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    Clinical Cases in Pediatric Peripheral Neuropathy

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    A nova morfologia do trabalho e as implicações para a classe trabalhadora: um estudo sobre trabalhadores por aplicativos

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    TCC (Graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina. Centro Socioeconômico. Serviço Social.Esta pesquisa pretende debater sobre a reestruturação produtiva, que possibilitou o surgimento de empresas que utilizam da tecnologia através de plataformas digitais ou de aplicativos para organizar e controlar uma multidão de trabalhadores espalhados globalmente. Nesta multidão, o estudo vai focalizar os motoboys sob demanda, trabalhadores subordinados ao autogerenciamento que os força a uma alta adaptabilidade em assumir riscos, ficando por horas no aguardo de um chamado e outro, sem ganhar nada por esse tempo em que não é acionado, o que os tornam mais individualizados e competitivos entre si, achando serem os donos de seus meios de produção. Esse fenômeno foi denominado de ‘uberização do trabalho’, formas de um trabalho que impõem uma relação informal, extraindo o mais-valor através da exploração da força de trabalho com longas jornadas e intermitentes. Para refletir sobre a situação destes profissionais, realizamos entrevistas com três motoboys, que realizam entregas no ramo da alimentação, com o objetivo de conhecer suas condições de vida e trabalho A pesquisa possibilitou verificar as consequências do processo de “uberização” desta categoria, característica da nova morfologia do trabalho. Percebemos que a grande aceitação e adesão dos trabalhadores pelos aplicativos, impulsionada pelo alto desemprego, ocorre, em parte, pela ideia de eliminação do ‘patrão’, o que significaria mais autonomia e mais flexibilidade em decidir o horário de trabalho, duração da jornada ou adesão a mais de um aplicativo. Constatamos que se trata de novas formas de subordinação e exploração do trabalho, onde encontramos numa mesma conjuntura, o arcaico e o moderno no capitalismo mundializado: grandes avanços tecnológicos com as formas mais precárias de trabalho que remontam aos primórdios modo de produção capitalista.This research intends to debate about the productive restructuring, which enabled the emergence of companies that use technology through digital platforms or applications to organize and control a multitude of workers spread globally. In this field, the study will focus on motoboys on demand, workers subordinated to self-management that forces them to a high adaptability to take risks, staying for hours waiting for one call and another, without earning anything for that time in which they are not called, what makes them more individualized and competitive with each other, thinking they are the owners of their means of production. This phenomenon was called ‘uberization of work’, forms of work that impose an informal relationship, extracting added value through the exploitation of the workforce with long and intermittent hours. To reflect on the situation of these professionals, we conducted interviews with three motoboys, who deliver in the food sector, in order to know their living and working conditions. new work morphology. We realized that the great acceptance and adherence of workers to the applications, driven by high unemployment, occurs, in part, by the idea of eliminating the 'boss', which would mean more autonomy and more flexibility in deciding working hours, working hours or membership to more than one application. We note that these are new forms of subordination and exploitation of work, where we find, in the same situation, the archaic and the modern in globalized capitalism: great technological advances with the most precarious forms of work that date back to the beginnings of the capitalist mode of production

    POLÍTICAS PÚBLICAS PARA O EMPREENDEDORISMO EM TEMPOS DE PRECARIZAÇÃO DO TRABALHO

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    Fundamentado no paradigma toyotista, a reestruturação do setor produtivo ocorrida no final do século XX levou à quebra das cadeias produtivas e, consequentemente, à terceirização dos serviços. Tal processo objetivou a redução dos custos trabalhistas e transformou os trabalhadores assalariados em pequenos fornecedores. Este modelo conhecido como out-sourcing ocorre na atualidade de forma mundial, exigindo dos Estados o estabelecimento de estratégias nas políticas públicas para atrair os investimentos estrangeiros. Frente a este novo cenário, a orientação e a capacitação profissional passaram a ser concebidas como um dos fatores para o êxito das políticas públicas e privadas, na qual o Estado e a sociedade civil devem atuar de forma combinada com o propósito de facilitar a atuação dos investidores estrangeiros na localidade. É neste contexto que a formação voltada para o empreendedorismo torna-se parte da agenda das políticas públicas. Este artigo mostra que o empreendedorismo, na realidade, configura-se em uma nova forma de precarização do trabalho com a finalidade de recuperar o padrão de acumulação e, contrariamente à concepção propalada pelas Agências Multilaterais, potencializam os antagonismos sociais
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