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    Novos Movimentos Sociais Economicos: Economia Solidária E Comércio Justo

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    The present paper aims at to understand what the "new economical social movements" are and which is the role of these regarded to the progress of the market economy. Making use of theoretical elements of the "new economical sociology" and of the theory of the "new social movements", it is analyzed the constitution and the potential of these movements. Therefore, the more the contemporary sociological theories put the cultural conflict as its core, the more the possibilities of sociocultural transformation get its relevance in our analysis reached by the movements. In this aspect, some transformations promoted are already evident: in the realm of the values the solidarity, the recognition, the cooperation, the egalitarianism obtain support; the organization of production can be based on the cooperative work and in the self-management; and the consumption can be noticed in bases where the profit or the smallest price are not the only interests presents in trade relationships.O artigo objetiva compreender o que são os "novos movimentos sociais econômicos" e qual o papel destes diante do avanço da economia de mercado. Fazendo uso de elementos teóricos da "nova sociologia econômica" e da teoria dos "novos movimentos sociais", analisa-se a constituição e o potencial destes movimentos. Como as teorias sociológicas contemporâneas colocam o conflito cultural como central, ganha relevância em nossa análise a possibilidade de transformação sociocultural produzida pelos movimentos. Neste aspecto, algumas transformações promovidas já são evidentes: no terreno dos valores ganha respaldo a solidariedade, o reconhecimento, a cooperação, o igualitarismo; a organização da produção pode basear-se no trabalho cooperativo e na autogestão; o consumo pode dar-se em bases onde o lucro ou o menor preço não sejam os únicos interesses das relações comerciais

    Uma estratégia para dinamizar arranjos de produção e comercialização agroalimentar: O caso da produção com atributos à venda direta em Tupanciretã – RS

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    One of the main dilemmas faced by family farming is the control over the process in which it performs its economic/productive activities. One of the ways in which alternative food systems can be built, as well as their combined effect, to facilitate a sustainable transition, lies in new arrangements that combine production and consumption. Therefore, the business model adopted by small farmers who integrate processing and marketing in agricultural activities is one of the solutions to the difficulties faced. The article advances in this scenario. Using a qualitative approach, we sought to verify these initiatives adopted by family farmers in Tupanciretã-RS, who are located in a productivist context, coordinated by agents linked to global value chains, privileged by high productive factors, thus producing one of the largest soybean plantations in Rio Grande do Sul state, identified as the capital of soybeans. However, a series of economic/productive activities operated by farming families make heterogeneous a context marked by socioeconomic homogeneity in the municipality. Thus, one of the guidelines that family farmers adopt to increase added value is domestic production and market orientation. In its economic-productive strategies, the agro-industrialization of products into final foods employs peculiar techniques inherent to the traditions and heritage of the farmers who produce them. This translates into the adopted method, condensed into a food with attributes linked to colonial, homemade, and artisanal aspects, which is dissociated from the imperative specialized and intensified production mode that is practiced in the agricultural sector of the municipality.Uno de los principales dilemas que enfrenta la agricultura familiar es el control sobre el proceso en el que realiza sus actividades económico-productivas. Una de las formas en que se pueden construir sistemas alimentarios alternativos y su efecto combinado, para facilitar una transición sostenible, radica en nuevos arreglos que combinen producción y consumo. En ese sentido, el modelo de negocios adoptado por los pequeños agricultores que integran el procesamiento y la comercialización en las actividades agrícolas es una de las soluciones a las dificultades enfrentadas. El artículo avanza en este escenario. Con un enfoque cualitativo, buscamos verificar estas iniciativas adoptadas por agricultores familiares en Tupanciretã-RS, que se ubican en un contexto productivista, coordinado por agentes vinculados a cadenas globales de valor, privilegiados por altos factores productivos, produciendo así una de las mayores soja. plantaciones en Rio Grande do Sul, identificada como la capital de la soja. Sin embargo, una serie de actividades económico-productivas operadas por familias campesinas heterogeneizan un contexto marcado por la homogeneidad socioeconómica del municipio. Así, uno de los lineamientos que adoptan los agricultores familiares para incrementar el valor agregado es la producción interna y la orientación al mercado. En sus estrategias económico-productivas, la agroindustrialización de productos en alimentos finales emplea técnicas peculiares inherentes a las tradiciones y herencia de los agricultores que los producen. Esto se traduce en el método adoptado, condensado en un alimento con atributos ligados a aspectos coloniales, caseros y artesanales, que se desvincula del imperativo modo de producción especializado e intensificado que se practica en el sector agrícola del municipio.L'un des principaux dilemmes auxquels l'agriculture familiale est confrontée est le contrôle du processus et celui qui exerce ses activités économico-productives. Une des manières de construire des systèmes alimentaires alternatifs et leurs effets conjugués, pour faciliter une transition durable, fondée sur de nouveaux schémas alliant production et consommation. En ce sens, le modèle économique adopté par les petits agriculteurs qui intègrent le processus et la commercialisation dans les activités agricoles est une des solutions aux difficultés rencontrées. L'article avance dans ce scénario. Avec une approche qualitative, nous cherchons à vérifier ces initiatives adoptées par les agriculteurs familiaux de Tupanciretã-RS, qui se situent dans un contexte productiviste, coordonnés par des agents liés aux chaînes de valeur mondiales, privilégiés par des facteurs productifs élevés, produisant l'une des plus grandes graines de soja. plantations du Rio Grande do Sul, identifiée comme la capitale du soja. Cependant, une série d'activités économico-productives opérées par des familles paysannes hétérogènes dans un contexte marqué par l'homogénéité socio-économique de la commune. C'est donc l'une des lignes directrices que les agriculteurs familiaux adoptent pour augmenter la valeur ajoutée de la production interne et l'orientation vers le marché. Dans ses stratégies économico-productives, l'agro-industrialisation des produits en aliments finaux emploie des techniques particulières inhérentes aux traditions et au patrimoine des agriculteurs qui les produisent. Cela se traduit par la méthode adoptée, condensée en une alimentation aux attributs liés aux aspects colonial, fait maison et artisanal, qui se détache de l'impératif mode de production spécialisé et intensifié pratiqué dans le secteur agricole de la commune. Um dos principais dilemas enfrentados pela agricultura familiar está no controle sobre o processo em que esta desempenha suas atividades econômicas/produtivas. Uma das formas que permitem a construção de sistemas alimentares alternativos e seu efeito combinado, para facilitar uma transição sustentável, reside em novos arranjos que combinam a produção e o consumo. Nesse sentido, o modelo de negócio adotado pelos pequenos agricultores que integram o processamento e comercialização nas atividades agrícolas é uma das soluções para as dificuldades enfrentadas. O artigo avança neste cenário. Utilizando uma abordagem qualitativa, buscou-se verificar estas iniciativas adotadas pelos agricultores familiares em Tupanciretã-RS, que estão situados em um contexto produtivista, coordenado por agentes vinculados às cadeias de valor global, privilegiados por altos fatores produtivos, produzindo, desse modo, uma das maiores lavouras de soja do Rio Grande do Sul, identificada como a capital da soja. Entretanto, uma série de atividades econômicas/produtivas operadas pelas famílias agricultoras heterogeneízam um contexto marcado pela homogeneidade socioeconômica no município. Com isso, uma das diretrizes que os agricultores familiares adotam para aumentar o valor agregado encontra-se na produção interna e na orientação de mercado. Em suas estratégias econômico-produtivas, a agroindustrialização dos produtos em alimentos finais emprega técnicas peculiares inerentes às tradições e heranças dos agricultores que os produzem. Isso se traduz no método adotado, condensado em um alimento com atributos vinculados à aspectos coloniais, caseiros e artesanais, o qual se desassocia do imperativo modo de produção especializado e intensificado que é praticado no setor agrícola do município

    Pluralismo, neocorporativismo e o sindicalismo dos agricultores familiares no Brasil

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    The present paper has as objective to analyze the process of formation of the Fetraf in the traditional area of work of the Contag and the situation of trade union plurality generated. The Brazilian rural unionism was created in the 1960s and since its formation coexisted with a tension between the various social groups that formed the rural worker category. It were framed categories of living labor, such as employees, small landowners, squatters, landless. Since the return of democracy this system of union representation was questioned with the formation of many new actors in the field. However, it was with the creation of Fetraf in 2001, as a specific body of family farmers who went on to form a situation of trade union pluralism in the field. This has generated strong competition for legitimacy and union bases.O objetivo do artigo é analisar o processo de formação da Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar (Fetraf) na área de atuação tradicional da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) e a situação de pluralidade sindical gerada. O sindicalismo rural brasileiro foi criado na década de 1960 e, desde a sua formação, conviveu com uma tensão entre os diversos grupos sociais que formaram a categoria trabalhador rural. Nessa categoria foram enquadradas as categorias que viviam do trabalho, tais como assalariados, pequenos proprietários, posseiros, sem-terra. Desde o processo de redemocratização, este sistema de representação sindical foi questionado com a formação de diversos novos atores no campo. Porém, foi com a criação da Fetraf, em 2001, como órgão específico dos agricultores familiares, que passou a se formar uma situação de pluralismo sindical no campo. Esta situação tem gerado uma forte concorrência por legitimidade e por bases sindicais

    Sindicalismo da agricultura familiar e agroecologia no Alto Uruguai do RS

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    As preocupações ambientais têm influenciado os projetos políticos das organizações de agricultores familiares. O objetivo deste artigo é analisar como estas preocupações foram assimiladas pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar da Região Sul (FETRAF-Sul) na região do Alto Uruguai do Rio Grande do Sul, principalmente na definição da pauta da agroecologia. Com base na consulta de documentos produzidos pelas organizações sindicais e suas assessorias, jornais e entrevistas com lideranças de agricultores, fez-se uma leitura sobre o processo de construção desta pauta no sindicalismo. Optou-se por fazer um estudo do município de Constantina-RS, onde são desenvolvidas experiências nessa área desde a década de 1980, para avaliar como as questões ambientais são internalizadas pelo sindicalismo em diferentes momentos

    The emergence of the work class "family farmer" as individuals with rights in the path of the Brazilian rural syndicalism

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    O processo de reconhecimento dos agricultores familiares como sujeitos de direitos apesar de ser recente quando pensado a partir da trajetória do sindicalismo rural brasileiro demonstra ter suas primeiras raízes ainda na constituição da legislação trabalhista-sindical dos anos de 1930. Visando explorar esse processo o artigo tem por objetivo analisar a emergência dos agricultores familiares como sujeitos de direitos na sociedade brasileira contemporânea. Analisa-se os processos de formação do sindicalismo rural e de expansão da legislação trabalhista para os trabalhadores rurais como forma de realização de uma "cidadania regulada" até a década de 1970; o questionamento do sindicalismo oficial, a estruturação de um "novo sindicalismo" e a emergência de novos atores sociais no campo, que possibilitaram a ampliação dos espaços de cidadania no período de redemocratização do Brasil; a "crise" do novo sindicalismo, a criação de novas estruturas sindicais "por fora" da estrutura oficial (sindicalismo da agricultura familiar) e a emergência dos "agricultores familiares" como sujeitos de direitos no período recente.The process of the family farmers recognition as individuals with rights demonstrates having their first roots, in spite of being recent, if compared to the history of the Brazilian rural syndicalism, still in the constitution of the labor-syndical legislation in 1930. Therefore, seeking to explore that process the present paper has as objective to analyze the family farmers emergence as individuals of rights in the contemporary Brazilian society, analyzing the processes of formation of the rural syndicalism and the expansion of the labor law for the rural workers as a form of accomplishment of a "regulated citizenship" until the decade of 1970; the urge to the official syndicalism, the structuring of a "new syndicalism" and the new social actors appearance in the field, which made possible the enlargement of the citizenship spaces in the period of re-democratization in Brazil; the "crisis" of the new syndicalism, the creation of new syndical structures "apart" of the official structure (syndicalism of the family agriculture) and the emergency of the "family farmers" as subject of rights in the recent period.Centro de Estudios Históricos Rurale

    Mediação social e agroecologia: trajetórias e desafios dos agentes do Núcleo Missões da Rede Ecovida de Agroecologia

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    O processo de modernização da base técnica da agricultura alterou significativamente a relação dos camponeses com sua forma tradicional de praticar agricultura. De indivíduos autônomos eles se tornaram subordinados aos conhecimentos cientificamente válidos que passaram a receber dos agrônomos. Ao longo das décadas de 1970 a 1990, os movimentos sociais e ambientalistas passaram a defender novas formas de praticar agricultura. No Sul do Brasil foi criada a Rede Ecovida de Agroecologia como espaço de discussão e articulação sobre agroecologia, pautando um novo modo de relacionamento entre agricultores e técnicos. Considerando esse contexto, o objetivo desse artigo é tratar da complexidade nas relações de mediação social envolvendo agricultores ecologistas, técnicos e dirigentes vinculados ao Núcleo Missões da Rede Ecovida de Agroecologia, localizado no noroeste do estado do Rio Grande do Sul. O tema revela sua pertinência devido ao grande número de técnicos e agrônomos formados em cursos cujas grades curriculares priorizam o estudo da prática da agricultura convencional. Os resultados do trabalho revelam que apesar dos mediadores realizarem esforços para reformular sua prática de trabalho e torná-la mais dialógica e participativa na interação com as famílias agricultoras ecologistas, existem assimetrias de poder entre os agentes devido aos capitais culturais, simbólicos, habitus e inserções sociais distintas na agricultura

    PERSISTÊNCIA E MIGRAÇÃO NA AGRICULTURA FAMILIAR: ANÁLISE DOS MUNICÍPIOS DE SÃO LUIZ GONZAGA/RS E CONSTANTINA/RS

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    A migração ocorre como uma estratégia utilizada por alguns membros das famílias rurais para manter a reprodução familiar, tendo em vista que os ganhos da propriedade não garantem o sustento da família, além de outros fatores que podem interferir nesta decisão. Sendo assim, o objetivo do estudo procurou compreender a situação do meio rural dos municípios de São Luiz Gonzaga/RS e Constantina/RS frente aos aspectos que conduzem ao processo migratório de membros das famílias agricultoras, especialmente os jovens e a dinâmica que se estabelece entre os que ficaram e os que saíram. O estudo se baseia em revisão da bibliografia sobre o tema, dados do Censos Agropecuário e Demográfico do IBGE e, no caso do município de Constantina, foi analisado um levantamento realizado pela prefeitura com os migrantes que saíram do município. Como principais resultados, é possível perceber que ambos os municípios possuem um índice de migrantes relevante, principalmente se comparado com municípios maiores de suas regiões. O sexo feminino é o que mais tem migrado do meio rural, comprovando o fato já levantado em diversos estudos anteriores. Apesar disso, são mantidos laços de quem migra com aqueles que permanecem no local de origem, seja uma relação de ajuda, dependência, ou até mesmo uma relação social e cultural

    MOVIMENTOS CAMPONESES E QUESTÕES AMBIENTAIS: POSITIVAÇÃO DA AGRICULTURA CAMPONESA?

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    Os movimentos camponeses estão passando por mudanças em seu repertório de pautas e em seu formato de organização. Com a entrada de pautas ambientais no repertório de lutas (preservação ambiental, defesa da biodiversidade, do conhecimento tradicional e das culturas locais) e atransnacionalização da organização camponesa através da constituição da Via Campesina, os movimentos camponeses estão se tornado agentes centrais da contemporaneidade. O objetivo deste artigo é analisar como as questões ambientais têm reconfigurado o repertório de pautas dos movimentos camponeses. Para atingir esse objetivo, parte-se de um referencial teórico da sociologia ambiental; analisa-se como as questões ambientais estão sendo assimiladas pelos movimentos camponeses; ecomo estas questões tem reconfigurado os programas destes movimentos. A entrada de pautas ambientais tem possibilitado aos movimentos camponeses, além de melhoras na relação com os movimentos ambientalistas, possibilidades de positivação da agricultura camponesas por estarem sendo incorporadas preocupações ambientais

    TRABALHO E LUTA POR RECONHECIMENTO SOCIAL DE MULHERES CATADORAS: A EXPERIÊNCIA DE UMA ASSOCIAÇÃO DE RECICLAGEM DE ERECHIM/RS

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    O presente artigo tem por objetivo analisar como a luta pela fundação de uma associação de reciclagem pode ser enquadrada dentro do escopo do reconhecimento social de determinados setores da sociedade. As associações de reciclagem da cidade de Erechim/RS, são fruto de um processo de luta social, com intenso protagonismo de catadores e catadoras, carrinheiros e carrinheiras. A associação de reciclagem A4, inaugurada em 2009, mobilizou diversos setores para sua fundação, com destaque para a presença significativa dos carrinheiros e carrinheiras, catadores e catadoras, principalmente das mulheres que desempenhavam a ocupação de catadoras de materiais recicláveis. As mulheres compõem a maioria na associação A4 e são as principais responsáveis pelo funcionamento e manutenção da associação. Através de revisão bibliográfica e da utilização de dados secundários, o presente estudo analisa aspectos acerca da formação da associação de reciclagem A4, da questão de gênero e mercado de trabalho, busca abordar algumas das especificidades das mulheres catadoras, com vistas a analisar o processo de constituição da associação, enquadrado no rol das lutas por reconhecimento social de setores que se encontram em vias marginais na sociedade
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