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Relação entre a velocidade de nado, variação intra-cíclica da velocidade e eficiência de nado em jovens nadadores
O objetivo do presente estudo foi analisar a relação entre a velocidade de nado, a
variação intra-cíclica da velocidade horizontal (dv) e a eficiência de Froude (?F) no
nado crol durante três ciclos consecutivos de braçada, em nadadores jovens. A amostra
foi composta por 15 nadadores do sexo masculino (16.07 ± 0.77 anos), e 15 nadadores
do sexo feminino (15.05 ± 1.07 anos). A velocidade de nado e a dv foram medidos em
três ciclos de braçada consecutivos durante a realização de 25 m no nado crol, à
máxima intensidade. A velocidade de nado apresentou um efeito não significativo na
braçada a braçada (F = 2.55, p = 0.087, ?2 = 0.08), mas um efeito de sexo significativo
(F = 90.46, p < 0.001, ?2 = 0.76). A dv e ?F tiveram a mesma tendência que a
velocidade de nado para o efeito braçada a braçada, mas um efeito de sexo não
significativo (p > 0.05). A matriz de correlação de Spearman entre velocidade de nado e
dv, e velocidade de nado e ?F revelou correlações não significativas em todos os três
ciclos de braçada em ambos os sexos. No entanto, a tendência da primeira (velocidade
de nado e dv) nem sempre foi inversa (valor inferior de dv e velocidade de nado
superior), e a segunda (velocidade de nado e ?F) nem sempre foi direta e positiva
(maior ?F e velocidade superior). Adicionalmente, a análise de modelação hierárquica
HLM revelou que ?F poderá ser um preditor da velocidade de nado, mas não a dv. Os
resultados demonstraram que as velocidades de nado tendem a diminuir com o tempo,
mas com os nadadores a apresentarem velocidades mais elevadas em todos os ciclos de
braçada analisados do que as nadadoras. Apesar de não existirem correlações
significativas entre a velocidade de nado e dv ou ?F, a eficiência de Froude demonstrou
ser um preditor superior, lançando a discussão acerca da importância e influência da
variação intra-cíclica da velocidade para a velocidade de nado em nadadores jovens.
Treinadores e nadadores devem estar cientes de que dvs mais baixos podem nem
sempre estar relacionados com velocidades de nado mais rápidas e vice-versa, e que ?F
entrou como um preditor de velocidade de nado em vez de dv.The aim of this study was to analyze the relationship between the swimming speed,
intra-cycle variation of the horizontal speed of displacement (dv), and Froude efficiency
(?F) in front-crawl during three consecutive stroke cycles. The sample consisted of 15
males (16.07 ± 0.77 years) and 15 females (15.05 ± 1.07 years). Swimming speed and dv
were measured during a 25 m trial in front-crawl, at maximum intensity. Swimming
speed presented a non-significant stroke-by-stroke (F = 2.55, p = 0.087, ?2 = 0.08), but
a significant sex effect (F = 90.46, p < 0.001, ?2 = 0.76). The dv and ?F had the same
trend as swimming speed for the stroke-by-stroke effect, but a non-significant sex effect
(p > 0.05). The Spearman correlation matrix between swimming speed and dv, and
swimming speed and ?F revealed non-significant correlations in all three stroke cycles
in both sexes. However, the tendency of the former (swimming speed and dv) was not
always inverse, and the latter (swimming speed and ?F) was not always direct and
positive (greater ?F and higher speed). Additionally, HLM hierarchical modeling
analysis revealed that ?F could be a predictor of swimming speed, but not dv. The
results showed that swimming speeds tended to decrease over time but with male
swimmers presenting higher velocities in all stroke cycles analyzed than female
swimmers. Although there are no significant correlations between swimming speed and
dv or ?F, the Froude efficiency proved to be a superior predictor, launching the
discussion about the importance and influence of intra-cycle velocity variation for
swimming speed in young swimmers. Coaches and swimmers must be aware that lower
dvs may not always be related to faster swimming velocities and vice-versa and that ?F
entered as a swimming speed predictor rather than dv