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Relatório de estágio curricular obrigatório em clínica médica e cirúrgica de pequenos animais
TCC(graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina. Campus Curitibanos. Medicina Veterinária.O estágio curricular obrigatório é de suma importância para a graduação, pois é o período que possibilita que o graduando some o conhecimento teórico adquirido durante sua graduação com a prática vivenciada no estágio. O presente relatório tem como objetivo descrever a estrutura e funcionamento dos locais, as atividades desenvolvidas pela estagiária e a casuística acompanhada em cada uma das concedentes durante a realização do estágio curricular supervisionado em Medicina Veterinária. O primeiro local de estágio foi a Clínica Veterinária e Pet Shop Beija-Flor, no município de Curitibanos - SC, no período de 31 de maio a 30 de julho, totalizando 360 horas. O segundo período do estágio foi realizado na Clínica Veterinária Felina, em Lages – SC, totalizando 280 horas no período de 2 de agosto a 17 de setembro. A realização do estágio curricular em dois locais contribuiu para a integração do discente à área de atuação escolhida, possibilitando uma melhor preparação para o mercado de trabalho
Doença renal crônica em felino de 4 meses de idade: relato de caso
TCC(graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina. Campus Curitibanos. Medicina Veterinária.A Doença Renal Crônica (DRC) é definida como a presença de anormalidades renais estruturais ou funcionais irreversíveis, cuja causa pode ser de origem congênita, familiar, idiopática ou adquirida, sendo as duas últimas mais frequentes. Após o diagnóstico da DRC, os pacientes são estadiados de acordo com níveis séricos de creatinina ou do SDMA, e subestadiados com base na proteinúria e pressão arterial. O estadiamento e subestadiamento influenciam diretamente no tratamento, que consiste em renoproteção, manutenção e tratamento sintomático de suporte. Sendo assim, objetivou-se relatar um caso de um felino, raça doméstico pelo curto, 4 meses de idade, atendido em uma Clínica Veterinária em Lages – SC apresentando polidipsia, poliúria e vômitos esporádicos, sem alterações no exame físico. A suspeita inicial era de ingestão de corpo estranho. Os exames complementares revelaram azotemia, e perda da relação corticomedular em rim esquerdo na ultrassonografia, sugestivo de nefropatia. Foi realizado tratamento ambulatorial com citrato de maropitant e o paciente foi liberado, retornando posteriormente para investigação de doença renal. Foi realizada coleta de urina, onde foi revelada isostenúria no exame comum de urina, proteinúria na relação proteína creatinina urinária (RPCU), e na aferição de pressão arterial classificou-se como normotenso. Com base nestas alterações, o paciente foi estadiado como doente renal crônico estágio II. A terapêutica incluiu utilização de telmisartana associada a suplementação com ômega 3, além de recomendações para aumentar o consumo hídrico do paciente. Após 45 dias a tutora retornou com a queixa de que o paciente apresentava polifagia e êmese. A mesma alegou não estar realizando o tratamento domiciliar. Aos examescomplementares, o felino apresentava hiperalbuminemia, hipercalcemia e hiperfosfatemia, e a tutora não quis repetir a RPCU. Foi realizado tratamento ambulatorial com citrato de maropitant e descrito para tratamento domiciliar a utilização de omeprazol durante 7 dias, além da prescrição da ração Purina Kidney Function Early Care® e suspensão da telmisartana. Até o momento o paciente encontra-se estável, no entanto por decisão da tutora não foram repetidos os exames para acompanhamento da DRC
Perfil epidemiológico de infecções clínicas por parvovírus canino em cães do município de Curitibanos, Santa Catarina
Artigo apresentado na forma de "banner" na Primeira Mostra Científica e Tecnológica da UFSC CuritibanosA Parvovirose é uma doença infecciosa, de distribuição mundial, que afeta canídeos, apresentando-se clinicamente como uma gastroenterite moderada a grave, de elevada incidência e letalidade. A doença é causada pelo Parvovírus canino tipo 2 (CPV-2), que é subdividido em três subtipos: CPV-2a, CPV-2b e CPV-2c. O presente estudo teve como objetivo detectar a presença do parvovírus canino de cães com diagnóstico clínico e laboratorial sugestivos da doença, atendidos em uma clínica veterinária do município e analisar informações epidemiológicas obtidas de dez casos clínicos. Foram utilizadas as técnicas de Isolamento em Cultivo Celular e de Reação em Cadeia da Polimerase para a confirmação da presença viral, após uma triagem por teste rápido realizada na clínica. Sete das dez amostras tiveram o diagnóstico de parvovirose confirmado por esses métodos. Na análise dos dados colhidos observamos que 90% dos animais estavam dentro da faixa etária de maior incidência da doença e que apenas dois haviam recebido três doses vacinais. Tais dados nos levam à duas conclusões: que os cães possivelmente não estão recebendo os protocolos vacinais iniciais de forma adequada, levando em consideração falhas vacinais devido à presença de imunidade materna e que os tutores não estão respeitando as recomendações de não exposição dos animais com esquemas vacinais incompletos à situações de risco de infecção. A combinação destes dois problemas levam à ocorrência de casos clínicos de Parvovirose, que poderiam ser evitados, uma vez que o vírus está presente nesta população e o uso adequado das vacinas impediria a doença nos animais
Resposta de anticorpos neutralizantes contra Herpesvírus bovino tipo 1 e vírus da Diarreia viral bovina tipo 1 induzido por três vacinas comerciais
Artigo apresentado na forma de "banner" na Primeira Mostra Científica e Tecnológica da UFSC CuritibanosA reprodução de rebanhos bovinos é influenciada por diversos fatores, dentre eles, doenças infectocontagiosas como a Rinotraqueíte Infecciosa Bovina, causada pelo herpesvírus bovino tipo 1 (BoHV-1) e a Diarreia Viral Bovina, pelo vírus da diarreia viral bovina (BVDV). Tais doenças podem ser controladas pelo uso da vacinação e nesse sentido este trabalho buscou avaliar três vacinas comerciais para BoHV-1 e BVDV-1, quanto à sua imunogenicidade. Cinquenta e oito novilhas foram alocadas em três grupos e vacinadas com vacinas diferentes, conforme recomendações do fabricante. A avaliação da resposta foi realizada 30 dias depois, utilizando a técnica de soroneutralização. Frente ao BoHV-1, a vacina A e C induziram soroconversão com títulos de anticorpos ≥1/16 em 100% dos animais e títulos médios geométricos (GMT) de 83,55 e 176,88, respectivamente. A vacina B induziu resposta sorológica em 11,1% dos animais. Com relação ao BVDV-1, no grupo da vacina A 47,6% dos animais tiveram titulações entre 1/5 a 1/160 e GMT de 11,04. Já a vacina B não induziu anticorpos neutralizantes detectáveis em nenhum animal. Apenas a vacina C induziu resposta em 100% dos animais vacinados, e GMT de 130,49. Esses resultados demonstram que frente ao BoHV-1 a resposta de anticorpos neutralizantes induzidas pelas vacinas foi suficiente para a proteção do rebanho, porém para o BVDV-1 a indução da resposta não foi adequada, ficando claro que as estratégias de produção das vacinas comerciais precisam ser revistas em relação a BVDV-1 para que possam efetivamente prevenir e controlar a infecção nos rebanhos