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    FATORES ASSOCIADOS AO TEMPO DE EVOLUÇÃO DA MPOX DE ACORDO COM A SITUAÇÃO SOROLÓGICA PARA O HIV ENTRE INDIVÍDUOS ACOMPANHADOS EM CENTRO DE REFERÊNCIA NO RIO DE JANEIRO, BRASIL

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    Introdução/objetivo: O Brasil foi o segundo paĂ­s mais afetado pelo surto de mpox em 2022, com maior frequĂȘncia de casos entre homens cisgĂȘneros que fazem sexo com homens. Neste surto, observou-se predomĂ­nio de lesĂ”es mucocutĂąneas-anogenitais e baixa letalidade (0,15%). Cerca de 38-50% dos casos ocorreram em pessoas vivendo com HIV(PVHA). A imunossupressĂŁo pelo HIV pode impactar na gravidade e na duração do quadro de mpox, o que determina a duração do isolamento. Esse estudo objetiva identificar fatores associados ao tempo atĂ© resolução das lesĂ”es entre pessoas diagnosticadas com mpox no Rio de Janeiro, Brasil. MĂ©todos: Coorte prospectiva de casos confirmados de mpox acompanhados em centro de referĂȘncia no Rio de Janeiro (jun-2022 a fev-2023). Os perfis sociodemogrĂĄfico e clĂ­nico foram descritos de acordo com o status sorolĂłgico para o HIV e o grau de imunossupressĂŁo. As variĂĄveis associadas Ă  resolução das lesĂ”es foram identificadas por meio de modelos quartis univariados (T = 75%). Resultados: Foram acompanhados 236 casos de mpox atĂ© resolução das lesĂ”es, entre os quais 49,6% eram PVHA. PVHA reportaram menos relaçÔes sexuais 30 dias anteriores(87.3% vs 93.2%), apresentaram mais frequentemente Ășlceras anais (49.6% vs 23.7%) e genitais (83.8% vs 73.1%), proctite (31.6% vs 17.6%) e coinfecção com outras ISTs (42.7% vs 23.4%). A mediana de tempo atĂ© resolução das lesĂ”es foi de 24 dias, sem diferença de acordo com status para HIV (p = 0.28). PVHA com imunossupressĂŁo severa (CD4+ 200cĂ©ls/mm3 e pessoas negativas para HIV, diferindo em atĂ© 79 dias (p < 0,001). Independentemente do status de HIV, infecção bacteriana secundĂĄria e acometimento de tecidos profundos estiveram associados a maior tempo de resolução das lesĂ”es de mpox, acrescentando 20 dias (p = 0.05) e 76 dias (p < 0.001), respectivamente. ConclusĂŁo: Nossos achados indicam a imunossupressĂŁo avançada pelo HIV como fator associado a cursos clĂ­nicos da mpox mais longos, podendo estender o perĂ­odo de transmissibilidade viral, refletindo no tempo de isolamento. Isso pode agravar questĂ”es biopsicossociais, impactando na qualidade de vida do paciente e nas medidas de saĂșde pĂșblica. PVHA e com imunossupressĂŁo mais severa apresentam maior vulnerabilidade na evolução da mpox, devendo ser priorizados nas estratĂ©gias profilĂĄticas e terapĂȘuticas

    Ambulatory and hospitalized patients with suspected and confirmed mpox: an observational cohort study from BrazilResearch in context

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    Summary: Background: By October 30, 2022, 76,871 cases of mpox were reported worldwide, with 20,614 cases in Latin America. This study reports characteristics of a case series of suspected and confirmed mpox cases at a referral infectious diseases center in Rio de Janeiro, Brazil. Methods: This was a single-center, prospective, observational cohort study that enrolled all patients with suspected mpox between June 12 and August 19, 2022. Mpox was confirmed by a PCR test. We compared characteristics of confirmed and non-confirmed cases, and among confirmed cases according to HIV status using distribution tests. Kernel estimation was used for exploratory spatial analysis. Findings: Of 342 individuals with suspected mpox, 208 (60.8%) were confirmed cases. Compared to non-confirmed cases, confirmed cases were more frequent among individuals aged 30–39 years, cisgender men (96.2% vs. 66.4%; p < 0.0001), reporting recent sexual intercourse (95.0% vs. 69.4%; p < 0.0001) and using PrEP (31.6% vs. 10.1%; p < 0.0001). HIV (53.2% vs. 20.2%; p < 0.0001), HCV (9.8% vs. 1.1%; p = 0.0046), syphilis (21.2% vs. 16.3%; p = 0.43) and other STIs (33.0% vs. 21.6%; p = 0.042) were more frequent among confirmed mpox cases. Confirmed cases presented more genital (77.3% vs. 39.8%; p < 0.0001) and anal lesions (33.1% vs. 11.5%; p < 0.0001), proctitis (37.1% vs. 13.3%; p < 0.0001) and systemic signs and symptoms (83.2% vs. 64.5%; p = 0.0003) than non-confirmed cases. Compared to confirmed mpox HIV-negative, HIV-positive individuals were older, had more HCV coinfection (15.2% vs. 3.7%; p = 0.011), anal lesions (45.7% vs. 20.5%; p < 0.001) and clinical features of proctitis (45.2% vs. 29.3%; p = 0.058). Interpretation: Mpox transmission in Rio de Janeiro, Brazil, rapidly evolved into a local epidemic, with sexual contact playing a crucial role in its dynamics and high rates of coinfections with other STI. Preventive measures must address stigma and social vulnerabilities. Funding: Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, Fundação Oswaldo Cruz (INI-Fiocruz)
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