69 research outputs found

    O desenvolvimento da ecologia no Brasil

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    Four shortcomings prevent the improvement of ecology in Brazil: 1. Brazilian ecologists are not contributing significativelly to theoretical ecology; 2. Members and students of gratuate programs in ecology have difficulties to recognize the identity of ecology; 3. Non-ecologists working on environmental problems lack fundamental knowledge in ecology; 4. Ecologists do not recognize interdisciplinarity as essencial to solve environmental problems

    A lucidez dos loucos: Nietzsche e outros

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    A aceitação das supostas causas da loucura variou na história das culturas. Porém, quaisquer sejam as culturas há dificuldades de se estabelecer claros limites a partir dos quais a loucura pode ser objetivamente identificada. Platão considerava a loucura promovida por meio de um espírito místico que a poucos inspirava. Os pensamentos medieval e renascentista admitiam a loucura como de fundo religioso, moral, médico, divino ou diabólico, boa ou má. No final do século XIX até meados do século XX, a etnopsiquiatria desconsiderava a importância da cultura e da personalidade para entender a loucura, cuja origem seria proveniente da manifestação de uma estrutura patológica básica e universal. De modo semelhante, Freud admitia que a loucura já estivesse presente no inconsciente. A partir dos séculos XVII e XVIII, o cogito cartesiano estabeleceu a supremacia da razão em obter-se conhecimento, o que no século XX motivou a controvérsia Foucault versus Derrida sobre a exclusão da loucura do cogito. No passado, talvez por faltar compreensão adequada, o alienado era excluído do convívio social e tratado por meio de práticas "curativas" muitas vezes violentas. Por isso, muitos tiveram sua doença agravada ou se tornaram abúlicos. Para realizar o diagnóstico da loucura, os profissionais capacitados não devem estabelecer barreiras teóricas entre si e o paciente; este deve ser amplamente ouvido e tratado por equipe interdisciplinar. Finalmente, para Nietzsche a loucura estaria associada ao ímpeto criativo

    Origem, evolução e manutenção do comportamento moral

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    À medida que estudos sobre o comportamento social de primatas avançam, cada vez mais aumenta a probabilidade que o comportamento moral tenha base evolutiva, apesar da discordância de certos antropólogos e cientistas sociais. Estes acreditam que o comportamento moral originou-se a partir da formação das culturas e evoluiu por meio do aprendizado. Todavia, há indícios de comportamento moral especialmente em chimpanzés e chimpanzés pigmeus (bonobos); estes têm parentesco genético muito próximo aos humanos e vivem em sociedades constituídas por pequeno número de indivíduos interagentes. As regras morais cumpridas pelos indivíduos diminuem a incidência de conflitos e intensificam os laços sociais. O comportamento moral surgiu por meio de mutações e os indivíduos que as portam seriam selecionados pela sua capacidade de interagir e formar laços sociais mais duradouros. Estes além de reduzir a intensidade de conflitos, favoreceriam a estabilidade da estrutura social. Para certos filósofos, antropólogos culturais e cientistas sociais, o comportamento moral surge com a cultura, atributo que consideram pertencer exclusivamente ao humano. Nietzsche traça a origem dos conceitos bom e mau a partir da influência de nobres e sacerdotes que exerciam o poder sobre os pobres e ignorantes. Os primeiros eram os bons, os últimos os maus. Cientistas e filósofos, que admitem ser o comportamento moral específico do humano partem do homem já evoluído; estudam a manutenção do comportamento moral no tempo histórico de sua existência como espécie, mas ignoram a influência de sua história evolutiva no estabelecimento de regras morais

    O educador-modelo nietzschiano

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    Destaco excertos da obra “Schopenhauer Educador” relevantes pelo seu caráter universal. Nietzsche elege Schopenhauer como modelo de educador por ser um pensador independente do Estado, original, cujas reflexões se referem mais ao coletivo que a interesse próprio. Salienta que pensadores da qualidade de Schopenhauer estão sujeitos à solidão, posto que o isolamento é necessário em períodos de reflexões originais e criativas. Propõe que filósofos e educadores conduzam sua própria vida sob os mesmos princípios éticos e morais nos quais acreditam e sobre os quais se manifestam. Condição essa sine qua non para que sejam reconhecidos pelos aprendizes como autênticos exemplos. Elenca doze características limitantes a pesquisadores e professores que desejam honestamente avançar seus conhecimentos científicos e se aperfeiçoar moralmente, dentre eles a escolha de temas fáceis para pesquisar e pensar mais em interesses próprios que coletivos. Essas características, identificadas em pesquisadores e professores alemães do século XIX, recorrem atualmente na maioria das universidades ocidentais, incluindo brasileiras

    O DIREITO À BUSCA DA FELICIDADE: FILOSOFIA, BIOLOGIA E CULTURA

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    A partir de contributos da filosofia, da biologia, da antropologia e da economia, este artigo traz uma reflexão sobre o direito à busca da felicidade. Embora haja uma multiplicidade de significados para o conceito felicidade, muitos dos quais inconciliáveis, ora tratando-a como virtude, ora como sensação de prazer, ora como promessa de recompensa futura, observou-se certa objetivação do conceito, no mundo ocidental, a partir do utilitarismo de Jeremy Bentham e da inclusão, por meio de Thomas Jefferson, do direito à busca da felicidade no texto da declaração da independência americana. Além das discussões sobre seus possíveis significados, a origem da felicidade também foi pauta de muitos estudos: a biologia apresentou uma explicação amparada no critério da predisposição genética, enquanto outros estudos enfocaram a importância da cultura para a conquista da felicidade. Independentemente das propensões criadas a partir de cada uma dessas disciplinas, a felicidade, na história recente, é utilizada como importante indicador para aferir o desenvolvimento econômico de uma nação, sendo qualificada pela Organização das Nações Unidas, em resolução específica, como um objetivo humano fundamental que deve ser contemplado nas políticas públicas dos estados. em face do interesse que o tema desponta, é de se questionar seus fundamentos na área do direito. seria a felicidade uma espécie de necessidade humana apta a fundamentar um novo direito? seria algo mais subjetivo, de matiz prospectiva, que motiva o homem a realizar, criar e interagir com os demais? Nesse plano, dada a abstração que a felicidade alcançaria, sua disciplina jurídica estaria jungida à garantia da busca pela felicidade e, portanto, capitulada no âmbito da autonomia, da liberdade. É certo que, para permitir esse projetar-se, muitas condições materiais são imprescindíveis, razão pela qual também são objeto de garantia jurídica. No contexto atual, essas condições são análogas àquelas aplicadas pela economia para apurar a capacidade que tem um Estado de promover a felicidade, quais sejam: a garantia dos acessos à educação, à saúde, ao transporte e ao trabalho, um meio ambiente ecologicamente equilibrado, dentre outros. O estudo segue uma metodologia qualitativa, a partir de uma pesquisa de cunho bibliográfico e documental. PALAVRAS-CHAVE: Direito à busca da felicidade. Biologia. Cultura. Filosofia

    Transport and consumption of organic detritus in a neotropical limestone cave

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    Caves are permanently aphotic environments, a fact that precludes the occurrence of photosynthetic organisms. In these systems the resource is allochthonous, coming mainly from the surrounding epigean environment, being imported by physical and biological agents. Even knowing about the importance of the organic allochthonous resources in caves, little is known of their importation and processing. The present work had as an objective, the measuring the coarse particulate organic matter processing and import rates in the subterranean environment. The cave studied was Lapa da Fazenda Extrema I, limestone cave, located in Brazilian savanna biome. Through bimonthly collections, it was observed that the organic detritus penetrated into the cave in low amounts in dry season and high amounts in rainy season. The processing of the organic plant matter in the aquatic hypogean environment was moderate (K-day=0.025), in the epigean environment the processing was predominantly slow (K-day =0.0104). The detritus commonly brought to the interior of the cave were large woods (58.18 g/day), followed by leaves and fragmented material (12.76 g/day), fruits and seeds (0.0069 g/day), animal carcasses (0.002 g/day) and roots (0.001 g/day). The highest richness and abundances of invertebrates were found in the same periods in which there were the highest rates of organic matter import to the cave.Keywords: cave, detritus processing, energy flow
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