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Análise do consumo de alimentos com ação de prevenção e de risco para o câncer gástrico por frequentadores de locais de abastecimento de alimentos em São Paulo
Objetivo: Avaliar o consumo de alimentos com ação de prevenção e com ação de risco em relação ao câncer gástrico (CG) por frequentadores dos locais de abastecimento de alimentos em São Paulo. Método: Trata-se de um estudo transversal, realizado em feiras, supermercados e “hortifrutis” de São Paulo, onde foram coletados dados de setenta indivíduos sem diagnóstico de câncer gástrico, que responderam a um questionário de frequência alimentar e de consumo de alimentos categorizados em grupos segundo “fator de proteção” e “fator de risco.” Resultados: A análise dos dados possibilitou identificar que a frequência aos locais de abastecimento de alimentos era diária entre 37,1% (n=26), e semanal entre a maioria de 60% (n=42). O consumo diário dos alimentos do Grupo Fator de Proteção entre indivíduos do gênero feminino foi maior do que entre os do gênero masculino, sendo chocolate 100% (n=7); bebidas alcoólicas 83,3% (n=5) e café 47,1% (n=25) os alimentos ingeridos diariamente pelo Grupo Fator de Risco. A maioria dos indivíduos que consumia diariamente os alimentos considerados como “de risco” para C não ingeria nenhum alimento de ação preventiva diariamente. Conclusão: O grupo estudado apresentou baixo consumo de frutas, verduras, legumes e leguminosas, sendo possível observar ingestão maior desses alimentos, de ação preventiva quanto ao desenvolvimento de câncer gástrico, entre indivíduos do gênero feminino. Café, suco artificial e refrigerante foram os alimentos considerados “de risco” e que contribuem para o desenvolvimento do CG de maior ingestão entre indivíduos do gênero masculino
Condicionalidades em saúde do programa Bolsa Família – Brasil: uma análise a partir de profissionais da saúde
Este estudo apresenta a percepção de profissionais de equipes de Saúde da Família de municípios do Nordeste do Brasil acerca das mudanças na vida das famílias participantes do programa Bolsa Família, da relação destas com os serviços de saúde e do impacto na dinâmica de trabalho dos profissionais, a partir do acompanhamento das condicionalidades de saúde do programa Bolsa Família. As informações foram obtidas por meio de entrevistas semiestruturadas e encontros de grupo focal. Os profissionais acreditam que o programa ocasionou mudanças favoráveis na vida das famílias participantes, como a redução da pobreza, o aumento da frequência escolar das crianças e mudanças positivas na relação entre as famílias participantes e os serviços de saúde. No entanto, relataram dificuldades de caráter organizacional no acompanhamento das condicionalidades, sobretudo devido ao aumento da demanda de trabalho. É importante que as condicionalidades de saúde proporcionem oportunidades para a realização de ações que visem ao empoderamento e autonomia dos sujeitos quanto ao autocuidado e desenvolvimento da cidadania