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Notas sobre o Ensino de Filosofia como Problema Filosófico
Tradicionalmente estabeleceu-se uma dicotomia entre o que se entende por filosofia, o que se deve ensinar e o como se ensina. Haveria, pois, uma ordem filosófica (determinada pelas temáticas e pelos conteúdos) e outra ordem pedagógica (marcada pelas metodologias e pelas didáticas), cuja junção garantiria o ensino filosófico. Este, por sua vez, abordado como questão educacional e não como problema de investigação filosófica. O presente artigo junta-se às demais reflexões que, contrárias à perspectiva supracitada, buscam discutir filosoficamente o ensino de filosofia. Especificamente, as linhas que seguem têm como objetivo apresentar alguns argumentos que procuram justamente fundamentar essa perspectiva, a saber, a de defender o ensino de filosofia como problema filosófico
O QUE PENSAMOS NÓS, FORMADORES/AS DE PROFESSORES/AS, SOBRE FORMAÇÃO DOCENTE EM FILOSOFIA?
Nas últimas décadas, assistiu-se a uma multiplicidade de produções técnicas e bibliográficas sobre/em Ensino de Filosofia. Produções estas que direta ou indiretamente incidem sobre a questão da formação de professores. Embora reconheça a singularidade da experiência filosófica representada (e vivenciada) por cada pesquisador/a da área, assim como a riqueza teórica advinda dos divergentes fundamentos epistemológicos que embasam cada pesquisa, o presente texto consiste em uma tentativa de mapear aspectos comuns aos depoimentos daqueles e daquelas que constituem a própria comunidade acadêmica da área de Ensino de Filosofia no Brasil sobre a seguinte questão: “O que considera fundamental para formar um/a professor/a de Filosofia?”. Entende-se que ao dar voz à queles e à quelas que pensam filosoficamente sobre o ensino e a aprendizagem de/em Filosofia, as linhas que se seguem compreendem, igualmente, um ato político
Sobre o Lugar da Lógica na Sala de Aula
Sintetiza parte da pesquisa que a autora vem desenvolvendo sobre a possibilidade de ministrar conteúdos lógicos sob um viés essencialmente informal. Por conseguinte, procura fundamentar a importância da inclusão de conceitos de lógica no Ensino Médio
O que é isto - o PROF-FILO?
The Professional Master in Philosophy – PROF-FILO, supported by the Brazilian National Association of Graduate Studies in Philosophy (ANPOF), was created in a collective and collaborative way, starting its academic activities in 2017. After the first two years of the program, the philosophical community is still unaware of what is done within the scope of PROF-FILO. And, not rare, questions whether the professional nature of the master’s degree is consistent with the (minimum!) criteria for Philosophy in the postgraduate. This article aims, from the presentation of program data, to discuss the professional nature of this master’s degree, considering the inseparability between theory and practice in the teaching exercise – and arguing that teaching and research activities within the scope of PROF-FILO contribute to the process of identity re-signification of all involved in the Professional Master in Philosophy.O Mestrado Profissional em Filosofia – PROF-FILO, apoiado pela Associação Nacional de Pós-Graduação em Filosofia, foi gestado de forma coletiva e colaborativa, iniciando suas atividades acadêmicas em 2017. Transcorridos os dois primeiros anos do programa, a comunidade filosófica ainda desconhece o que é feito no âmbito do PROF-FILO e, não raro, questiona se a natureza profissional do mestrado é condizente com os critérios (mínimos!) para a Filosofia na pós-graduação. O presente artigo pretende, a partir da apresentação de dados do programa, discutir a natureza profissional deste último, atentando para a indissociabilidade entre teoria e prática no exercício docente – e defendendo que as atividades de ensino e pesquisa no âmbito do PROF-FILO contribuem para o processo de ressignificação da identidade dos/as professores/as discentes e docentes do Mestrado Profissional em Filosofia
A MAIÊUTICA SOCRÁTICA E O PROFESSOR LIPMANIANO:: UMA RELAÇÃO POSSÍVEL?
O presente artigo tem como objetivo refletir sobre a seguinte pergunta: é possível estabelecer alguma analogia entre o método socrático da maiêutica e o papel exercido pelo professor na comunidade de investigação proposta no Programa Filosofia para Crianças, de Lipman? Apresentar-se-ão distintas possibilidades de resposta à referida questão, problematizando-a
À GUISA DA FILOSOFIA NO ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS FINAIS: DA ARGUMENTAÇÃO À CIVILIDADE
A preocupação com o desenvolvimento de competências argumentativas e com a formação cidadã é amplamente reiterada nos dispositivos legais que orientam o Ensino Fundamental. Mas como fomentá-las? A partir de nossa experiência com a disciplina de Filosofia nos anos finais do Ensino Fundamental, no presente texto apresentamos uma possibilidade de trabalho inicial com práticas argumentativas; ademais, procuramos defender que o exercício em questão pode propiciar a criação de um espaço caracterizado pela alteridade – colaborando, portanto, para a formação da consciência e do exercício da civilidade.
Palavras-chave: filosofia; ensino fundamental; comunidade de investigação; argumentação; civilidade
Práticas de ensino e formação docente: notas sobre a experiência da Licenciatura em Filosofia da UFABC
This article aims to reflect on the conception of teaching practice as an experience of teacher training. It begins with a series of questions about the philosophy as a school subject; discusses the idea of practice as a curriculum component, questioning some possible interpretations; finally, presents the proposal of UFABC’s Philosophy course, analyzing how the five modules of practical teaching constitute in spaces of formative experience of teachers.O presente artigo tem como objetivo refletir sobre a concepção de prática de ensino como experiência de formação docente. Para tanto, inicia com uma série de questionamentos sobre a Filosofia como disciplina escolar; na sequência, aborda a ideia de prática como componente curricular, discutindo algumas de suas possíveis interpretações; por fim, apresenta a proposta do Curso de Licenciatura em Filosofia da Universidade Federal do ABC, analisando em que medida os cinco módulos de práticas de ensino do referido curso pretendem se constituir em espaços de experiência formativa de professores, conciliando as reflexões sobre o Ensino de Filosofia com as problematizações que caracterizam o filosofar
IDENTIDADE FILOSÓFICA E PRÁTICA DE ENSINO DE FILOSOFIA:: REFLEXÕES SOBRE UMA TRAJETÓRIA DE FORMAÇÃO DOCENTE
Este artigo consiste em uma reflexão acerca do percurso de formação docente em filosofia, alicerçada na problematização da vida escolar e acadêmica do professor em formação e, igualmente, na discussão dos pressupostos filosóficos do ensino de filosofia. Defende-se que há uma correlação necessária entre identidade filosófica e prática didática. Procura-se, por fim, exemplificar a tese defendida