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    O Impacto das Relações Bancárias e do Governo da Empresa no Desempenho: O caso das PME’s Portuguesas.

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    Este trabalho tem por objectivo analisar o modo como as relações bancárias e o governo da empresa, condicionam o desempenho empresarial, tendo por base uma amostra de 4.163 pequenas e médias empresas (PME’s) portuguesas. As PME´s têm sido nos últimos anos, objecto da atenção de numerosos trabalhos, pela capacidade que têm de gerar emprego e pelo papel que desempenham como criadoras de riqueza. Em sistemas de mercado, as questões de sobrevivência, a complexidade e o dinamismo da envolvente empresarial obrigam a um conhecimento cada vez mais profundo das organizações bem como das variáveis ou factores que se convertem em elementos chave do seu desempenho. Numerosos autores são unânimes em realçar os factores de carácter interno que condicionam o desempenho empresarial destacando: as relações bancárias (Degryse & Ongema, 2001; Ongema & Smith, 2001), o governo da empresa (Bhagat & Bolton, 2008), os recursos humanos (Rogoff, Lee & Suh, 2004), o marketing (Kara, Spillan & Deshields, 2005), a qualidade, a inovação e os recursos tecnológicos (Donovan, 1996), os valores culturais e os sistemas de informação (Tse & Soufani, 2003). Este estudo volta-se para os dois primeiros. Os bancos e as empresas estabelecem relações que permitem superar problemas de assimetria de informação aliviando, desse modo, as dificuldades sentidas na obtenção de recursos financeiros. Face às dificuldades em aceder ao mercado de capitais, o mercado de crédito constitui a principal fonte de financiamento das PME's, pelo que o estudo da intermediação bancária ganha particular relevância, nomeadamente quando se pretende avaliar o seu contributo no desempenho daquelas empresas (Boot, 2000). Paralelamente, as especificidades que estas empresas encerram, nomeadamente a natureza familiar que a estrutura de propriedade e controlo lhes confere, remetem-nos para o estudo do papel exercido pelo governo da empresa e dos diferentes mecanismos de controlo, no cumprimento dos propósitos empresariais. Como referem Denis e McConnel (2003) este desenrola-se em torno de duas grandes correntes de investigação: i) uma preocupada com as variáveis relacionadas com a estrutura de propriedade e ii) outra realçando os aspectos mais institucionais, como sejam os ligados ao conselho de administração e ao director geral. O modelo proposto pretende evidenciar o poder explicativo de um conjunto de atributos que caracterizam as relações bancárias e o governo da empresa, no desempenho empresarial, com recurso a uma amostra de empresas portuguesas utilizando o modelo de regressão múltipla. Os resultados indicam que o número de bancos com que a empresa trabalha e a duração da relação bancária influenciam negativamente a rendibilidade empresarial. Relativamente aos elementos caracterizadores do governo empresarial, verifica-se que o desempenho é condicionado negativamente pelo número de accionistas/sócios e pela participação dos gestores no capital da empresa e, positivamente, pela natureza industrial da propriedade e pela dimensão do concelho de administração

    Ownership structure and performance: An empirical application with panel data in the context of Portuguese SMEs

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    This paper analyzes the causal relationship between the ownership concentration, insider ownership and profitability using a sample of 4163 Portuguese SMEs and panel data methodology. The results show an endogenous and dynamic relationship between the variables. The quadratic specification established between ownership concentration and profitability suggests that for low levels of control rights the expropriation hypothesis prevails and for high levels the supervision hypothesis prevails. It was also possible to validate the effect of entrenchment and convergence of interests in the relationship established between the insider ownership and profitability. The relationships established suggest a reciprocal causality between the variables, as well as an interdependence expressed by the relevance of the estimators obtained in the simultaneous equations model. Thus, each of the attributes – ownership concentration, insider ownership and profitability – is a function of the others

    Determinantes da relação bancaria e restrições de crédito nas PME Portuguesas

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    Este trabalho tem dois objectivos fundamentais. Por um lado, determinar as características empresariais que condicionam o número de relações bancários e, por outro, analisar os factores que determinam o racionamento de crédito das pequenas e médias empresas. Os resultados sugerem que a dimensão empresarial, a selecção adversa e o sector de actividade, influenciam o número de relações bancárias. Por sua vez, o número de relações bancárias, a dimensão empresarial e a idade estabelecem relações significativas com as restrições de crédito; não sendo relevante a natureza familiar da propriedade e a participação dos accionistas na gestão empresarial

    Relações Bancárias e Desempenho: Uma Abordagem Integrada no contexto das PME’s portuguesas

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    Este trabalho pretende dar um contributo para o estudo integrado das relações bancárias e do desempenho empresarial e avaliar a sua endogeneidade através de um sistema de equações simultâneas. Entre os factores de carácter interno que condicionam o desempenho empresarial referem-se: as relações bancárias (Degryse & Ongema, 2001, Ongema & Smith, 2001), o governo da empresa (Bhagat & Bolton, 2008), os recursos humanos (Rogoff, Lee & Suh, 2004), o marketing (Kara, Spillan & Deshields, 2005), a qualidade, a inovação e os recursos tecnológicos (Donovan, 1996), os valores culturais e os sistemas de informação (Tse & Soufani, 2003). Centramo-nos nos dois primeiros. As relações bancárias permitem superar problemas de assimetria de informação e aliviar as dificuldades na obtenção de recursos financeiros, constituindo o mercado de crédito a principal fonte de financiamento das pequenas e médias empresas (PME's), ganhando relevância o estudo da intermediação bancária, como condicionante do desempenho empresarial (Boot, 2000). A revisão da literatura (Degryse & Van Cayselle, 2000, Hernandez & Martinez, 2010) identifica um conjunto de factores externos e internos que justificam a selecção das entidades de crédito. Entre os primeiros, Ongena & Smith (2000) advertem que o número de relações bancárias nos países de tradição continental é maior do que nos países de tradição anglosaxónica e Soenen (1989) e Lundahl, Vegholm, & Silver (2009) referem o custo dos serviços financeiros, a flexibilidade e qualidade dos serviços, as relações pessoais e os serviços especiais. Nos segundos, destacam-se a dimensão (Iturralde, Maseda, & Jose, 2010), a selecção adversa (Detragliache, Garella, & Guiso, 2000), o sector de actividade (Neuberger, Solving, & Schacht, 2007), a internacionalização (Hernandez & Martinez, 2010) e as tecnologias de informação (Johns & Perrrot, 2008). Neste trabalho apenas serão analisados os factores internos. A literatura sustenta também que as relações bancárias condicionam a rendibilidade (Ongema & Smith, 2001) e esta por sua vez o número daquelas (Yosha, 1995, Detraguiache et al., 2000), sugerindo essa mesma literatura uma relação de causalidade recíproca entre elas (Degryse & Ongena, 2001, Fok, Chang, & Lee, 2004). Paralelamente, as especificidades das PME’s , nomeadamente a natureza familiar que a estrutura de propriedade e controlo lhes confere, remetem-nos para o estudo do governo da empresa e dos mecanismos de controlo, no cumprimento dos propósitos empresariais (Denis & McConnel, 2003). O modelo de equações simultâneas utilizado permite uma abordagem integrada das relações bancárias e do desempenho empresarial. Os resultados sugerem uma relação de reciprocidade entre si. A estimação do modelo formulado indica uma relação directa entre a rendibilidade e o número de relações bancárias e que as empresas, em contextos de assimetria de informação, são incentivadas a procurar novas relações. Os resultados apontam ainda para que a diminuição da selecção adversa, que resulta de uma maior rendibilidade, permite às empresas reduzirem os constrangimentos que decorrem de uma relação bilateral

    Relationship Banking, Governance and SME’s Performance: The Portuguese Evidence

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    The aim of this work is to analyze how bank relationships, corporate governance and the interdependence that is established between them, affect corporate performance, based on a sample of 5,900 Portuguese SMEs. The banks and the enterprises establish relationships which enable them to overcome problems of asymmetrical information thereby overcoming difficulties felt in obtaining financial resources. In addition, the specificities that SMEs face, namely their ownership structure, as they are often owned and controlled by families, lead us to study the role played by corporate governance and the various control mechanisms in achieving corporate objectives. These features confer an important supervisory role on credit institutions

    Bank relationships and corporate governance : a survey of the literature from the perspective of SMEs

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    The aim of this work is to review and systematise the literature on how bank relationships, corporate governance and the interdependence between them can influence corporate performance. The banks and the enterprises establish relationships which enable them to overcome problems of asymmetrical information thereby alleviating difficulties felt in obtaining financial resources.In addition, the specificities that SMEs face, namely their ownership structure, as they are often owned and controlled by families, lead us to study the role played by corporate governance and the various control mechanisms in achieving corporate objectives. These features confer an important supervisory role on credit institutions which stem from the information they hold

    Eruptive xanthoma with unexpected granuloma annulare-like microscopic appearance: Case report

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    Xantoma eruptivo e granuloma anular são doenças dermatológicas com quadros clínicos distintos que, algumas vezes, apresentam semelhanças histopatológicas que podem conduzir a diagnóstico errôneo. Relata-se o caso de paciente do sexo masculino com 34 anos, portador de dislipidemia, com lesões clinicamente características de xantoma eruptivo cujo exame histopatológico foi sugestivo de granuloma anular. No entanto, a revisão da lâmina mostrou tratar-se de xantoma eruptivo. A remissão completa e rápida das lesões após o tratamento da dislipidemia confirmou o diagnóstico de xantoma eruptivo e motivou a pesquisa sobre as semelhanças e diferenças histopatológicas entre essas doenças.Eruptive xanthoma with unexpected granuloma annulare-like microscopic appearance - Case report Abstract: Eruptive xanthoma and granuloma annulare are dermatological diseases with different clinical findings that, sometimes, exhibit histopathological similarities with potential for misinterpretation. We report a case of an eruption of yellow-orange papules with erythematous borders in a 34-year-old male with high levels of serum triglycerides and cholesterol. The skin biopsy specimen has diagnosed granuloma annulare. Review of the histologic material revealed eruptive xanthoma. Remission of the eruption after treatment of dyslipidemia confirmed the diagnosis of the eruptive xanthoma and motivated research about the histological similarities and differences between these diseases

    Para uma cultura de normalização, sustentabilidade e ecologia na gestão da informação: o paradigma do ambiente digital na vida da Rede Municipal de Bibliotecas de Lisboa

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    O texto que aqui se apresenta pretende partilhar a experiência da Rede Municipal de Bibliotecas de Lisboa (RMBL), a partir da identificação, dentro da estratégia de intervenção da Divisão de Gestão de Bibliotecas (DGB), da actividade crítica Acesso Remoto a Produtos e Serviços e da subsequente criação da Área Gestão de Objectos Digitais, na produção normalizada de objectos digitais. É também intenção dar a conhecer a génese e o estado-da-arte quando se fala numa cultura de normalização, sustentabilidade e ecologia na gestão de informação.A RMBL insere-se numa realidade única em que a diversidade de plataformas digitais é um facto. Contudo, e embora esta multiplicidade possa ser expressão de uma riqueza de conteúdos, há factores que constrangem uma presença sólida, por parte da RMBL, no ambiente digital contemporâneo. A produção não normalizada de objectos digitais, a falta de integração e a ausência de interoperabilidade são exemplos disso. Assim, e de forma a garantir uma presença consolidada neste ambiente, foi necessário desenvolver um conjunto de procedimentos que viriam a ser, nada mais, nada menos, do que a operacionalização da actividade crítica Acesso Remoto a Serviços e Produtos em que se inclui a Área Gestão de Objectos Digitais. Desta operacionalização nasceu a vertente ecológica para a gestão de informação, nomeadamente na produção de objectos digitais. Devido aos problemas encontrados, essencialmente, ao nível dos recursos tecnológicos e materiais, foi necessário repensar modos de fazer que garantissem uma produção de objectos com qualidade, mas que não exigisse um grande consumo de recursos. Pretende-se então, com este texto, dar a conhecer o cenário da RMBL no contexto digital, partilhar o que foi feito para colmatar os problemas identificados, incluindo o surgimento do sentido ecológico na gestão da informação, e apresentar os passos futuros que se pretendem desenvolver
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