,7 g (MV); 7044,2 cm2 (AC) e 13281,3 g (MV). Para a área de cladódios por planta registaram-se diferenças significativas entre populações F(5, 82)=2,5 e P=0,037. Os valores variaram entre 8877,5 cm2 (população 7, “Gialla”) e 5787,6 cm2 (população 4). Já no que se refere à produção de matéria verde, não se registaram diferenças significativas entre as seis melhores populações, F(5, 82)=1,87 e P=0,109. Os valores da matéria verde variaram entre 14701,9 g (população 7, “Gialla”) e 10058,5 g (população 4). Os teores em MS e PB (%MS) das populações 4, 5, 7, 12, 13 e 14 foram, respetivamente, os seguintes: 12,84%MS (±1,621) e 6,99%PB (±0,113); 14,58%MS (±1,142) e 7,25%PB (±0,737); 14,17%MS (±1,429) e 7,24%PB (±0,810); 14,10%MS (±0,669) e 8,25%PB (±0,954); 13,02%MS (±0,858) e 7,84%PB (±0,774); 13,74%MS (±0,861) e 6,80%PB (±0,510). Relativamente à MS, encontraram-se diferenças significativas entre populações (P<0,05) tendo a população 5 apresentado o valor mais elevado (14,58%MS ±1,14) e a população 4 o teor mais baixo (12,85%MS ±1,622). Relativamente à PB, verificou-se que a população 12 (8,25%PB ±0,954) apresentou um teor em PB significativamente mais elevado (P<0,05) em relação às populações 4, 5, 7 e 14 mas não em relação à população 13 (7,84%PB ±0,774). Os cladódios da população 14 apresentaram o teor em PB mais baixo 6,80%PB (±0,510) (P<0,05). Se utilizarmos os cladódios para alimentação de ruminantes e considerarmos como exemplo a população 12 de O. ficus-indica, aquela que apresentou uma concentração proteica mais elevada, verificamos que os 82,5 gPB/kgMS daqueles cladódios são inferiores aos 93,7 gPB/kgMS que satisfazem as necessidades diárias de uma ovelha com 70 kg de peso vivo a produzir por dia 1,3 kg de leite com 7% de gordura. Devido aos baixos teores em MS e em PB, a utilização de cladódios na alimentação de ovelhas em lactação deverá ser acompanhada de forragens secas com elevado teor em MS e PB. Conclui-se que das dezasseis populações de O. ficus-indica em avaliação é possível eleger um grupo de cinco ecótipos nacionais que se aproximam da variedade “Gialla” em termos de produção de biomassa. As populações 5 e 12 destacam-se das restantes por possuirem, respetivamente, teores em MS e PB significativamente mais elevados.CERNAS-IPCB financiado por Fundos Nacionais através da FCT (Projeto PEst-OE/AGR/UI0681/2014
Nutritional value of Opuntia ficus-indica cladodes from Portuguese ecotypes
The use of Opuntia ficus-indica cladodes as a forage for ruminants has been very important in the semi-arid and arid regions
of the world. O. ficus-indica cladodes can be fed to small ruminants especially in periods of the year when there is low
quality and quantity of pasture. In Mediterranean regions like South of Portugal during the rainy season the availability of
pasture is quantitatively and qualitatively satisfactory, but in critical times of the year the shortage and low nutritive value of
forages causes decreased productivity in the ruminant’s production of milk and meat. The aim of this study was to evaluate
the nutritional profile of the cladodes from five different Portuguese ecotypes of O. ficus-indica, in comparison with cultivar
“Gialla”, and also evaluate its potential use as a feed for ruminants. Among populations’ significant differences were found
in crude protein and ash content, and different groups were unfolded. In general, O. ficus-indica has a low content of DM, CP
and NDF and high content in NFC and EM. Given the importance that DM, PB and the NDF have for nutrition and feeding
of ruminants we conclude that O. ficus-indica can be used in feeding small ruminants provided that animals have access to
dry forage and a feed source with high CP content. Used as fodder, O. ficus-indica seems to be an optional interesting feed for
small ruminants in driest period of the year
Avaliação nutricional de Piptatherum miliaceum (L.) Coss. : uma potencial forragem para ruminantes
Piptatherum miliaceum (L.) Coss. é uma espécie perene da família Poaceae nativa do
Mediterrâneo. Apresenta caules robustos, eretos ou ascendentes. Pode atingir 0,6-1,5 m
de altura. A inflorescência é uma panícula de vários verticilos de ramos que se dividem
em ramos secundários com cachos de espiguetas. É uma espécie anemófila, reproduz-se
por sementes e tem via fotossintética C3. As plantas ocorrem geralmente em locais secos
e expostos (encostas, áreas não cultivadas, clareiras florestais, bermas de estradas) e têm
baixa exigência de nutrientes. Devido à P. miliaceum estar bem-adaptada ao clima
mediterrânico e crescer bem em solos pobres, considerou-se a hipótese da sua utilização
como planta forrageira. Em maio de 2022 recolheram-se amostras em Castelo Branco
(PMCB, n=4) e na Soalheira (PMS, n=4). Os resultados obtidos para os parâmetros
analisados foram os seguintes: PMCB e PMS matéria seca (MS) 47,6% e 61,6% (p<0,05);
nutrientes digeríveis totais (TDN) 50,9 e 51,3%MS; energia metabolizável (EM) 7,7 e 7,7
MJ/kgMS; metabolizabilidade (qm) 0,42 e 0,42; proteína bruta (PB) 5,7 e 5,4%MS;
gordura bruta (GB) 1,9 e 2,3%MS (p<0,05); cinzas 3,4 e 3,6%MS (p<0,05); fibra em
detergente neutro (NDF) 76,7 e 76,5%MS; fibra em detergente ácido (ADF) 41,9 e
41,4%MS; lenhina em detergente ácido (ADL) 7,1 e 6,5%MS; hidratos de carbono não
fibrosos (NFC) 12,3 e 12,2%MS; valor relativo de forragem (VRF) 68,3 e 68,9 e
digestibilidade (DMS) 56,3 e 56,7%MS. Comparando a composição química das 8
amostras de P. miliaceum com a composição química referida na bibliografia para diferentes palhas e fenos de gramíneas, verificou-se que: i) comparando com palhas - P.
miliaceum apresenta valores mais elevados (p<0,05) de PB, qm, DMS, VRF, EM e TDN
e valores mais baixos (p<0,05) de MS, cinzas, de ADF e de ADL; ii) comparando com
fenos - P. miliaceum apresenta teores mais elevados (p<0,05) de NDF e mais baixos
(p<0,05) de cinzas, PB, VRF e TDN. Estes resultados sugerem que P. miliaceum pode
ser utilizada como forragem para ruminantes.Projeto UIDB/00681/2020 financiado por fundos nacionais através da FCT – Fundação para a Ciência e Tecnologia, I.Pinfo:eu-repo/semantics/publishedVersio
Milho como forragem hidropónica alternativa
A produção de forragem hidropónica (FH) permite obter matéria verde utilizando sementes de leguminosas e/ou de gramíneas que são colocadas em tabuleiros em condições favoráveis de germinação durante um curto período de tempo. Em Portugal, é utilizada a cevada grão para produção de FH para ruminantes. Com este ensaio, pretendeu-se comparar a produção de biomassa e a composição química de FH obtidas a partir da germinação de sementes de cevada [CV], de milho biológico [MB] e de milho híbrido [MH]).Trabalho financiado por fundos nacionais através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito do projeto UIDB/00681/2020.info:eu-repo/semantics/publishedVersio
Milho versus cevada : alimentação - forragens hidropónicas
Com o objetivo de manter a produção de leite e melhorar a fertilidade dos animais, desde há muitos anos que os produtores de leite do norte da Europa utilizam forragens hidropónicas na alimentação das suas vacas durante o inverno (Bakshi et al., 2017). No sul da Europa, as forragens hidropónicas também são uma alternativa interessante para satisfazer a procura crescente de forragens nas épocas do ano mais quentes e secas em que há escassez de pastagens verdes.Os autores agradecem o apoio financeiro concedido pelo CERNAS-IPCB, através do Projeto UIDB/00681/2020 financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT).info:eu-repo/semantics/publishedVersio
Measurement of the mass difference between top quark and antiquark in pp collisions at root s=8 TeV
Peer reviewe
Measurement of the Z boson differential cross section in transverse momentum and rapidity in proton-proton collisions at 8 TeV
We present a measurement of the Z boson differential cross section in rapidity and transverse momentum using a data sample of pp collision events at a centre-of-mass energy s=8 TeV, corresponding to an integrated luminosity of 19.7 fb-1. The Z boson is identified via its decay to a pair of muons. The measurement provides a precision test of quantum chromodynamics over a large region of phase space. In addition, due to the small experimental uncertainties in the measurement the data has the potential to constrain the gluon parton distribution function in the kinematic regime important for Higgs boson production via gluon fusion. The results agree with the next-to-next-to-leading-order predictions computed with the fewz program. The results are also compared to the commonly used leading-order MadGraph and next-to-leading-order powheg generators. © 2015 CERN for the benefit of the CMS Collaboration
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