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    Tumor sincrônico de colon e íleo

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    Introdução: Segundo os critérios de Warren e Gates, tumores sincrônicos são aqueles que não podem ser considerados metástases, invasão ou recorrência do primeiro, tendo como intervalo entre o diagnóstico do segun- do tumor primário menos que seis meses. Os tumores sincrônicos colorretais representam 3 a 5% dos tumores de cólon. Os tumores neuroendócrinos (TNE) possuem crescimento lento e evolução indolente com incidência de 0,7 casos a cada 100.000 habitantes. O sítio mais frequente é o trato gastrintestinal (73,7%), onde os principais órgãos afetados são intestino delgado, apêndice cecal e reto. Objetivo: Relatar o caso de um paciente com diagnóstico de adenocarcinoma colorretal sincrônico a tumor neuroendócrino ileal. Métodos: As informações foram obtidas por meio de revisão de prontuário, registro fotográfico de exames e revisão de literatura. Relato: Paciente, 78 anos, sexo masculino, branco, hipertenso, com histórico de retirada de melanoma há três anos. Queixa-se de dor abdominal em região esquerda e lentificação do ritmo intestinal há três meses. Há um ano refere quadro de anemia e enterorragia, com perda de 8kg nos últimos nove meses. Foi detectada linfonodomegalia periaórtica e pericaval. Na ressonância magnética evidenciou-se grande massa sólida provavelmente neoplásica em colo ascendente e ângulo hepático. Foi realizada hemicolectomia direita com anastomose íleo-colônica (ascendente) látero-lateral. A análise da peça cirúrgica evidenciou duas neoplasias distintas: adenocarcinoma moderadamente diferenciado do cólon infiltrando a serosa (pT3), tumor neuroendócrino no íleo e metástase em linfonodo do mesocólon. Paciente segue em acompanhamento. Conclusão: destaca-se a importância da avaliação clínica e de exames complementares no diagnóstico de tumores sincrônicos para seu tratamento precoce

    Tumor mediastinal desdiferenciado: relato de caso

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    Introdução: O lipossarcoma é um tumor maligno característico de partes moles, originado no tecido mesenquimal e derivado dos adipócitos, sendo no mediastino em apenas 0,2% dos casos. A localização do tumor determina os sintomas por compressão de estruturas vizinhas. A abordagem cirúrgica é mais eficaz para o tratamento e a radioterapia e a quimioterapia possuem resultado limitado. Prognóstico relacionado com classificação histológica; Objetivo: Relatar caso de uma paciente com lipossarcoma mediastinal (LM) que recidivou; Métodos: Informações obtidas por entrevista com o paciente, registro fotográfico de exames, revisão do prontuário e da literatura; Relato: Mulher de 36 anos queixa-se de dispneia aos esforços e tosse seca esporádica. Bom estado geral; ausculta com murmúrio vesicular bilateralmente presente diminuído em 1/3 médio e base pulmonar direita. Não há informações sobre radiografias, mas em TC de tórax, há efeito expansivo de massa com conteúdo adiposo e de partes moles em mediastino posterior de ambos os hemitóraces, com compressão do parênquima pulmonar, notadamente à direita com desvio de estruturas. Mede cerca de 9,4 x 8,0 cm, circundado por grande quantidade de tecido adiposo. Realizou-se toracotomia sequencial direita e esquerda com ressecção total do tumor mediastinal. A análise anatomopatológica seguida de imunohistoquímica confirmou o diagnóstico de LM desdiferenciado grau III. Paciente fez terapia adjuvante com isofosfamida, porém após um ano os sintomas reapareceram e foi diagnosticada uma recidiva local que está sendo tratada com gencitabina por impossibilidade da ressecção cirúrgica, no momento. Conclusão: Apesar da neoplasia rara, localização incomum e sintomas inespecíficos, com adequada investigação clínica, o LM foi incluído como hipótese diagnóstica e confirmado. Deve-se manter acompanhamento pela alta taxa de recidiva
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