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    PERFIL DO AMBULATÓRIO DE PRÉ NATAL (CIS E TRANS) DE PESSOAS GESTANTES QUE VIVEM COM HIV (PGVHIV) OU PESSOAS GESTANTES DE PARCERIAS SORODIFERENTES (PGPSD), INCLUINDO HOMENS TRANSEXUAIS NO CRT DST-AIDS SP E SEU IMPACTO SOBRE A TRANSMISSÃO VERTICAL

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    Introdução: O ambulatório de pessoas gestantes (PG) do CRT AIDS SP foi fundado em 1998 dado o aumento da demanda de PG e a necessidade de atendimento multidisciplinar especializado para esse fim. É composto por médicas: obstetra, infectologista e infecto-pediatra, enfermeira, técnica de enfermagem, psicóloga, assistente social e doula voluntária. Esse serviço visa ao atendimento de PGVHIV ou de PGPSD do pré Natal ao puerpério, contracepção e acompanhamento do concepto. Objetivo: descrever o funcionamento do ambulatório de pré Natal e o perfil das PG acompanhadas no CRT DST-AIDS SP durante 6 anos. 2. Métodos: análise sistemática, retrospectiva de dados dos prontuários das gestantes do ambulatório de pré Natal do CRT DST-AIDS SP no período de 2017 a 2022. 3. Resultados: foram acompanhadas 114 PG, incluindo 2 homens transgênero HIV negativos (1 deles PGPSD). A maioria (85%) proveio do ambulatório do CRT AIDS SP e 15% eram PGPSD. Apenas 10 (8,7%) PGVHIV provieram de outro serviço, sendo que 7 (70%) eram angolanas. Quanto ao status sorológico, 98 (85,2%) PG eram PGVHIV e 16 (14,8%) PGPSD. Em relação às ISTs, somente 2 gestantes (1,7%) tinham sífilis. Nenhuma delas teve COVID 19. Quanto ao desfecho da gestação, ocorreram 102 partos; sendo 76 (74,5%) cesáreas, 21(20,5%) partos normais, 1 parto fórceps e 4 casos sem essa informação. Ocorreram 12 perdas gestacionais, sendo duas não espontâneas. As 10 perdas espontâneas ocorreram entre 7 e 37 semanas. Apenas obtivemos dados de 3 desses casos. Dois ocorreram em primigestas: uma gestação gemelar em uso de Tenofovir (TDF) + Lamivudina (3TC) + Raltegravir (RTG) e carga viral (CV) indetectável (indet); a outra apresentava saco gestacional ístmico com 7 sem e 5 dias, CV de 5072 cópias/mL (log 3,7), uso de Zidovudina (AZT) + TDF + RTG. A terceira era uma gestação ectópica, CV indet, uso de TDF + 3TC + EFZ com 13 sem e 5 dias. Sobre contracepção, 70 de 96 puérperas (73%) optaram por um método pós gestação. O mais utilizado (77,1%) foi o implante subdérmico de etonogestrel, seguido por laqueadura tubária (7,1%) e demais métodos como preservativo, DIU e coito interrompido (30%). Nossa Taxa de transmissão vertical foi zero. 4. Conclusão: a existência do ambulatório de assistência às PGVHIV e PGPSD é fundamental para a condução adequada de suas intercorrências e cuidados no pré e pós concepção para a eliminação da transmissão vertical

    PERFIL DE PACIENTES EM USO DE TERAPIA DUPLA COM DOLUTEGRAVIR E LAMIVUDINA, COORTE RETROSPECTIVA DE VIDA REAL

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    Introdução: O uso a longo prazo dos antirretrovirais (ARVs) e suas toxicidades são um desafio no atual manejo de pessoas vivendo com HIV/aids (PVHA). Com ARVs mais potentes e com maior barreira genética, a terapia dupla (TD) está atualmente recomendada em várias situações. Métodos: Análise retrospectiva realizada até agosto/2022 em PVHA atendidas no CRT DST/AIDS, São Paulo, utilizando TD baseada em Dolutegravir (DTG) 50 mg + Lamivudina (3TC) 300 mg ≥ 365 dias. Dados foram capturados dos prontuários e inseridos na plataforma REDCAP juntamente a verificação de dispensas de ARVs pelo Sistema de Controle Logístico de Medicamentos (SICLOM). Resultados: Em um total 8849 pacientes ativos na instituição, identificamos 383 elegíveis à inclusão e análise. Características da população: homem cisgênero 294 (76,1%), brancos 284 (74,1%), ensino superior completo 171 (44,6%), mediana de idade 56,9 anos, mediana de idade no diagnóstico 38 anos, tempo médio de infecção pelo HIV 16,9 anos, contagem linfócitos TCD4 >500 células 315 (82,2%). Identificamos 9 óbitos (2 doença cardiovascular, 2 COVID-19 e 5 sem dados), 371 vivos em seguimento e 3 sem dados. Em relação aos ARVs: tempo médio de exposição 13,5 anos, número médio de esquemas prévios 3,1 (1 naive, 249 um a três esquemas e 133 quatro ou mais), exposição prévia aos Inibidores de Integrase 218 (56,9%). Principais esquemas prévios a TD: Tenofovir (TDF) + 3TC + DTG 166 (43%), Abacavir (ABC) + 3TC + DTG 44 (11,4%), Zidovudina (AZT) + 3TC + DTG 32 (8,3%), TDF + 3TC + Efavirenz (EFZ) 30 (7,8%), ABC + 3TC + EFZ 29 (7,5%) e 82 outros esquemas. Principais razões para TD: comorbidade óssea 110, comorbidade renal 95, conveniência posológica 82, comorbidade cardiovascular 44, outros eventos adversos 40 (lipodistrofia, elevação de transaminases e dislipidemia) e 54 (14%) sem dados. Identificamos pacientes com mais de uma razão. Em relação a manutenção da TD: 371 (96,9%) mantiveram uso, 8 trocas de esquema (2 falhas virológicas, 1 otimização de TARV após blip sem confirmação de falha, 1 presença de M184V em genotipagem prévia e 4 motivos clínicos) e 4 sem dados. Tempo médio de uso de TD no momento da análise 2,4 anos. Não foi possível avaliar ausência de falha virológica prévia em toda população. Conclusão: Uso de TD com Dolutegravir e Lamivudina, pode ser uma opção segura em PVHA em supressão viral, em uso de terapia antirretroviral há vários anos, sem falha virológica prévia
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